Conflito entre facções criminosas brasileiras desde 2016: diferenças entre revisões

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[[Joinville]] foi a primeira cidade a entrar na guerra das duas facções. Sua localização é estratégica, pois é próxima a divisa com o [[Paraná]], estado que tem as unidades prisionais dominada pelo mesmo grupo.<ref name="CLIC" /> A taxa de [[homicídios]] em Joinville já era maior que a de São Paulo e Rio de Janeiro no começo de 2017.<ref>{{citar web|url=http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2017/01/proporcao-de-homicidios-por-habitantes-em-joinville-e-superior-a-do-rio-de-janeiro-9688139.html|título=Proporção de homicídios por habitantes em Joinville é superior a do Rio de Janeiro|obra=[[Diário Catarinense]]|acessodata=2 de Fevereiro de 2017}}</ref>
 
===2017: Ano de sangue em Florianópolis===
Em 2017, ano em que o conflito entre as facções se intensificou, Florianópolis bateu o recorde de mortes violentas registradas na história da cidade.
 
O número de mortes violentas em Florianópolis cresceu 89% na comparação com o ano de 2016, fazendo 173 vítimas fatais entre [[Homicídio|homicídios dolosos]] (145), [[latrocínio]]s (7), lesões seguidas de morte (6) e confrontos com as polícias (15) entre 1º de janeiro e 27 de dezembro. Em todo o ano anterior, foram 92 casos de mortes violentas. <ref name="ND5">{{citar web|url=https://ndonline.com.br/florianopolis/noticias/florianopolis-encerra-2017-com-recorde-historico-de-mortes-violentas|título=Florianópolis fechará 2017 com recorde histórico de mortes violentas|obra=ND Online|acessodata=23 de Fevereiro de 2018}}</ref>
 
As principais causas apontadas pela Segurança Pública de Santa Catarina para o crescimento da violência na região estão relacionadas à guerra entre as facções PGC (Primeiro Grupo Catarinense) e o PCC (Primeiro Comando da Capital), que tenta expandir sua área de atuação no território nacional. O reflexo da briga entre as organizações criminosas, no entanto, não passa despercebido pela população. Seja pelo impacto que trouxe para os bairros mais pobres, onde famílias vivem praticamente sitiadas, ou até mesmo nas regiões mais centrais que se tornaram palco de horrores em 2017. <ref name="ND5"/>
 
Naquele ano ocorreu uma seleção de horrores cometidos em Florianópolis facilmente comparáveis aos mais violentos grupos terroristas de outras partes do mundo.
 
Algumas dessas execuções foram filmadas e espalhadas via [[rede social|redes sociais]], algo até então incomum na cidade. Foi assim com um casal de jovens, ela de 20 e ele de 18 anos, que foi queimado vivo diante da lente de um [[celular]]; ou como o caso de uma mulher decapitada com um [[facão]], cujo corpo foi encontrado na noite de véspera de Natal, no bairro Moçambique.<ref name="ND5"/>
 
Todos os anos a ONG mexicana Conselho Cidadão pela Seguridade Social Pública e Justiça Penal apresenta a lista das 50 cidades mais violentas do mundo com mais de 100 mil habitantes. O relatório de 2016, por exemplo, continha 21 cidades [[brasileira]]s, sendo que a última da lista, [[Ciudad Obregón|Obrégon]], no [[México]], teve uma taxa de 28,29 mortes por grupo de 100 mil habitantes. <ref name="ND5"/>
 
Naquele ano, Florianópolis tinha uma taxa de 19,61 mortes por 100 mil habitantes, e estava longe de entrar para a lista. Em 2017, com uma taxa de 36,8 mortes, a Capital catarinense ficou na 39ª posição do ranking. <ref name="ND5"/>
 
== Rebeliões ==