Guerra Colonial Portuguesa: diferenças entre revisões

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Alterei o número de mortos e afectados , outra vez , por não corresponderem à verdade
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|unidade2 =
|unidade3 =
|força1 = 140.000<br />6560.000 em Angola<br />3230.000 na Guiné-Bissau<br />5150.000 em Moçambique
|força2 = 5053.000-5355.000 + ? Guerrilha<br />2025.000 em Angola<br />15.000 na Guiné-Bissau<br />1012-15.000 em Moçambique
|força3 =
|baixas1 = 8.289200<br />15.507000 com deficiência permanente (física ou psicológica)
|baixas2 = 50.000 em Angola ~610.000 mortos<br /> ~43.000 feridosmortos na Guiné-Bissau<br />>108.000 mortos em Moçambique
|baixas3 =
|notas =
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O início deste episódio da [[História militar de Portugal|história militar portuguesa]] ocorreu em Angola, a [[15 de Março]] de 1961, na zona que viria a designar-se por ''Zona Sublevada do Norte'', que corresponde aos [[distritos de Angola|distritos]] do [[Zaire (província)|Zaire]], [[Uíge (província)|Uíje]] e [[Quanza-Norte]]. A [[Revolução dos Cravos]] em Portugal, a 25 de Abril de 1974, determinou o seu fim. Com a mudança do rumo político do país, o empenhamento militar das forças armadas portuguesas nos teatros de operações deixou de fazer sentido. Os novos dirigentes anunciavam a [[democracia|democratização]] do país e predispunham-se a aceitar as reivindicações de independência das colónias — pelo que se passaram a negociar as fases de transição com os movimentos de libertação empenhados na luta armada.
 
Ao longo do seu desenvolvimento foi necessário aumentar progressivamente a mobilização das forças portuguesas, nos três teatros de operações, de forma proporcional ao alargamento das frentes de combate que, no início da [[década de 1970]], atingiria o seu limite crítico. Pela parte portuguesa, a guerra sustentava-se pelo princípio político da defesa daquilo que considerava território nacional, baseando-se ideologicamente num conceito de nação pluricontinental e ,multi-racial e anti-comunista . Pelo outro lado, os movimentos de libertação justificavam-se com base no princípio inalienável de autodeterminação e [[independência]], num quadro internacional de apoio e incentivo à luta.
 
== Contexto político-social ==
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{{Artigo principal|Oposição à ditadura portuguesa}}
 
Contrariando o que oO estado pretendia transmitir como sendo, de facto , consenso geral, isto é, que as colónias faziam parte da unidade nacional, os [[comunismo|comunistas]] foram os primeiros a opor-se aos confrontos. Na verdade, a primeira organização a manifestar-se publicamente foi o [[Partido Comunista Português|PCP]], em [[1957]], durante o seu [[V Congresso do PCP|V Congresso]], pedindo a independência imediata, completa e indolor. Porém, a censura do regime obrigava o partido a representar dois papéis: o de partido político e o de força de coesão entre os sectores oposicionistas, com os quais acordava programas que não reflectiam as suas posições anticoloniais; seguindo a mesma linha de orientação, já assim se tinham manifestado, durante as [[eleições presidenciais de Portugal|eleições presidenciais]] celebradas durante o [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo]], onde era defendida essa unidade: [[José Norton de Matos|Norton de Matos]] (1949), [[Quintão Meireles]] (1951), [[Humberto Delgado]] (1958), e mesmo os candidatos apoiados pelo PCP: [[Ruy Luís Gomes]] e [[Arlindo Vicente]].
 
Depois da fraude eleitoral de [[1958]], Humberto Delgado formou o [[Movimento Nacional Independente]] (MNI) que, em Outubro de [[1960]], defendia a necessidade de preparar o povo das colónias, antes de lhe ser concedido o direito à autodeterminação. No entanto, nenhuma data ou metodologia foi sugerida.