Ducado de Berg: diferenças entre revisões

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|mapa = Locator Duchy of Berg (1560).svg
|legenda_mapa = Mapa do [[Círculo Inferior do Reno-Vestfália]], por volta de 1560, com o Ducado de Berg em destaque (a vermelho)
|capital = [[Schloss Burg (Düsseldorf)|Castelo de Burg]] (1101-1280)<br>[[Düsseldorf]] (1280-1815)
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O '''Ducado de Berg''' ({{Lang-de|''Herzogtum Berg''}}) foi um estado histórico – originalmente um [[condado]], posteriormente um [[ducado]] – na [[Renânia]] da [[Alemanha]]. Sua capital era [[Dusseldórfia]] (''Düsseldorf''). Ele existiu do início do [[século XII]] até o [[século XIX]].
 
==História==
===Origens===
Os Condes de Berg emergiram em [[1101]] como um ramo cadeto]] da dinastia de [[Ezzonen]], que consegue traçar as suas origens até ao [[Século IX]], durante o [[Lotaríngia|Reino da Lotaríngia]], tornando-se no [[Século XI]], na mais poderosa dinastia na região do Baixo Reno.
Em [[1160]], o território subdivide-se em duas partes, uma das quais veio-se a tornar o [[Condado de Mark]], que, no [[Século XVI]], regressaria à posse desta linhagem. Em [[1280]] os condes mudaram a sua corte do [[Schloss Burg (Düsseldorf)|Castelo de Burg]], nas margens do rio [[Wupper]], para a cidade de [[Düsseldorf]]. O mais poderoso dos governantes inciais de Berg, [[Engelberto II de Berg]], morreu assassinado em [[7 de novembro]] de [[1225]].<ref name=Pixton>{{cite book|last=Pixton|first=Paul B.|title=The German episcopacy and the implementation of the decrees of the Fourth Lateran Council : 1216–1245 : watchmen on the tower|year=1995|publisher=Brill|location=Leiden u.a.|isbn=978-9004102620|pages=210|url=https://books.google.com/books?id=faUPV6Ph2VkC&pg=PA210 }}</ref><ref name=Butler>{{cite book|last=Butler|first=Alban|title=Butler's Lives of the Saints.|year=2000|publisher=Liturgical Press|location=Collegeville (Minn.)|isbn=978-0814623879|pages=56|url=https://books.google.com/books?id=dCwqkdk1LcsC&pg=PA56 |edition=New full|author2=Burns, Paul}}</ref> O conde [[Adolfo VIII de Berg]] lutou pelo lado vitorioso na [[Batalha de Worringen]] contra o [[Ducado de Gueldres]], em [[1288]].
O poder de Berg cresceu no Século XIV]]. O [[Condado de Jülich]] unido ao Condado de Berg em 1348,<ref name=Knight>{{cite book|last=Knight|first=Charles|title=The English Cyclopaedia: Geography|year=2012|publisher=Lightning Source UK Ltd|isbn=978-1277123517|pages=1030|url=https://books.google.com/books?id=ZvJBAAAAYAAJ&pg=RA2-PA1030&dq=The+County+of+J%C3%BClich+united+with+the+County+of+Berg+in+1348&hl=en&sa=X&ei=RlL4ULmEJ_HD0AW9oYGgCQ&ved=0CDkQ6AEwAg#v=onepage&q=The%20County%20of%20J%C3%BClich%20united%20with%20the%20County%20of%20Berg%20in%201348&f=false}}</ref> e, em [[1380]], o [[Venceslau IV da Boêmia|imperador Venceslau]] elevou os condes de Berg à dignidade de duques, o que originou o [[Ducado de Jülich-Berg]].
===Problemas sucessórios===
Em [[1509]], [[João III, Duque de Cleves]],fez um casamento estratégico com [[Maria de Jülich-Berg]], filha de [[Guilherme IV de Jülich-Berg]], que se tornou herdeira do património do pai: os Ducados de [[Ducado de Jülich|Jülich]] e de Berg e o [[Condado de Ravensberg]].
 
[[File:Karte der Vereinigten Herzogtümer Jülich-Kleve-Berg (1540).png|thumb|left|Mapa dos [[Ducados Unidos de Jülich-Cleves-Berg]] (ca. 1540)]]
De acordo com a [[Lei Sálica]] vigente no [[Sacro Império Romano-Germânico]] implicavam que o património passasse para o marido da herdeira masculina.<ref>as mulheres não podiam deter propriedades exceto através do marido ou dum guardião</ref>
 
Com a morte do pai em [[1521]], os duques de Jülich-Berg extinguiram-se, e os seus bens passaram para o governo do Duque de Cleves, João III, juntando-se ao património que este já detinha, isto é, o [[Condado de Mark]] e o [[Ducado de Cleves]]. Como resultado, surgiu uma nova entidade, os [[Ducados Unidos de Jülich-Cleves-Berg]], que controlava um território que correspondia, ''grosso-modo'' ao atual estado da [[Renânia do Norte-Vestfália]], se excetuarmos os estados eclesiásticos do [[Arquidiocese de Colónia|Eleitorado de Colónia]] e do [[Diocese de Münster|Bispado de Münster]].
Contudo, a nova dinastia ducal também se extingui em [[1609]], ano em que o último duque morreu louco. Esta situação originou uma longa disputa sob a sucessão até que, em [[1614]], foi decidida a partilha dos territórios: o [[Palatinado-Neuburgo|Duque Palatino de Neuburgo]], que se convertera ao Catolicismo, recebeu [[Ducado de Jülich|Jülich]] e Berg; [[João Segismundo, Eleitor de Brandemburgo]], que também se veio a tornar [[Ducado da Prússia|Duque da Prússia]], recebeu [[Ducado de Cleves|Ckeves]] e [[Condado de Mark|Mark]]. Com a extinção da linha dinástica dos Eleitores Palatinos em 1685, a linha do Palatinado-Neuburgo acabou por herdar a dignidade de [[Príncipe Eleitor]] fazendo de Düsseldorf a sua capital até que os eleitores palatinos herdaram o [[Eleitorado da Baviera]], em 1777.
===A revolução francesa e o Grão-Ducado de Berg===
[[File:Düsseldorf, handkolorierter Kupferstich nach L.Janscha, 1798.jpg|thumb|O palácio ducal de [[Düsseldorf]], 1798 cobre gravado por Laurenz Janscha. O palácio foi destruído por um incêndio em 1872.]]
As guerras napoleónicas, originaram a ocupação francesa (1794–1801) e a anexação, em 1801, de Jülich ({{Lang-fr|Juliers}}), separando os dois ducados de Jülich e de Berg. Em [[1803]] Berg separou-se dos outros territórios [[Baviera|bávaras]], ficando na posse de um ramo cadete dos [[Wittelsbach]].
 
Em [[1806]], com a reorganização das terras alemãs, na sequência da extinção do [[Sacro Império Romano-Germânico]], Berg tornou-se no [[Grão-Ducado de Berg]], sob o governo do cunhado de Napoleão, [[Joaquim Murat]].<ref>{{cite book|title=Encyclopædia Britannica: or, A dictionary of arts, sciences, and miscellaneous literature, enlarged and improved, Volume 3|publisher=Google e-books|pages=570|url=https://books.google.com/books?id=a8QnAAAAMAAJ&pg=PA570&dq=duchy+in+germany&hl=en&sa=X&ei=uEH4UKqHNaLZ0QX4_oGgDQ&ved=0CFsQ6AEwCQ#v=onepage&q=duchy%20in%20germany&f=false}}</ref>
Em [[1809]], um ano após a promoção de Murat de Grão-Duque de Berg a [[Rei de Nápoles]], o sobrinho mais novo de Napoleão, o Príncipe [[Napoleão Luís Bonaparte]] (1804–1831, filho mais velho do irmão de Napoleão, [[Luís Bonaparte]], Rei da Holanda) tornou-se Grão-Duque de Berg; o territorio foi administrado por burocratas franceses em nome da criança. A curta existência do Grão-Ducado chegou ao seu fim com a derrota de Napoleão em [[1813]] e os acordos de paz que se seguiram.
===Província de Jülich-Cleves-Berg===
Em [[1815]], após o [[Congresso de Viena]], Berg foi integrado numa [[Províncias da Prússia|província]] do [[Reino da Prússia]]: a [[Província de Jülich-Cleves-Berg]]. Em 1822 esta província uniu-se ao [[Grão-Ducado do Baixo Reno]] para formar a [[Província do Reno]].
 
==Armorial de Berg==
O [[Brasão de armas]] de Berg representa um leão vermelho de cauda dupla com coroa, lingua e garras azuis. Este leão teve origem nas armas do Limburgo uma vez que o título de Berg acabou pr seu herdado pelos duques de Limburgo no [[século XIII]].
 
Descrição heráldica: ''de [[Argento (heráldica)|Argento]], um [[leão rampante]] de [[gules]], cauda bifurcada, cruzada em [[sautor]], coroado, armado e lampassado de [[azure]].''
 
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File:Wappen Berg.svg
File:Blason Joachim Murat Grand-Duc de Clèves et de Berg (Orn ext).svg
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O Brasão de Armas de Murat combinava o leão vermelho de Berg com as armas do [[ducado de Cleves]]. A Ancôra e o bastão representam os cargos de Grande Almirante e de [[Marechal do Império]] respetivamente, detidos por Murat. Como marido de [[Carolina Bonaparte]], irmã do imperador, ele tinha ainda o direito a usar a águia imperial.
 
==Referências==
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{{Tradução/Referência|en|Duchy of Berga}}
 
==Bibliografia==
*Louis Charles Dezobry e Théodore Bachelet - ''Dictionnaire de Biographie et d’Histoire'', Paris, 1863
*Jörg Engelbrecht - ''[http://digi20.digitale-sammlungen.de/de/fs1/object/display/bsb00045297_00002.html Das Herzogtum Berg im Zeitalter der Französischen Revolution : Modernisierungsprozesse zwischen bayerischem und französischem Modell]''. Schöningh, Paderborn 1996.
 
 
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