Papa Inocêncio III: diferenças entre revisões

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===Quarta Cruzada===
{{AP|Quarta Cruzada}}
A cidade de [[Jerusalém]] pertencia desde {{AC|63|x}} ao [[Império Romano]], e, depois ao [[Império Romano do Oriente]], ou [[Império Bizantino]], um estado cristão. Para a Igreja, Jerusalém era uma cidade especial por ser onde Cristo foi crucificado e ressuscitou, por isso mesmo, juntamente com outras cidades como [[Belém (Palestina)|Belém]] e [[Nazaré]], onde Jesus viveu, é chamada de "terra santa" ou "lugares santos".{{sfn|Bettencourt|2007|}} Porém, em 637 o [[Islã]] [[Expansão islâmica|invade e domina a cidade]]. Embora originalmente permitissem a peregrinação cristã a Terra Santa, desde 1076 os muçulmanos perseguiram e dificultaram profundamente as peregrinações, tornando-as quase impossíveis.{{sfn|Rops|200122012|p=481-482}} Assim, o papado e a Europa reagiram convocando as [[Cruzadas|nove cruzadas]] para recuperar o Oriente Médio. A [[Primeira Cruzada]] reconquistou Jerusalém em 1099, que passou a fazer parte do [[Reino de Jerusalém]]. Porém, [[Saladino]] (c. 1138-1193), [[sultão do Egito]], tomou novamente Jerusalém em 1187, que, portanto, estava novamente sob poder do Islã no reinado de Inocêncio.{{sfn|Llorca|Garcia-Villoslada|Laboa|2009|p=470}}
 
Dessa forma, assim que Inocêncio tornou-se papa iniciou uma campanha para unir os reinos cristãos e preparar uma nova cruzada para retomar a Terra Santa e ajudar os [[estados cruzados]] remanescentes no Oriente Médio. Inocêncio considerava a reconquista da Terra Santa um objetivo essencial e primordial, e mostrou sua forte vontade de convocar uma cruzada já em seus primeiros documentos como pontífice.{{sfn|Llorca|Garcia-Villoslada|Laboa|2009|p=470}} Inocêncio assim tentou convencer os reis europeus a iniciarem a campanha militar, porém foi ignorado. Em vez disso, desde 1199 um conjunto de nobres poderosos decidiu embarcar na nova cruzada, dos quais se destacam [[Simão IV de Monforte|Simão IV, Senhor de Monforte]], [[Luís I de Blois|Luís I, Conde de Blois]], [[Teobaldo III de Champanhe|Teodoro III, Conde de Champanhe]], [[Godofredo de Villehardouin]], [[Bonifácio I de Monferrato|Bonifácio I, Marquês de Monferrato]] e [[Balduíno de Flandres|Balduíno I, Conde de Flandres]].{{sfn|Llorca|Garcia-Villoslada|Laboa|2009|p=471-472}}