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=== Língua, etnia e aparência ===
[[Imagem:CompositeJesus.JPG|thumb|upright|Doze representações de Jesus em diversas regiões. A representação da etnia de Jesus tem sido influenciada pelo contexto cultural.{{Harvref|Houlden|2006|pp=63–99}}<ref name="Erricker44">{{citar livro|título=Teaching Christianity: a world religions approach|ultimo=Erricker|primeiro=Clive|editora=James Clarke & Co|ano=1987|página=44|isbn=978-0-7188-2634-5}}</ref>]]
 
Jesus cresceu na Galileia, sendo nessa região que grande parte do seu ministério teve lugar.{{Harvref|Green|McKnight|Marshall|1992|p=442}} Entre as línguas faladas na Galileia e Judeia durante o primeiro século d.C. estão o [[aramaico]], [[Língua hebraica|hebraico]] e grego, sendo o aramaico predominante.<ref name=BarrLang >{{citar periódico|primeiro=James|ultimo= Barr|titulo=Which language did Jesus speak| jornal=Bulletin of the John Rylands University Library of Manchester|ano= 1970|volume= 53|numero=1| paginas= 9–29 |url=https://www.escholar.manchester.ac.uk/uk-ac-man-scw:1m2973}}</ref><ref name=Porter110 >{{citar livro|título=Handbook to exegesis of the New Testament|primeiro=Stanley E.|ultimo= Porter|ano= 1997| isbn= 978-90-04-09921-0 |editora=Brill |páginas= 110–112}}</ref> A maior parte dos académicos concorda que, no início do século, o aramaico era a [[Língua materna|língua-mãe]] de praticamente todas as mulheres na Galileia e Judeia.<ref>{{citar livro |título=Discovering the language of Jesus|primeiro= Douglas |ultimo=Hamp |ano=2005 |isbn= 978-1-59751-017-2 |editora=Calvary Chapel Publishing |páginas= 3–4}}</ref> A maior parte dos académicos apoia a teoria de que Jesus falava aramaico, podendo também ter falado hebraico e grego.<ref name=BarrLang /><ref name=Porter110 /><ref>{{citar livro|título=Jesus in history and myth|primeiro= R. Joseph|ultimo= Hoffmann |ano=1986| isbn=978-0-87975-332-0 |editora=Prometheus Books |página= 98}}</ref> Dunn afirma que há um consenso substancial de que Jesus tenha pregado em aramaico.{{Harvref|Dunn|2003|pp=313–315}}
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== Representação na arte ==
{{Artigo principal|Representação de Jesus na arte|Vida de Cristo}}
[[Imagem:Dura-europos-paralytic.jpg|thumb|upright=1.0|direita|[[Afresco|Fresco]] da [[Jesus curando o paralítico em Betesda|da cura em Betesda]] no batistério da [[igreja de Dura Europos]], uma das primeiras representações de Jesus; c.&nbsp;235]]
[[Ficheiro:Leonardo da Vinci, Salvator Mundi, c.1500, oil on walnut, 45.4 × 65.6 cm.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Representação de [[Jesus|Jesus Cristo]], pintura do [[Salvator Mundi (Leonardo da Vinci)|Salvator Mundi]], obra de Leonardo da Vinci, ano de 1500. ]]
 
[[Ficheiro:Jesus nas Catacumbas de Roma.jpg|miniaturadaimagem|334x334px|Imagem de [[Jesus|Jesus Cristo]] encontrada nas [[Catacumbas de roma|Catacumbas de Roma]]]]
Apesar da falta de referências na Bíblia ou de registos históricos, a representação de Jesus ao longo dos séculos tem assumido diversas formas e características, muitas vezes influenciada pelo contexto cultural, político e teológico.{{Harvref|Houlden|2006|pp=63–99}}<ref name=Erricker44 >{{citar livro|título=Teaching Christianity: a world religions approach|primeiro= Clive|ultimo= Erricker|ano= 1987 |isbn= 978-0-7188-2634-5 |página= 44 |editora=James Clarke & Co}}</ref><ref name=Perkinson30 /> Ao longo do {{séc|I}}, não existiu praticamente qualquer arte figurativa na Judeia romana, dada a adesão rigorosa àquilo que é indicado por um dos [[Dez Mandamentos]]: "Não farás para ti imagem de escultura, nem figura alguma" ({{Citar bíblia|Êxodo|20|4-6}}). No entanto, a partir do {{séc|III}} a interpretação deste mandamento passa a ser mais tolerante, o que proporciona o aparecimento das primeiras representações figurativas na [[sinagoga de Dura Europos]] e uma das primeiras representações de Jesus na [[igreja de Dura Europos]], ambas datadas de um período anterior a 256.<ref>{{Citar livro |editor= Gohei Attridge |título=Eusebius, Christianity, and Judaism |editora= Wayne State University Press |ano= 1992 |páginas=283–284 |url =http://books.google.com/books?id=jVyzbHAJ_hAC&pg=PA283#v=onepage&q&f=false |primeiro=Joseph |último=Gutmann |capítulo=Early Christian and Jewish Art |isbn=0814323618}}</ref> No entanto, é nas [[Catacumba romana|catacumbas romanas]] que se encontra o mais significativo espólio sobrevivente até aos nossos dias.<ref>{{citar livro|título=The New Westminster Dictionary of Church History|primeiro= Robert |ultimo=Benedetto|ano= 2006| isbn= 978-0-664-22416-5 |páginas= 51–53 |editora=Westminster John Knox Press}}</ref>
No Oriente, a [[iconoclastia]] [[Império Bizantino|bizantina]], que nos séculos VIII e IX proibiu o uso da figura humana em temas religiosos, foi um fator de resistência ao progresso artístico.{{Harvref|Houlden|2006|pp=63–99}} A [[Transfiguração de Jesus|Transfiguração]] foi um dos principais temas na arte cristã oriental, e qualquer monge que se iniciasse na pintura de [[ícone]]s deveria fazer prova da sua mestria com um ícone sobre esse tema.<ref>{{citar livro|título=The image of God the Father in Orthodox theology and iconography|primeiro= Steven|ultimo= Bigham|ano= 1995 |isbn= 978-1-879038-15-8 |editora=St Vladimir's Seminary Press |páginas= 226–227}}</ref> O [[Renascimento]] colocou em destaque uma série de artistas que se focaram em representações de Jesus, entre os quais [[Giotto di Bondone|Giotto]] e [[Fra Angelico]].{{Harvref|Houlden|2006|pp=63–99}} A [[Reforma Protestante]] trouxe consigo movimentos que defendiam a abolição da representação gráfica de figuras religiosas, embora a proibição total tenha sido rara e as objeções tenham diminuído após o {{séc|XVI}}. Embora evitem imagens de grande dimensão, hoje em dia poucos protestantes se opõem a representações de Jesus em livros.<ref>{{Citar livro |título=Reformation and the Visual Arts |primeiro= Sergiusz |último= Michalski |ano= 1993 |isbn= 978-1-134-92102-7 |editora=Routledge |página= 195}}</ref><ref>{{Citar livro|título=Light from the Christian East: An Introduction to the Orthodox Tradition |primeiro= James R. |último= Payton |ano= 2007 |isbn= 978-0-8308-2594-3 |editora=InterVarsity Press |páginas= 178–179}}</ref> Por outro lado, o uso de representações de Jesus é defendido pelos líderes religiosos [[Católicos]], [[Igreja Ortodoxa|Ortodoxos]] e [[Igreja Anglicana|Anglicanos]]<ref name="RWilliams83">{{Citar livro |título=The Dwelling of the Light: Praying with Icons of Christ |último=Williams |primeiro=Rowan |ano= 2003 |isbn= 978-0-8028-2778-4 |editora=Wm. B. Eerdmans Publishing |página= 83}}</ref><ref>{{Citar web |primeiro=Karol J. |último= Wojtyła |url=http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/audiences/1997/documents/hf_jp-ii_aud_29101997_en.html |editora= Vatican Publishing House |título= General audience 29 outubro 1997 |acessodata=20 de abril de 2013}}</ref><ref>{{Citar web| url=http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/audiences/2009/documents/hf_ben-xvi_aud_20090506_en.html |editora= Vatican Publishing House |título= General audience 6 maio 2009 |acessodata=20 de abril de 2013 |primeiro=Joseph A. |último= Ratzinger}}</ref> e é um elemento-chave na tradição Ortodoxa oriental.{{Harvref|Doninger|1999|p=231}}<ref>{{Citar livro |título=The Orthodox Christian World |primeiro= agostoine |último= Casiday |ano= 2012 |isbn= 978-0-415-45516-9 |página= 447 |editora=Routledge}}</ref>
 
NoA Oriente, a [[iconoclastia]] [[Império Bizantino|bizantina]], que nos séculos VIII e IX proibiu o uso da figura humana em temas religiosos, foi um fator de resistência ao progresso artístico.{{Harvref|Houlden|2006|pp=63–99}} A [[Transfiguração de Jesus|Transfiguração]] foi um dos principais temas na arte cristã oriental, e qualquer monge que se iniciasse na pintura de [[ícone]]s deveria fazer prova da sua mestria com um ícone sobre esse tema.<ref>{{citar livro|título=The image of God the Father in Orthodox theology and iconography|primeiro= Steven|ultimo= Bigham|ano= 1995 |isbn= 978-1-879038-15-8 |editora=St Vladimir's Seminary Press |páginas= 226–227}}</ref> O [[Renascimento]] colocou em destaque uma série de artistas que se focaram em representações de Jesus, entre os quais [[Giotto di Bondone|Giotto]] e [[Fra Angelico]].{{Harvref|Houlden|2006|pp=63–99}} A [[Reforma Protestante]] trouxe consigo movimentos que defendiam a abolição da representação gráfica de figuras religiosas, embora a proibição total tenha sido rara e as objeções tenham diminuído após o {{séc|XVI}}. Embora evitem imagens de grande dimensão, hoje em dia poucos protestantes se opõem a representações de Jesus em livros.<ref>{{Citar livro |título=Reformation and the Visual Arts |primeiro= Sergiusz |último= Michalski |ano= 1993 |isbn= 978-1-134-92102-7 |editora=Routledge |página= 195}}</ref><ref>{{Citar livro|título=Light from the Christian East: An Introduction to the Orthodox Tradition |primeiro= James R. |último= Payton |ano= 2007 |isbn= 978-0-8308-2594-3 |editora=InterVarsity Press |páginas= 178–179}}</ref> Por outro lado, o uso de representações de Jesus é defendido pelos líderes religiosos [[Católicos]], [[Igreja Ortodoxa|Ortodoxos]]católicos e [[Igreja AnglicanaAnglicanismo|Anglicanosanglicanos]]<ref name="RWilliams83">{{Citar livro |título=The Dwelling of the Light: Praying with Icons of Christ |último=Williams |primeiro=Rowan |ano= 2003 |isbn= 978-0-8028-2778-4 |editora=Wm. B. Eerdmans Publishing |página= 83}}</ref><ref>{{Citar web |primeiro=Karol J. |último= Wojtyła |url=http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/audiences/1997/documents/hf_jp-ii_aud_29101997_en.html |editora= Vatican Publishing House |título= General audience 29 outubro 1997 |acessodata=20 de abril de 2013}}</ref><ref>{{Citar web| url=http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/audiences/2009/documents/hf_ben-xvi_aud_20090506_en.html |editora= Vatican Publishing House |título= General audience 6 maio 2009 |acessodata=20 de abril de 2013 |primeiro=Joseph A. |último= Ratzinger}}</ref> e é um elemento-chave na tradição Ortodoxa oriental.{{Harvref|Doninger|1999|p=231}}<ref>{{Citar livro |título=The Orthodox Christian World |primeiro= agostoine |último= Casiday |ano= 2012 |isbn= 978-0-415-45516-9 |página= 447 |editora=Routledge}}</ref>
 
== Ver também ==