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O termo "Homem" foi modificado para "humanidade", para evitar uma abordagem machista do texto. Também foi modificado a descrição de "disciplina científica" para "ciência", tornando-a mais acurada.
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[[Imagem:GD-EG-Alex-Théatre031.JPG|thumb|350px|Antigo [[teatro]] [[Roma Antiga|romano]] em [[Alexandria]], [[Egito]].]]
 
'''Arqueologia''' é a disciplina científicaciência que estuda as [[cultura]]s e os modos de vida do passado a partir da análise de vestígios materiais. É uma [[ciência social]] que estuda as [[sociedade]]s já extintas, através de seus restos materiais, sejam estes móveis — como por exemplo um objeto de [[arte]] — ou objetos imóveis — como é o caso das [[estrutura]]s [[arquitetura|arquitectónicas]]. Incluem-se também no seu campo de estudos as intervenções feitas pelo [[homem]] no [[meio ambiente]].
 
A maioria dos primeiros arqueólogos, que aplicaram sua disciplina aos estudos das antiguidades, definiram a arqueologia como o ''estudo sistemático dos restos materiais da vida humana já desaparecida''. Outros arqueólogos enfatizaram aspectos psicológico-comportamentais e definiram a arqueologia como ''a reconstrução da vida dos povos antigos''. A disciplina da arqueologia envolve trabalhos de prospecção, escavação e eventualmente analises de informação recolhida para aprender mais sobre o passado humano. Na maioria das vezes, a arqueologia depende de trabalhos de investigações multidisciplinares. A arqueologia baseia-se também em conceitos em torno de variadas áreas de conhecimento e ciências como a antropologia, história, história de arte, etnoarqueologia, geografia, geologia, linguística, semiologia, física, ciências da informação, química, estatísticas, paleoecologia, paleontologia (paleozoologia e paleoetnobotânica).
 
EmApesar da arqueologia ser uma ciência com "vida própria", em alguns países a arqueologia é considerada como uma [[disciplina]] pertencente à [[antropologia]] enquanto que em países, como em Portugal, esta foi considerada uma disciplina pertencente ao ramo científico da História e dependente deste. Enquanto a antropologia se centra no estudo das culturas humanas contemporâneas, a arqueologia dedica-se mais ao estudo das manifestações culturais e materiais destas desde o surgimento doda Homemhumanidade ( transição do ''Australopitecos'' para o ''Homo habilis'') até ao presente. Deste modo, enquanto as antigas gerações de arqueólogos estudavam um antigo instrumento de [[cerâmica]] como um elemento cronológico que ajudaria a pôr uma data à cultura que era objeto de estudo, ou simplesmente como um objeto com um verdadeiro valor estético, os arqueólogos dos dias de hoje veriam o mesmo objeto como um instrumento que lhes serve para compreender o [[pensamento]], os valores e a própria sociedade a que pertenceram.
 
Os arqueólogos podem ter de actuar em situações de emergência, como quando existem obras que põem a descoberto vestígios arqueológicos até então desconhecidos, sendo, nestes casos, criados e enviados para o local piquetes de emergência. Deste modo, procuram desenvolver medidas para minimizar o impacto negativo que essas obras possam ter no património arqueológico podendo ser feitas alterações pontuais no projecto inicial. Só em casos excepcionais os achados arqueológicos são suficientemente importantes para justificar a anulação de obras de grande envergadura (ex.: barragem de Foz Côa). Em certos casos, a destruição parcial ou total dos vestígios arqueológicos poderá ser inevitável, nomeadamente por motivo de obras de superior interesse público, o que exige um registo prévio o mais exaustivo possível. A fim de se minimizarem os riscos de destruição do património arqueológico devido a obras públicas ou privadas de grande amplitude, tem-se procurado, nos últimos anos, integrar arqueólogos nas equipas que elaboram os estudos de viabilidade e de impacto ambiental. A tendência actual é para substituir uma arqueologia de salvamento por uma arqueologia preventiva.