Viseu (Pará): diferenças entre revisões

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Diogo Leite deu seu nome a uma abra, que até hoje é objeto de discussões entre historiadores, que têm dúvidas sobre a localização desta abra: para alguns (como o Visconde de Porto Seguro) ela estaria na foz do rio Gurupi; para outros como Jaime Cortesão D'Avezac, ela seria localizada no rio Turiaçu. Discute-se, portanto, a localização da abra e não a chegada daquele navegador à foz do rio Gurupi ainda em '''1531''', já que eles são bastante plausíveis ao afirmar que ele de fato chegou às atuais terras do município de Viseu, portanto, 85 antes da fundação da cidade de Belém e 103 anos antes da fundação de Sousa do Caeté ('''atual [[Bragança (Pará)|Bragança]], que foi fundada apenas em 1634''').
 
Situado na zona do [[Gurupi]], foi habitado primitivamente, pelos índios [[tupinambá|Tupinambás]], [[Tremembé]]<nowiki/>s e Apotiangas. No século XIX, migraram para o Gurupi os índios Urubus-Kaapor, considerados uma nação bélica e violenta, tendo sido registrados numerosos conflitos envolvendo estes índios, os negros quilombolas da região e os brancos.
 
Os franceses começaram a se fixar no Maranhão por volta de '''1594''' e lá permaneceram até serem expulsos e saírem definitivamente em 3 de novembro de 1615, após serem cercados pelas tropas sob o comando de Alexandre de Moura. Antes, em '''1613''', o então Governador-Geral Gaspar de Sousa enviou para a região uma expedição sob o comando de Diogo de Campos, que convenceu Jerônimo de Albuquerque a construir um forte no rio Piriá para assim estabelecer alianças com os índios Tremembés.
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Viseu é um dos do municípios com a maior extensão em área do nordeste paraense. Sua beleza natural é bastante apreciada pelos visitantes. Dentre os lugares mais visitados encontram-se a praia de Apeú Salvador, Serra do Piriá; São José do Gurupi e de Santo Antônio. Em relação ao rio Gurupi, de maior destaque, é possível afirmarmos que sua bacia hidrográfica estende-se da nascente, na Serra do Gurupi, um prolongamento da Serra da Desordem, no Maranhão, até a foz do Oceano Atlântico, ocupado grande faixa de terra do Pará e Maranhão. Viseu foi o ponto de irradiação para conquistar o rio Gurupi, quando foi dada a notícia da descoberta do ouro, cuja data precisa desse descobrimento é incerto, sendo possível que ainda no século XVII já se soubesse da existência de ouro na região. O rio Gurupi possui aproximadamente 720 km de extensão ocupando uma área cerca de 12.128 km<sup>2</sup>, sendo de domínio da União, tendo 70 % de sua bacia no estado do Maranhão e 30% no Pará. Quando recebe as águas do Gurupi-Mirim, sua largura passa de 40 m para 250 m, podendo atingir cerca de 2 km antes de São José do Gurupi (Ministério do Meio Ambiente, 2006).
 
[[Ficheiro:Mariano Antunes de Souza.jpg|miniaturadaimagem|Mariano Antunes de Souza. Desenho de Wellington Junior.]]
Alguns dos filhos de Viseu de maior vulto foram '''Mariano Antunes de Souza''', que ocupou entre as décadas de 1920 e 1930 importantes cargos no Pará, como juiz em Belém e no interior e Chefe de Polícia Civil do Estado,(em 1925) recebendo inúmeros elogios pelo seu trabalho. Mariano Antunes era filho do português José Antunes de Souza Júnior e da senhora Maria de Oliveira Pantoja, tendo nascido em 1º de dezembro de 1876, em Viseu. '''[[Aloysio Chaves|Aloysio da Costa Chaves]]''', também nasceu em Viseu em 25 de novembro de 1920, tendo ocupado o cargo de Reitor da UFPA, professor, Deputado Federal, Senador e Governador do Pará (1974 - 1978). Também ocupou o cargo de juiz do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª região, tendo sido o Vice Presidente e o Presidente deste Tribunal. Recebeu o título de Doutor ''Honoris Causa'' da UFPA. '''José Ubiratan da Silva Rosário''' nasceu em Viseu no dia 7 de junho de 1938 e faleceu em Belém em 24 de outubro de 2009. Foi escritor, professor e jornalista. Estudou no Colégio Paes de Carvalho e graduou-se em História, pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Na Academia Paraense de Letras, onde ocupava a cadeira 28, cujo patrono é Leopoldo Sousa, conquistou o prêmio “Samuel MacDowell” e o “José Veríssimo”, da Academia Brasileira de Letras, com a obra “''Amazônia - processo civilizatório: Apogeu do Grão-Pará''” (1986). Escreveu muitas outras obras, como “''Belém Urbe Amazônia: seu destino, evolução e perspectivas”'' (1980). '''Odete Nogueira Pereira Ferreira''', também nascida em Viseu, no dia 22 de fevereiro de 1935 e falecida em 30 de setembro de 2017 (na cidade de Viseu), constitui uma das maiores referências no estudo histórico e cultural de Viseu. Escreveu importantes livros, como ''O Município de Viseu e seus Administradores'' (1995). Foi professora, vereadora, Vice-Prefeita do município, Secretária de Cultura, e publicou em 1997 o livro de poemas ''O Retrato da Saudade''. Em 07 de janeiro de 2017, lançou o livro ''Viseu da Memória''.