Francisco Vieira de Almeida: diferenças entre revisões

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'''Francisco Lopes Vieira de Almeida''' <small>[[Ordem da Liberdade|GOL]] • [[Ordem da Instrução Pública|GOIP]]</small> ([[Castelo Branco]], [[9 de agosto]] de [[1888]]<ref name="cc"/> – [[Cascais]], [[20 de janeiro]] de [[1962]]<ref name="cc"/>), foi um influente [[filósofo]] e [[escritor]] [[Portugueses|português]].
 
==Biografia==
[[Licenciatura|Licenciado]] e [[Doutoramento|doutorado]] em [[Filosofia]] pela [[Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa|Faculdade de Letras]] da [[Universidade de Lisboa]], ingressou, como docente, nesta instituição, pelo grupo de [[História]], em 1915. Em 1921, porém, passou para o Grupo de [[Filosofia]], onde ascendeu a professor catedrático, em 1932. Manteve-se em atividade até 1958<ref>''Logos – Enciclopédia Luso-Brasileira de Filosofia'', 5 vols. (Lisboa/São Paulo: Editorial Verbo, 1989–1992), I, p. 178.</ref>.
{{Carece de fontes2|Francisco Lopes Vieira de Almeida nasceu em 9 de agosto de 1888, em Castelo Branco.|bio|data=outubro de 2017}}
 
{{Carece de fontes2|[[Monarquia|Monárquico]] liberal, próximo de autores como [[José Adriano Pequito Rebelo|Pequito Rebelo]] e [[Hipólito Raposo]] nos alvores da [[Primeira República Portuguesa|Primeira República]], Vieira de Almeida viria a aproximar-se gradualmente do ideário [[República|republicano]], estando entre os fundadores da breve (apenas dois números) ''Revista dos Homens Livres'' («''livres das Finanças e livres dos Partidos''»), projeto frentista contra a degeneração da [[República]] na década de 1920. Fracassada essa frente, e implantada a ditadura que estará na base do [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo]], desenvolveu contactos com o grupo da [[Seara Nova]], por intermédio de [[Luís da Câmara Reis|Câmara Reys]], mesmo depois de [[António Sérgio]] se afastar da revista.|bio|data=outubro de 2017}} Encontra-se ainda colaboração da sua autoria na ''[[Revista de História (1912)|Revista de História]]'' (1912-1928)<ref>{{Citar web |autor= |data= |título=Revista de historia : publicação trimensal, 1913, Índice |url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/RevistadeHistoria/Indices/Indice_1913/Indice_1913_item1/index.html |publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |acessodata=28 de abril de 2015}}</ref>.
[[Licenciatura|Licenciado]] e [[Doutoramento|doutorado]] em [[Filosofia]] pela [[Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa|Faculdade de Letras]] da [[Universidade de Lisboa]], ingressou como docente nesta instituição, pelo grupo de [[História]], em 1915. Em 1921, porém, passou para o Grupo de [[Filosofia]], onde ascendeu a professor catedrático, em 1932. Manteve-se em atividade até 1958<ref>''Logos – Enciclopédia Luso-Brasileira de Filosofia'', 5 vols. (Lisboa/São Paulo: Editorial Verbo, 1989–1992), I, p. 178.</ref>.
 
Opositor declarado do Estado Novo, apoiou numerosas iniciativas de restauração da democracia, mantendo o seu posicionamento nas fases de maior repressão do regime. Seria também proponente da candidatura do general [[Humberto Delgado]] a [[Presidente da República Portuguesa|Presidente da República]], figurando ao seu lado na célebre conferência de imprensa no Café Chave d'Ouro, no [[Porto]], na tarde de 10 de maio de 1958, na qual o general, quando interrogado pelos jornalistas sobre [[António de Oliveira Salazar|Salazar]], respondeu: «''Obviamente, demito-o!''»<ref name="cc">[http://casacomum.org/cc/arquivos?set=e_8835 Casa Comum/ Fundação Mário Soares]</ref>.
{{Carece de fontes2|[[Monárquico]] liberal, próximo de autores como [[José Adriano Pequito Rebelo|Pequito Rebelo]] e [[Hipólito Raposo]] nos alvores da [[Primeira República Portuguesa|Primeira República]], Vieira de Almeida viria a aproximar-se gradualmente do ideário [[República|republicano]], estando entre os fundadores da breve (apenas dois números) ''Revista dos Homens Livres'' («''livres das Finanças e livres dos Partidos''»), projeto frentista contra a degeneração da [[República]] na década de 1920. Fracassada essa frente, e implantada a ditadura que estará na base do [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo]], desenvolveu contactos com o grupo da [[Seara Nova]], por intermédio de [[Luís da Câmara Reis|Câmara Reys]], mesmo depois de [[António Sérgio]] se afastar da revista.|bio|data=outubro de 2017}} Encontra-se ainda colaboração da sua autoria na ''[[Revista de História (1912)|Revista de História]]'' (1912-1928)<ref>{{Citar web |autor= |data= |título=Revista de historia : publicação trimensal, 1913, Índice |url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/RevistadeHistoria/Indices/Indice_1913/Indice_1913_item1/index.html |publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |acessodata=28 de abril de 2015}}</ref>.
 
Foi, com mais de 70 anos de idade, detido pela [[Polícia Internacional e de Defesa do Estado|PIDE]] e encarcerado em [[Forte de D. Luís I|Caxias]]{{Qual}}, juntamente com António Sérgio, Jaime Cortesão e Mário de Azevedo Gomes, pelo apoio dado à candidatura presidencial de [[Humberto Delgado]], em 1958<ref name="cc"/>.
Opositor declarado do Estado Novo, apoiou numerosas iniciativas de restauração da democracia, mantendo o seu posicionamento nas fases de maior repressão do regime. Seria também proponente da candidatura do general [[Humberto Delgado]] a [[Presidente da República]], figurando ao seu lado na célebre conferência de imprensa no Café Chave d'Ouro, no [[Porto]], na tarde de 10 de maio de 1958, na qual o general, quando interrogado pelos jornalistas sobre [[Salazar]], respondeu: «''Obviamente, demito-o!''»<ref name="cc">[http://casacomum.org/cc/arquivos?set=e_8835 Casa Comum/ Fundação Mário Soares]</ref>.
 
No ano seguinte, em 1959, Vieira de Almeida, de novo com [[Jaime Cortesão]], [[António Sérgio]] e [[Mário de Azevedo Gomes|Azevedo Gomes]], convidariamconvidaria os socialistas Aneurin Bevan e Mendès-France para conferências em [[Portugal]], que são proibidas, sendo os organizadores, de novo, detidos<ref name="cc"/>.
Foi, com mais de 70 anos de idade, detido pela [[PIDE]] e encarcerado em [[Caxias]]{{Qual}}, juntamente com António Sérgio, Jaime Cortesão e Mário de Azevedo Gomes, pelo apoio dado à candidatura presidencial de [[Humberto Delgado]], em 1958<ref name="cc"/>.
 
Morreu em 20 de janeiro de 1962, em Cascais.<ref name="cc"/>
No ano seguinte, em 1959, Vieira de Almeida, de novo com [[Jaime Cortesão]], [[António Sérgio]] e [[Mário de Azevedo Gomes|Azevedo Gomes]], convidariam os socialistas Aneurin Bevan e Mendès-France para conferências em [[Portugal]], que são proibidas, sendo os organizadores, de novo, detidos<ref name="cc"/>.
 
{{Carece de fontes2|Vieira de Almeida morreu em 20 de janeiro de 1962, em Cascais.|bio|data=outubro de 2017}}
 
A sua obra filosófica, em que avultam os trabalhos sobre Lógica, Estética, Epistemologia e História, encontra-se editada pela [[Fundação Calouste Gulbenkian]], que a reuniu entre os anos de 1986 e 1988, com organização e apresentação de [[Joel Serrão]] e Rogério Fernandes<ref name="cc"/>.
 
AFoi agraciado, a título póstumo, foicom feitoas seguintes condecorações: Grande-Oficial da [[Ordem da Liberdade]] a (30 de outubro de 1987) e Grande-Oficial da [[Ordem da Instrução Pública]] a (19 de setembro de 2017).<ref>{{citar web |url=http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=153 |título=Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas|autor=|data=|publicado=[[Presidência da República Portuguesa]]|acessodata=20172018-0902-2116 |notas=Resultado da busca de "Francisco Lopes Vieira de Almeida".}}</ref>
 
{{Carece de fontes2|Vieira de Almeida era pai do advogado [[Vasco Vieira de Almeida]]<ref name="cc"/> e bisavô da apresentadora [[Carolina Patrocínio]].|bio|data=outubro de 2017}}
 
==Obra==