Questão Coimbrã: diferenças entre revisões

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Apesar disto, e de defender em longos elogios o escritor [[Manuel Pinheiro Chagas|Pinheiro Chagas]], [[Ramalho Ortigão|Ortigão]] não deixa de criticar [[António Feliciano de Castilho|Castilho]]. Percebe-se, então, que [[Ramalho Ortigão|Ramalho]] não discordava completamente da opinião de [[Antero de Quental]], mas sim da maneira como este a escolheu exprimir.
 
Porém, nada muda a irritação e ofensa que [[Antero de Quental|Antero]] sentiu ao ler a o folheto. Em consequência dessa leitura, [[Antero de Quental|Quental]] dirige-se imediatamente ao [[Porto]] exigindo um duelo contra [[Ramalho Ortigão|Ortigão]], a fim de defender a sua honra, que considera por ele atingida. [[Camilo Castelo Branco]] tenta apaziguar [[Antero de Quental|Antero]] e demover os dois do confroto, mas [[Antero de Quental|Quental]] considera as justificações que lhe são oferecidas insuficientes. Assim, em Fevereiro de 18861866, [[Antero de Quental]] e [[Ramalho Ortigão]] estiveram frente a frente empenhando as espadas. [[Antero de Quental|Antero]] acerta no braço de [[Ramalho Ortigão|Ramalho]] dando por terminado o duelo e saindo vencedor. 
 
Como se sabe, as divergências entre os dois escritores viriam a ser ultrapassadas mal estes se apercebessem do quanto tinham em comum. Apesar deste desacato, [[Antero de Quental|Quental]] e [[Ramalho Ortigão|Ortigão]] viriam a ser bons amigos.
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Foi precisamente a polémica da '''Questão Coimbrã''' que veio destabilizar o ocioso e comfortável marasmo em que se encontrava a [[literatura portuguesa]] da época.
 
== Intervenção em 18861866 ==
Durante o ano de 1866 sairam multiplos textos de diversos escritores que, de algum modo, se relacionavam com a '''Questão Coimbrã'''. Entre esses textos destacam-se as, já referidas, ''[[“Literaturas de Hoje]]''” de [[Ramalho Ortigão]] e as “''Vaidades Irritadas e Irritantes''” de [[Camilo Castelo Branco]] (ambos publicadas em Janeiro desse ano).