Landeira: diferenças entre revisões

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|concelho = Vendas Novas
|região = [[Alentejo]]
|subregião = [[Alentejo Central]]
|antes = [[Alto Alentejo (província)|Alto Alentejo]]
|área = 69.64
|população = 723
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|presidente = Vítor Dias Serrano (PS)
}}
'''Landeira''' é uma [[freguesia]] [[Portugal|portuguesa]] do concelho de [[Vendas Novas]], na região do [[Alentejo]], com 69,64 km² de área e 723 habitantes (2011). A sua [[densidade populacional]] é de 10,4 h/km².
 
Landeira, freguesia pertencente ao concelho de Vendas Novas, situa-se a Oeste do Alentejo Central, numa transição entre a Região do Alentejo e do Vale do Tejo. Detentora de uma área que ronda os 69,64 quilómetros quadrados, a Freguesia de Landeira é composta pelos lugares de Nicolaus, Bicas, Moinhola, Quinta de Sousa, Monte do Vale, Estalagem, Monte da Azeda, Monte do Outeiro e Moinho da Moita.
 
Landeira é considerada a Aldeia mais velha do Concelho de Vendas Novas, datando as primeiras referências à mesma, do século XII, altura em que o geógrafo árabe, Edrici a aponta como pousada ou passo de jornada na estrada Muçulmana de Lisboa – Évora. Segundo os documentos, no século XIV, Landeira foi palco das honras feitas ao casamento entre o Rei Henrique IV de Castela e a Infanta Portuguesa D. Joana: «Além das festas que em Lisboa se fizeram mui grandes, outras honradas justas na Landeira».
 
Esta Aldeiaaldeia surgiu ainda referida das Crónicas de D. João II, da autoria de Rui de Pina e Garcia de Resende, que relatam a passagem do Rei Perfeito por terras de Landeira, de modo a fugir ao Duque de Viseu, que o queria matar. A Landeira é referida por Alexandre Herculano na sua Historia da Inquisição como o local para onde o próprio Infante D Henrique, inquisidor-mor, escoltado por cinco de cavalo, terá feito conduzir o converso Heitor António, apos a sua captura quando este tentava viajar clandestinamente como emissário dos cristãos novos a Curia Romana ("...e conduzirem-no para a Landeira, onde o despojaram de quanto levava, dinheiro, joias e cartas. Abriu estas o Infante, leu-as e remeteu tudo para Lisboa, com o emissário preso").
 
No Auto da Exoração da Guerra, no Auto da História de Deus e no Auto da Festa, Gil Vicente faz também referência a Landeira, considerando-a como a noitada menos tragável no jornadear de Lisboa a Montemor e Évora.
 
Conhecida pela Estrada dos Espanhóis, Landeira rapidamente cresceu, pois, uma vez que era um cruzamento de caminhos, aqui afluíam Camponeses, Mercadores, Cristãos. Judeus e Mouros, Reis e Bandidos, Nobres Clérigos e Viajantes.
 
Administrativamente, pertenceu ao Concelho de Alcácer do Sal de 1895 e 1898, ano em que passou a estar integrado no Concelho de Montemor-o-Novo. Em 1962 passou para o Concelho de Vendas Novas, ao qual pertence desde então.
 
Em termos eclesiásticos, foi uma Capelania e um Curato da Ordem de Santiago, com apresentação pela Mesa da Consciência.
 
Segundo a publicação no Diário da República, III Série de 12 de Julho de 1996, o Brasão da Freguesia de Landeira apresenta a seguinte ordenação heráldica: «Escudo de Prata, faixa – pala em ponta, de vermelho, acompanhada em chefe por duas Landes, com pés e folhas, tudo de verde. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco com a legenda a negro, em maiúsculas: “LANDEIRA”»
 
==População==
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