Cândido Mota Filho: diferenças entre revisões
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[[Prêmio Juca Pato]] (1972)
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'''Cândido
==Biografia==
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Na mocidade, engajou-se ao [[modernismo|movimento modernista]] tendo participado ativamente de [[Semana de Arte Moderna]] de 1922.
Com [[Cassiano Ricardo]]
=== Atividade política ===
Foi casado com Elza Lichtenfels. É avô do jornalista e produtor musical [[Nelson Motta]].▼
Em [[1929]], Mota Filho fundou, junto de [[José de Alcântara Machado]], [[Abelardo Vergueiro César]] e [[Alarico Caiubi]], a ''Ação Nacional do PRP,'' uma corrente dentro do [[Partido Republicano Paulista]] inspirada no pensamento [[Nacionalismo brasileiro|nacionalista]] de [[Alberto Torres]] que se propunha a lutar no Brasil por uma solução política contrária à teoria liberal.
Em janeiro de 1932, foi um dos fundadores da revista paulista ''Política'', a qual também dirigiu. Esse periódico refletia a convergência ideológica antiliberal de parte da intelectualidade que, desiludida com a [[Revolução de 1930]] e com as características assumidas pela democracia liberal, pretendia encontrar novos caminhos para o Brasil.
Em fevereiro do mesmo ano, Mota Filho ingressou, ao lado de dezenas de outros jovens intelectuais, da [[Sociedade de Estudos Políticos]] (SEP), promovida por Plínio Salgado na sede de seu jornal ''A Razão.'' A SEP estava organizada em comissões de estudo e ele ficou na comissão de pedagogia, história e sociologia.
Quando eclodiu a [[Revolução Constitucionalista de 1932]], Mota Filho alistou-se no Batalhão Republicano, tornando-se membro do gabinete do governador de São Paulo, [[Pedro de Toledo]], ao lado de Menotti del Pichia e Cassiano Ricardo.<ref name=":0">[http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/mota-filho-candido MOTA FILHO, Cândido (Verbete biográfico)] - Fundação Getúlio Vargas (Dicionário Histórico-Biográfico Brasileiro - DHBB - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil - CPDOC - FGV)</ref>
Opôs-se à transformação da SEP em uma organização política, que, mais tarde, viria a se tornar a [[Ação Integralista Brasileira]] (AIB), movimento que congregou mais de um milhão de brasileiros e funcionou até 1937. Ele chegou a fazer parte da comissão de redação do Manifesto de Outubro, documento máximo da SEP, que serviria de base pro movimento. Da comissão, participaram também [[José de Almeida Camargo]], [[José Carlos de Ataliba Nogueira|Ataliba Nogueira]] e o próprio [[Plínio Salgado]].<ref>{{citar web|url=http://www.integralismo.org.br/?cont=75.#.Wpvvd_lKvIU|titulo=Manifesto de 7 de Outubro de 1932|data=|acessodata=04/03/2018|publicado=Frente Integralista Brasileira|ultimo=|primeiro=}}</ref> Não obstante, Mota Filho recebeu ampla divulgação na bibliografia integralista. Plínio Salgado reproduz em suas obras integralistas intensos comentários aos seus ensaios "Introdução ao estudo do pensamento nacional", de 1926, e "Alberto Torres e o tema da nossa geração", de 1931. A esse primeiro, embora apresente fortes críticas quanto à sua estrutura, Plínio denomina "o drama de Mota Filho" e o considera "uma contribuição oportuna". ''"Fundado no relato ou na observação de Sílvio, Veríssimo, Ronald, Graça, Machado, tem pensamentos próprios, conclusões suas e, principalmente, uma maneira oportuna de focalizar as montanhas mais culminantes da nossa cordilheira mental".'' Baseado na tese de Mota Filho, Plínio delineia uma ideia própria para um "novo romantismo" genuinamente brasileiro.<ref>{{citar livro|título=O Brasil e o Romantismo|ultimo=SALGADO|primeiro=Plínio|obra=Despertemos a Nação!|editora=Editora das Américas|ano=1954|series=Obras Completas|volume=10|local=São Paulo|páginas=58-68|acessodata=}}</ref> Em relação ao segundo, Plínio tece elogios à pessoa e à intelectualidade do autor, traçando um panorama sobre a relação da obra de Alberto Torres, tema do ensaio, nos problemas contemporâneos, e caracterizando a publicação como "mais um livro notável".<ref>{{citar livro|título=Críticas e Prefácios|ultimo=SALGADO|primeiro=Plínio|editora=Editora das Américas|ano=1955|series=Obras Completas|volume=19|local=São Paulo|páginas=219-228|acessodata=}}</ref>
Com a implantação do [[Estado Novo (Brasil)|Estado Novo]], em 1937, o fechamento de todos os partidos políticos, e o subsequente [[Levante integralista|Levante Integralista de 1938]], em que um grupo de integralistas invadiu o [[Palácio Guanabara]] na tentativa de depor [[Getúlio Vargas]], Mota Filho foi colocado sob regime de prisão domiciliar devido ao seu envolvimento com a AIB.
Na década de 1940, tornou-se chefe da seção paulista do [[Departamento de Imprensa e Propaganda]] (DIP), órgão criado pela ditadura estadonovista para divulgar as ideias do novo regime nacionalista e promover suas iniciativas.
Durante a presidência de [[Eurico Gaspar Dutra]], após o fim do Estado Novo, Mota Filho exerceu o cargo de chefe de gabinete do Ministro do Trabalho, [[Honório Fernandes Monteiro]], de 23 de abril a 4 de maio de 1949. Em 1954, quando era vice-presidente do Partido Republicano, tornou-se Ministro da Educação no governo interino de [[Café Filho]]. Após a [[Eleição presidencial no Brasil em 1955|eleição presidencial de 1955]], em que venceram [[Juscelino Kubitschek]] e [[João Goulart]], Mota Filho renuncia ao lado de todo o Ministério, assumindo, pouco depois, a presidência do Partido Republicano, com a morte de [[Artur Bernardes]].<ref name=":0" />
=== Vida pessoal ===
▲Foi casado com Elza Lichtenfels, com quem teve cinco filhos. É avô do jornalista e produtor musical [[Nelson Motta]].
==Obras==
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*''O Romantismo: Introdução ao estudo do pensamento nacional'', ensaio (1926);
*''
*''Alberto Torres e o tema da nossa geração'', crítica (
*''Introdução ao estudo da política moderna'', política (
*''A
*''Erasmo de Roterdã'' (1936)
*''Da premeditação'', direito (1937)
*''Rui Barbosa, esse desconhecido'', ensaio (1937);
*''
*''
*''
*''
*''O Poder Executivo e as ditaduras constitucionais'', política (1942);
*''O caminho das três agonias: Álvares de Azevedo, Machado de Assis e padre Antônio Feijó'', crítica (1944);
*''O conteúdo político das constituições'', política (1951);▼
*''Camões'' (1946);
*''A declaração de direitos'' (1947);
*''Castro Alves'' (1947);
*''Basílio Machado'' (1948);
*''Goethe'' (1949);
*''Pela educação'' (1952);
*''Doutrinas políticas contemporâneas'', política (1952);
*''Notas de um constante leitor'', crítica (1958);
*''A vida de Eduardo Prado'', biografia (1967);
*''Ensaio sobre a timidez'', psicologia (1969);
*''Contagem regressiva'', memórias (1972);
*''Dias lidos e vividos'', memórias (1977).{{div col end}}
==[[Imagem:Lorbeerkranz.png|40px]] Academia Brasileira de Letras==
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==Prêmio Jabuti==
Em 1968 recebeu o [[Prêmio Jabuti]], da [[Câmara Brasileira do Livro]], pela publicação da obra ''"A vida de Eduardo Prado",'' uma [[biografia]] de [[Eduardo Prado]].
==Ligações externas==
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