Giovanni Pico della Mirandola: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Pico della mirandola.jpg|thumb|250px|'''Giovanni Pico della Mirandola''' ([[1463]]-[[1494]])]]
 
'''Giovanni Pico della Mirandola''' ([[Mirandola]], {{dni|lang=br|24|2|1463|si}} — [[Florença]], {{morte|lang=br|17|11|1494}}) foi um [[Erudição|erudito]], [[Filosofia|filósofo]] [[Neoplatonismo|neoplatônico]] e [[Humanismo|humanist]]a do [[Renascimento]] [[Italianos|italiano]].
 
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Já em [[Roma]], no ano de 1486, Giovanni com apenas 23 anos de idade, publica as suas polêmicas 900 teses intituladas ''Conclusiones philosophicae, cabalisticae et theologicae'', onde ele acreditava ter desvelado as bases de todo o conhecimento da humanidade, combinando elementos do neoplatonismo, hermetismo e cabalismo, além de versar sobre [[lógica]], [[matemática]], [[física]]. Ele se oferece para pagar as despesas de qualquer um que estivesse disposto a vir até Roma e enfrentá-lo em uma discussão pública sobre as teses. Neste ano publica o seu trabalho mais conhecido, ''De hominis dignitate oratio'' (''Discurso sobre a Dignidade do Homem''), que serve como uma introdução às 900 teses.
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[[Imagem:Torah.jpg|thumb|right|'''[[Torá]]''', também conhecido como o [[Pentateuco]] de [[Moisés]].]]
 
Entretanto, das 900 teses, treze foram consideradas heréticas pela Igreja Católica e ele é proibido de ir adiante com as discussões públicas. Uma comissão de inquérito da igreja convida Giovanni para retratar-se, o que ele efetivamente faz. Giovanni tenta ainda defender as suas treze teses com o opúsculo ''Apologia Ioannis Pici Mirandolani, concordiae comitis'', mas não obtém sucesso. Contrafeito com a condenação, decide viajar novamente, visitando a França e em seguida retornando à Florença.
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Ao final de sua vida, destrói seus trabalhos poéticos e torna-se um defensor do Cristianismo contra os judeus, muçulmanos e astrólogos. Morre jovem em 1494, aos 31 anos, após sucumbir a uma febre, no dia em que Carlos VIII da França entrou em Florença, após expulsar Piero de Médici. Giovanni é considerado o primeiro erudito cristão a mesclar elementos da doutrina cabalística e teologia cristã.
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A ideia que o homem pode ascender na cadeia dos seres pelo exercício de suas capacidades intelectuais foi uma profunda garantia de dignidade da existência humana na vida terrestre. A raiz da dignidade reside na sua afirmação que somente os seres humanos podem mudar a si mesmos pelo seu livre-arbítrio. Ele observou na [[história]] humana que filosofias e instituições estão sempre evoluindo, fazendo da capacidade de auto-transformação do homem a única constante.
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Em conjunto com sua crença que toda a criação constitui um reflexo simbólico da Divindade, a filosofia de Giovanni teve uma profunda influência de [[Raimundo Lúlio]].<ref>[http://www.ramonllull.net/sw_studies/l_br/home.php Instituto Brasileiro de Filosofia e Ciência Raimundo Lúlio, Studies]</ref>.
Nas artes, ajudou a elevar o ''status'' de [[Literatura|escritores]], [[Poesia|poetas]], [[Pintura|pintores]] e [[Escultura|escultores]], como [[Leonardo da Vinci]] e [[Michelangelo]], de um papel de meros artesãos medievais a um ideal renascentista de artistas considerados gênios que persiste até os dias atuais.
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==Obras==
[[FileImagem:Ioannis Francisci Pici principis.tif|thumb|Opera omnia, 1601]]
 
Suas principais obras são:
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[[Categoria:Filósofos da Itália|Mirandola, Giovanni Pico della]]