Palestina (região): diferenças entre revisões

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{{Ver desambig|o Estado reivindicado pelos palestinos|Estado da Palestina|a instituição semiautônoma que governa partes da Palestina|Autoridade Nacional Palestina|outros significados|Palestina (desambiguação)}}
[[Imagem:Historical boundaries of Palestine (plain).svg|thumb|upright=1.2|{{legenda|border=darkgreen solid|white|Fronteiras da [[Síria Palestina]] romana, onde a linha verde tracejada mostra o limite entre a [[Palestina Prima]] bizantina (depois [[Junde de Filastine]]) e a [[Palestina Secunda]] (depois [[Junde de Urdune]]), assim como da [[Palestina Salutar]] (depois Jebel et-Tih e Jifar)}}
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'''Palestina''' ({{lang-ar|فلسطين}}, translit. ''Filasṭīn''; {{lang-he|פלשתינה}}; {{lang-el|Παλαιστίνη}}, transl. ''Palaistinē'', e {{lang-la|''Palæstina''}}), é a denominação histórica dada pelo [[Império Romano]] a partir de um nome hebraico bíblico, a uma região do [[Oriente Médio]] situada entre a costa oriental do [[Mar Mediterrâneo|Mediterrâneo]] e as atuais fronteiras ocidentais do [[Iraque]] e [[Arábia Saudita]], hoje compondo os territórios da Jordânia e Israel, além do sul do [[Líbano]] e os territórios da [[Faixa de Gaza]] e [[Cisjordânia]].
 
A área correspondente à Palestina até [[1948]] encontra-se hoje dividida em três partes: uma parte integra o [[Israel|Estado de Israel]]; outra a atual [[Jordânia]] e duas outras (a Faixa de Gaza e a Cisjordânia), de maioria de árabes palestinos, deveriam integrar um estado palestino a ser criado - de acordo com a [[lei internacional]], bem como as determinações das [[Nações Unidas]], o [[Reino Unido]]. Em [[1967]], a Faixa de Gaza e a Cisjordânia foram conquistadas por [[Israel]] ao [[Egito]] e à [[Jordânia]] respetivamente, após a [[Guerra dos Seis Dias]]. E posteriormente Gaza em 2005 foi entregue à Autoridade Palestina, já a Cisjordânia ([[Judeia]] e [[Samaria]]) possui partes de territórios soberanos palestinos e parte de territórios com habitantes israelenses estabelecidos na conquista do território.
 
Há alguns anos, porções dispersas dessas duas áreas foram oferecidas por Israel e passaram a ser administradas pela [[Autoridade Palestina]], mas, devido aos ataques violentos dos palestinos, esses territórios e sua população estão sob constante observação. A população palestina dispersa pelos países árabes em [[campos de refugiados]], ou situados nos territórios de Gaza e Cisjordânia, é estimada em 5 milhões de pessoas.<ref>{{citar web |url=https://nacoesunidas.org/agencia-da-onu-para-refugiados-da-palestina-lanca-campanha-de-doacoes-participe/ |titulo=Agência da ONU para refugiados da Palestina lança campanha de doações; participe |editor=[[ONU]] |data=23 de janeiro de 2018 |acessodata=20 de fevereiro de 2018}}</ref>
 
A população palestina dispersa pelos países árabes em [[campos de refugiados]], ou situados nos territórios de Gaza e Cisjordânia, é estimada em quatro milhões de pessoas (fontes?).
 
== Etimologia ==
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== História ==
{{artigo principal|História da Palestina}}
{{mais notas|EsteEsta artigoseção|data=maio de 2016}}
[[Imagem:Israel Byzantine 5c.jpg|esquerda|thumb|Área geográfica da Palestina, conforme definida pelo [[Império Bizantino]], no final do {{séc|IV}}, com as fronteiras das [[diocese]]s da [[Palestina Prima]] e [[Palestina Secunda]].]]
 
A Palestina, sendo um estreito trecho de favorável passagem entre a África e Ásia, foi palco de um grande número de conquistas, pelos mais variados povos, por se constituir num corredor natural para os antigos exércitos. Em meados do {{AC|século XV|x}} a região é conquistada pelo faraó [[Tutmósis III]], mas será perdida antes de completar 18 de dinastia, para ser novamente reconquistada por [[Seti I]] e por [[Ramsés II]]. Com o enfraquecimento do poder egípcio em finais do {{AC|século XIII|x}}, a região será invadida pelos [[Povos do Mar]]. Um destes povos, os filisteus, fixa-se junto à costa onde constroem pequenas cidades. Contemporânea a esta invasão é a chegada das [[Tribos de Israel|tribos hebraicas]], lideradas por Josué. A sua instalação no interior gerou guerras com os filisteus, que se recusam a aceitar a presença hebraica.
 
Em meados do {{AC|século XV|x}} a região é conquistada pelo faraó [[Tutmósis III]], mas será perdida antes de completar 18 de dinastia, para ser novamente reconquistada por [[Seti I]] e por [[Ramsés II]]. Com o enfraquecimento do poder egípcio em finais do {{AC|século XIII|x}}, a região será invadida pelos [[Povos do Mar]].
 
Um destes povos, os filisteus, fixa-se junto à costa onde constroem pequenas cidades. Contemporânea a esta invasão é a chegada das [[Tribos de Israel|tribos hebraicas]], lideradas por Josué. A sua instalação no interior gerou guerras com os filisteus, que se recusam a aceitar a presença hebraica.
 
As tribos hebraicas decidem então unir-se para formar uma monarquia, cujo primeiro rei é [[Saul (rei)|Saul]]. O seu sucessor, [[David]] (início do {{AC|I milénio|x}}) derrota finalmente os filisteus e fixa a capital do reino em [[Jerusalém]]. Durante o reinado do seu filho, [[Salomão]], o reino vive um período de prosperidade, mas com a sua morte é dividido em duas partes: a norte, surgirá o reino de Israel (com capital em [[Samaria]]) e a sul, o reino de Judá (com capital em Jerusalém).
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No ano de {{DC|66|x}} inicia-se uma rebelião dos judeus que foi fortemente reprimida pelos romanos, com a destruição do templo de [[Iavé]], no ano de 70. Só no ano de 131 a ''[[pax romana]]'' seria novamente [[Guerras romano-judaicas|abalada por rebeliões]] ao fim das quais o imperador [[Adriano]] rebatizou Jerusalém de [[Élia Capitolina|Colônia Élia Capitólia]], e a [[Judeia (província romana)|Judeia]] foi incorporada à nova [[Síria Palestina]].
 
Passando pela divisão do [[Império Romano]], a região viveu entre 324 e 638, extrema prosperidade e crescimento demográfico, sendo de se considerar que a esta altura a população era de maioria cristã, aliás, religião oficial do [[Império Bizantino]], além da presença judaica sempre presente na região. No ano de 614 a região acaba de ser ocupada pelos persas [[Sassânida]]s que mantém seu jugo até o ano de 628 e no ano de 638 toda a região está sob o domínio [[árabes|árabe]] [[muçulmano]].
 
No ano de 614 a região acaba de ser ocupada pelos persas [[Sassânida]]s que mantém seu jugo até o ano de 628 e no ano de 638 toda a região está sob o domínio [[árabes|árabe]] [[muçulmano]].
 
De 1517 a 1917 o [[Império Otomano]] controla toda região (incluindo [[Síria]] e [[Líbano]]).
 
No {{séc|XIX}} (1850 em diante), judeus perseguidos nos territórios aonde estavam refugiados, começam a voltar para a região juntando-se aos judeus que já estabelecidos ali, dando surgimento a novas cidades como rishon letzion e no crescimento de comunidades com as de Mea Shearim.
 
De 1517 a 1917 o [[Império Otomano]] controla toda região (incluindo [[Síria]] e [[Líbano]]). No {{séc|XIX}} (1850 em diante), judeus perseguidos nos territórios aonde estavam refugiados, começam a voltar para a região juntando-se aos judeus que já estabelecidos ali, dando surgimento a novas cidades como rishon letzion e no crescimento de comunidades com as de Mea Shearim. Ao mesmo tempo, fortes movimentos migratórios oriundos dos territórios sírios e de países árabes vizinhos, forçados pela escassez em seus territórios, também fizeram a população árabe local dar saltos populacionais.
 
[[Imagem:Palestine_1020BC_Smith_1915.jpg|thumb|Mapa da Palestina Bíblica.]]