Prémio Camões: diferenças entre revisões

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A escolha da escritora brasileira [[Rachel de Queiróz]], em 1993, gerou polémica. Segundo uma reportagem assinada por [[Norma Couri]] veiculada no [[Jornal do Brasil]], os membros portugueses do júri ficaram desconfortáveis com o fato de que os representantes brasileiros - [[Arnaldo Niskier]], [[Oscar Dias Correia]] e [[João de Scantimburgo]] - chegaram à Lisboa com o nome da escritora já previamente escolhido. Os portugueses procuraram sugerir outras opções, como [[Jorge Amado]] e [[Haroldo de Campos]], porém, não obtiveram sucesso em mudar a opinião dos votantes brasileiros. Ainda segundo a reportagem, Niskier, Correia e Scantimburgo teriam defendido o prêmio para Queirós após a autora ter apoiado o ingresso dos mesmos na [[Academia Brasileira de Letras]]<ref name=":0">COURI, Norma. Prêmio Camões gera polêmica. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro: 07 de junho de 1993, p. 7.</ref>.
 
O suposto 'acerto' entre os membros brasileiros do júri e Queirós repercutiu negativamente na imprensa e na intelectualidade portuguesas. O escritor [[José Cardoso Pires]] foi bastante duro com a escolha da romancistasromancista brasileira, afirmando que "a sua obra não avaliza a exigência que caracteriza o prêmio". Queirós classificou as acusações como caluniosas, enquanto Jorge Amado e Arnaldo Niskier saíram em defesa da escritora<ref name=":0" />. Amado foi agraciado com o Camões no ano seguinte. Tanto Cardoso Pires, quanto Haroldo de Campos faleceram sem receber a distinção.
 
Segundo o Jornal do Brasil, em 1998 alguns especialistas em literatura portuguesa acreditavam que o premiado seria José Cardoso Pires, que se encontrava em coma após sofrer um derrame. O premiado, contudo, foi o professor, crítico literário e poeta brasileiro [[Antonio Candido]]. Segundo o periódico, a decisão dos jurados não foi unânime, porém, estes evitaram qualquer tipo de comentário a respeito de outros prováveis homenageados<ref>ANONIMO. Consagração de Antonio Candido. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 16 de julho de 1998, p. 24.</ref>.