Panthera onca: diferenças entre revisões

Mesmo em indígenas sul-americanos contemporâneos a onça faz parte da mitologia e folclore, sendo um animal que é capaz de dar aos homens, o poder sobre o fogo.<ref name=r44>{{citar livro|autor =Levi-Strauss, Claude|título= O Cru e o Cozido|local= São Paulo|publicado= Cosac & Naify|ano= 2004 |anooriginal=1964|url=http://www.scribd.com/doc/48547510/Claude-Levi-Strauss-O-cru-e-o-cozido-Abertura}}</ref> Os [[guaranis]] a consideram um animal perigoso, e muitas vezes considerada um inimigo de toda a humanidade, capaz de destruí-la inteira.<ref name=batista2005>{{citar periódico|autor=Baptista, J.|data=2005|título=Matar um jaguar: a natureza na cultura Guarani através do discurso missionário. História Unisinos|volume=9|número=1|páginas=61-64|url=http://revistas.unisinos.br/index.php/historia/article/view/6409}}</ref> Dado isso, entre os guaranis, matar uma onça é uma forma de mostrar que não se é mais criança, e isso confere um ''status'' social elevado na comunidade.<ref name=batista2005/> Deve-se salientar que essa visão contrasta com a de populações urbanas atuais, que muitas vezes possui uma visão romântica de como seria um encontro com uma onça-pintada.<ref name=batista2005/> Ser um bom caçador de onças também confere elevado ''status'' social entre os homens [[guató]], que podem até mesmo ter várias esposas dado uma elevada posição entre os caçadores.<ref name=sussekind/>

[[Imagem:The American Museum journal (c1900-(1918)) (17972328810).jpg|thumb|300px|right|Onça-pintada morta pelo [[Presidente dos Estados Unidos|ex-presidente americano]] [[Theodore Roosevelt]].]]

Para alguns povos da [[Bacia Amazônica]], a onça-pintada simboliza o sexo, reprodução e fuga da morte, sendo uma inimiga do [[tamanduá-bandeira]], considerado um [[trickster]].<ref name=arcand>{{citar livro|autor=Arcand, B.|título=The Jaguar and the Anteater: Pornography Degree Zero|url=http://books.google.com.br/books?id=G0_l_hWBSwUC&pg=PA247&lpg=PA247&dq=anteater+and+jaguar+pornography+degree+zero&source=bl&ots=svycdlzwPm&sig=SeStaQmPVwtP2OZhF_8iyjt5U0c&hl=en&sa=X&ei=MJr-UIy1H43G9gSfrYCwDg&ved=0CE0Q6AEwBQ|editora=Verso|ano=1993|isbn=0-86091-446-1|páginas=286}}</ref><ref name=roe>{{citar livro|autor=Roe, P.|título=The Cosmic Zygote: Cosmology in the Amazon Basin|url=http://udel.edu/~roe/TheCosmicZygote/fulltext.pdf|editora=Rutgers University Press|local=New Brunswick, New Jersey|ano=1982|isbn=0-81535-0896-7|páginas=416}}</ref> Em um conto do povo [[Shipibo-conibo]], a onça-pintada foi desafiada pelo tamanduá a ficar mais tempo debaixo d'água sem respirar, e após ela aceitar e submergirem, o tamanduá roubou sua pele como travessura, e deixou sua para o grande felino: a partir de então, a onça e o tamanduá passaram a ser inimigos.<ref name=roe/>