Golpe de Estado no Brasil em 1964: diferenças entre revisões

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De acordo com Elio Gaspari: "Em 1961, manobrando pelo flanco esquerdo do [[PCB]], Fidel hospedara em [[Havana]] o deputado Francisco Julião. Antes desse encontro, com olhar e cabeleira de profeta desarmado, Julião propunha uma [[reforma agrária]] convencional. Na volta de Cuba, defendia uma alternativa [[socialista]], carregava o slogan ''Reforma agrária na lei ou na marra'' e acreditava na [[guerrilha]] como caminho para se chegar a ela. Julião e Prestes estiveram simultaneamente em Havana em 1963. Foram recebidos em separado por Castro. Um já remetera doze militantes para um breve curso de capacitação militar e estava pronto para fazer a revolução. Durante uma viagem a Moscou, teria pedido mil submetralhadoras aos russos. O outro acabara de voltar da União Soviética."<ref>Elio Gaspari, em seu livro A Ditadura Envergonhada – Companhia das Letras, página 178</ref>
 
No período de 1960 a 1970, 219 guerrilheiros, além de outros não identificados, fizeram treinamento militar em Cuba, alguns ainda no governo Jânio Quadros, poucos no governo Jango e a maioria após 1964. Apesar disso, as guerrilhas formadas antes de 1964 não prosperaram e foram pouco expressivas.<ref name=Dan>Ferreira, Jorge Luiz e [[Daniel Aarão Reis Filho|Reis Filho, Daniel Aarão]] {{citar web | url=http://books.google.com/books?id=qTlmYxUR72wC&pg=PA26&lpg=PA26&dq=MRT+%22francisco+juli%C3%A3o%22&source=bl&ots=gZZIz8MCKX&sig=N9-f1qbT4P7uagutGpM1LMYR7qU&hl=pt-BR&ei=e4uzTZ_hHYWT0QGp9sSZCQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=3&ved=0CBwQ6AEwAg#v=onepage&q=MRT%20%22francisco%20juli%C3%A3o%22&f=false | título= ''Revolução e democracia (1964-)'' | publicado=books.google.com }}. Coleção "As esquerdas no Brasil", v. 3. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.</ref><ref>USTRA, 2006, p.138.</ref>{{verificar credibilidade}} No dia 4 de dezembro de 1962 o jornal O Estado de S. Paulo noticiou a descoberta e desbaratamento de um campo de treinamento de guerrilha em [[Dianópolis]], Goiás (hoje Tocantins), em uma das três fazendas compradas pelo Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT) de Julião.<ref>TORRES, Raymundo Negrão. ''O Fascínio dos Anos de Chumbo'', pág. 15. (p.69-70)</ref> Foi decretada a prisão de membros das Ligas Camponesas.<ref>USTRA, 2006, p.138,</ref>{{verificar credibilidade}}
 
Segundo Denise Rollenberg: "[…] Os documentos do [[DOPS]], o temido Departamento da Ordem Política e Social, encontrados por Denise Rollemberg no Arquivo Público do Rio de Janeiro, atestam que desde 1962 o órgão acompanhava atentamente as estreitas relações de Cuba com as Ligas. A papelada registra também cursos preparatórios de guerrilha em vários pontos do País. O apoio cubano concretizou-se no fornecimento de armas e dinheiro, além da compra de fazendas em Goías, Acre, Bahia e Pernambuco para funcionar como campos de treinamento."<ref>USTRA, p.140-1</ref>{{verificar credibilidade}}<ref>{{citar web|url=http://www.historia.uff.br/artigos/rollemberg_apoio.pdf |título=O apoio de Cuba à luta armada no Brasil: o treinamento guerrilheiro |publicado=UFF |autor=ROLLEMBERG, Denise }}</ref>{{ligação inativa}}
No local, foram apreendidos retratos e textos de Fidel Castro, bandeiras cubanas, manuais de instrução de combate, planos de sabotagem e armas, além da contabilidade da ajuda financeira enviada por Cuba e dos planos das Ligas Camponesas em outros estados do País. O responsável por esse centro de treinamento guerrilheiro era Carlos Montarroyo. Vinte e quatro militantes foram presos. Também foram decretadas as prisões de Clodomir dos Santos Morais, [[Tarzan de Castro]] e Amaro Luiz de Carvalho.<ref>USTRA, 2006, p.138-9</ref>{{verificar credibilidade}}
 
Segundo Denise Rollenberg: "[…] Os documentos do [[DOPS]], o temido Departamento da Ordem Política e Social, encontrados por Denise Rollemberg no Arquivo Público do Rio de Janeiro, atestam que desde 1962 o órgão acompanhava atentamente as estreitas relações de Cuba com as Ligas. A papelada registra também cursos preparatórios de guerrilha em vários pontos do País. O apoio cubano concretizou-se no fornecimento de armas e dinheiro, além da compra de fazendas em Goías, Acre, Bahia e Pernambuco para funcionar como campos de treinamento."<ref>USTRA, p.140-1</ref>{{verificar credibilidade}}<ref>{{citar web|url=http://www.historia.uff.br/artigos/rollemberg_apoio.pdf |título=O apoio de Cuba à luta armada no Brasil: o treinamento guerrilheiro |publicado=UFF |autor=ROLLEMBERG, Denise }}</ref>
 
=== Fator desestabilizador ===