Guarda Nacional Republicana: diferenças entre revisões
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|sigla= GNR
|criação= [[1911]]
|aniversários= [[3 de
|extinção=
|patrono= [[Nossa Senhora do Carmo]]
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A Guarda constitui-se assim como uma Instituição charneira, entre as Forças Armadas e as Forças Policiais e Serviços de Segurança.
Consequentemente, a GNR mostra ser uma força bastante apta a cobrir, em permanência, todo o
Em situação de normalidade, a Guarda executa fundamentalmente as típicas missões policiais, mas não só, porque decorre da sua missão
Em situações de estado de emergência ou de sítio, devido à sua natureza, organização e à formação dos seus militares, apresenta-se como a força mais indicada para
Já em caso de [[guerra]], pela sua natureza militar e pelo dispositivo de quadrícula, que ocupa todo o território nacional, pode, isoladamente ou em complemento, desempenhar um leque muito alargado de missões das Forças Armadas.
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De igual forma, pode cobrir todo o espectro de missões no âmbito das denominadas OOTW “Operations Other Than War” (Operações para além da Guerra), desde a fase de imposição à de manutenção, em complemento das Forças Armadas, com principal relevância para as fases pós-conflito, e ainda, as tarefas de [[polícia]] em substituição das polícias civis, nas fases posteriores e antes de alcançada a segurança e a estabilidade suficientes para que aquelas possam actuar.
A GNR partilha as responsabilidades do policiamento de Portugal continental com a [[Polícia de Segurança Pública|Polícia de Segurança Pública (PSP)]], cabendo a esta última apenas a responsabilidade dos grandes centros urbanos (5% do território nacional) e à Guarda, a responsabilidade de 40% da cidades, 98% das vilas e a totalidade das aldeias do país. Nos [[Açores]] e na [[Madeira]] está atribuído, também à PSP, o policiamento das áreas rurais, cabendo à GNR a operar nas áreas fiscal, controlo costeiro, proteção da natureza e socorro. Na fração habitada mais isolada do território de [[Portugal]], a [[ilha do Corvo]], a GNR é a única força policial permanentemente instalada, assumindo todas as responsabilidades policiais na ilha.
A GNR tem como atribuições exclusivas: assegurar o cumprimento das disposições legais referentes à
A GNR tem ainda a responsabilidade das honras de estado e da segurança aos vários edifícios dos Órgãos de Soberania, como o [[Palácio Nacional de Belém]] – residência oficial do Presidente da República –, o [[Palácio de São Bento]] – sede da Assembleia da República e residência oficial do Primeiro-Ministro – e o [[Palácio das Necessidades]] – sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
A GNR foi criada em [[1801]], como '''Guarda Real da Polícia''', inspirando-se na ''[[Gendarmeria|Gendarmerie]]'' francesa.
== Organização ==
A Guarda Nacional Republicana está dependente, para efeitos [[Polícia|policiais]] e operacionais em tempo de paz, do [[Ministério da Administração Interna]] e para efeitos militares do [[Ministério da Defesa Nacional]]. No seguimento da Lei nº 63/2007 (nova Lei Orgânica da GNR) a tradicional estrutura da GNR, que incluía quatro brigadas territoriais, a Brigada Fiscal, a Brigada de Trânsito, o Regimento de Cavalaria (Membro-Honorário da Ordem do Infante D. Henrique a 5 de
A GNR é comandada por um
1) '''Estrutura de comando''', com:
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** Comando Territorial de Viseu.
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Cada comando territorial – comandado por um [[coronel]] ou [[tenente-coronel]] – inclui destacamentos – comandados por [[major]], [[
Os comando territoriais dos Açores e da Madeira desempenham, essencialmente, apenas missões de controlo costeiro e de ação fiscal, respetivamente, sob dependência funcional da UCC e UAF.
Os atuais comandos territoriais correspondem, essencialmente, aos anteriores grupos territoriais das antigas brigadas territoriais. A extinção das brigadas territoriais, no final de 2008, colocou os comandos territoriais na direta dependência da estrutura central de comando da GNR
3) '''Unidades especializadas''':
* '''Unidade de Controlo Costeiro''' (UCC) – comandada por um [[major-general]], é responsável pela vigilância e
* '''Unidade de Ação Fiscal''' (UAF) – comandada por um coronel, é responsável pelo desempenho da missão tributária, fiscal e aduaneira atribuída à GNR. Sucedeu à anterior Brigada Fiscal;
* '''Unidade Nacional de Trânsito''' (UNT) – comandada por um coronel, é responsável pela uniformização de procedimentos e formação no âmbito da fiscalização de trânsito. Excecionalmente, pode assumir diretamente a realização de missões especiais de fiscalização de trânsito, que, normalmente, serão desempenhadas pelos destacamentos de trânsito dos comandos territoriais. Esta unidade substituiu a estrutura central da antiga [[Brigada de Trânsito]], deixando de ter subunidades territoriais de trânsito, que passaram para a dependência dos diversos
* '''Unidade de Segurança e Honras de Estado''' (USHE) – comandada por um major-general, é responsável por missões de representação e de segurança das instalações dos órgãos de soberania. Inclui o Esquadrão Presidencial, a Charanga a Cavalo, a Banda da Guarda, o Grupo Honras de Estado e o Grupo de Segurança. Esta unidade substituiu o antigo Regimento de Cavalaria e as subunidades de guarnição do antigo Regimento de Infantaria;
* '''Unidade de Intervenção''' (UI) – comandada por um major-general, é responsável pelas missões de manutenção e restabelecimento da ordem pública, gestão de incidentes críticos, intervenções táticas, segurança de instalações sensíveis, inativação de explosivos, proteção e socorro e projeção de forças para missões internacionais. Inclui Grupo de Intervenção de Ordem Pública (GIOP) e de Operações Especiais (GIOE), Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS), Grupo Operacional Cinotécnico, Centro de Inativação de Explosivos e Segurança em Subsolo (CIESS) e Centro de Treino e Aprontamento de Força para Missões Internacionais. Esta unidade foi organizada com várias subunidades do antigo Regimento de Infantaria.
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== História ==
A Guarda Nacional Republicana é a descendente
=== Guarda Real da Polícia (GRP) ===
A '''Guarda Real da Polícia de Lisboa''' foi criada em [[1801]] pelo Príncipe Regente [[João VI de Portugal|D. João]], sob proposta do [[Intendência-Geral da Polícia da Corte e do Reino|Intendente-Geral da Polícia da Corte e do Reino]], [[Diogo Inácio de Pina Manique|Pina Manique]], seguindo o modelo da ''[[Gendarmaria
De acordo com o regulamento, a Guarda deveria ser «formada pelos melhores [[
Era, por isso, considerado um corpo de elite.
A Guarda foi realizando as suas funções de polícia da cidade de Lisboa e arredores com competência e bons resultados. Em finais de [[1807]], com a partida da família real e da corte para o [[Brasil]], devido à primeira invasão francesa, manteve-se em serviço, não tendo embarcado. As ordens que recebeu foi a de receber o general francês Junot, acompanhando-o desde [[Sacavém]] até Lisboa.
As suas obrigações mantiveram-se as mesmas durante a ocupação francesa da cidade, sendo que o seu comandante, aristocrata francês emigrado, colaborou
Alguns oficiais e soldados da Guarda foram acusados de colaboração, tendo sido demitidos do corpo, mas sem mais consequências. Houve outros que, tendo conseguido abandonar a capital e incorporar-se no exército português de [[Bernardim Freire de Andrade]], estiveram presentes no combate da Roliça e na [[batalha do Vimeiro]] (ver relação contemporânea publicada no periódico de Coimbra Minerva Lusitana).
Quarenta e um soldados da Guarda, comandados pelo capitão do 1.º Esquadrão, Elizário de Carvalho, participaram na [[batalha do Vimeiro]], tendo o seu comandante morrido durante a carga da cavalaria [[Britânico|britânica]] e portuguesa, que se deu no final da batalha.
Com o fim da ocupação francesa, a Guarda retomou a sua
=== Guarda Municipal ===
No final de [[
=== Guarda Republicana ===
Depois do golpe de estado de [[Implantação da República Portuguesa|5 de
=== Guarda Nacional Republicana (GNR) ===
[[File:Portuguese National Republican Guard (GNR) headquarters, Lisbon, Portugal.jpg|thumb|right|240px|[[Quartel do Carmo]], sede do Comando-Geral da Guarda Nacional Republicana (GNR) desde 1868.]]
Por decreto de [[3 de
Em [[1993]], a GNR absorveu a '''[[Guarda Fiscal]]''', que havia sido criada como força independente em [[1885]], a qual se tornou a Brigada Fiscal da GNR.
Em [[2006]], foi integrada na GNR a Polícia Florestal ([[Polícia_florestal#Corpo_Nacional_da_Guarda_Florestal|Corpo Nacional da Guarda Florestal]]), sendo inseridos os seus elementos no Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA), reforçando a Guarda Nacional Republicana no âmbito da fiscalização e sensiblização ambiental/florestal.
Foi criado também o Grupo Intervenção
== Comandantes-gerais ==
===Guarda Real da Polícia de Lisboa===
# [[Coronel]] Jean-Victor (conde de Novion) - de 10/12/1801 a 31/08/1808;
# [[Brigadeiro]]
# Coronel D. Joaquim da Câmara - de 04/07/1813 a 10/10/1815;
# Coronel José Pereira Lacerda - de 12/10/1815 a 02/02/1819;
Linha 183:
# Coronel Francisco José de Figueiredo Sarmento - de 09/08/1826 a 27/02/1828;
# [[Marechal de campo]] Joaquim José Maria de Sousa Tavares - de 01/03/1828 a 27/10/1833;
# Coronel
===Guarda Municipal de Lisboa===
Linha 196:
# Coronel D. Carlos Mascarenhas - de 06/10/1846 a 16/05/1851;
# Brigadeiro Fernando da Fonseca Mesquita e Solla - de 17/05/1851 a 28/08/1856;
# Brigadeiro Christovam José Franco Bravo
# Coronel José de Vasconcelos Correia
===Guarda Municipal===
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* Algemas plásticas de serrilha
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* Membro-Honorário da [[Ordem do Mérito]] (3 de maio de 2017)
▲* A 3 de Maio de 2017 foi feita Membro-Honorário da [[Ordem do Mérito]]<ref name="OHnp">{{citar web |url=http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=153 |título=Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas|autor=|data=|publicado=Presidência da República Portuguesa|acessodata=2014-05-25 |notas=Resultado da busca de "Guarda Nacional Republicana".}}</ref>
{{Referências}}
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* {{link|1=|2=http://www.operacional.pt/exposicao-100-anos-gnr/|3=Exposição ''Guarda Nacional Republicana 100 Anos''|4=www.operacional.pt}}
* {{link|1=|2=http://www.operacional.pt/a-%C2%ABguarda%C2%BB-fez-100-anos/|3=A "Guarda"» fez 100 anos|4=www.operacional.pt}}
{{Forças de segurança em Portugal}}
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