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A '''Idade Média''' (adj. '''medieval''') é um [[Periodização da História|período]] da [[história da Europa]] entre os séculos V e XV. Inicia-se com a [[Queda do Império Romano do Ocidente]] e termina durante a transição para a [[Idade Moderna]]. A Idade Média é o período intermédio da divisão clássica da História ocidental em três períodos: a [[Idade Antiga|Antiguidade]], Idade Média e Idade Moderna, sendo frequentemente dividido em Alta e Baixa Idade Média.
 
Durante a [[Alta Idade Média]] verifica-se a continuidade dos processos de despovoamento, regressão urbana, e [[Migrações dos povos bárbaros|invasões bárbaras]] iniciadas durante a [[Antiguidade Tardia]]. Os ocupantes [[bárbaros]] formam novos reinos, apoiando-se na estrutura do [[Império Romano do Ocidente]]. No {{séc|VII}}, o [[Norte de África]] e o [[Médio Oriente]], que tinham sido parte do [[Império Romano do Oriente]] tornam-se territórios [[Islão|islâmicos]] depois da sua conquista pelos sucessores de [[Maomé]]. O [[Império Bizantino]] sobrevive e torna-se uma grande potência. No Ocidente, embora tenha havido alterações significativas nas estruturas políticas e sociaiseconômicas, a rutura com a Antiguidade não foi completa e a maior parte dos novos reinos incorporaram o maior número possível de instituições romanas pré-existentes. O [[cristianismo]] disseminou-se pela [[Europa ocidental]] e assistiu-se a um surto de edificação de novos espaços monásticos. Durante os séculos VII e VIII, os [[Francos]], governados pela [[dinastia carolíngia]], estabeleceram um [[Império Carolíngio|império]] que dominou grande parte da Europa ocidental até ao {{séc|IX}}, quando se desmoronaria perante as investidas de [[Víquingues]] do norte, [[Magiares]] de leste e [[Sarracenos]] do sul.
 
Durante a [[Baixa Idade Média]], que teve início depois do ano 1000, verifica-se na Europa um crescimento demográfico muito acentuado e um renascimento do comércio, à medida que inovações técnicas e agrícolas permitem uma maior produtividade de solos e colheitas. É durante este período que se iniciam e consolidam as duas estruturas sociais que dominam a Europa até ao [[Renascimento]]: o [[senhorialismo]] – a organização de camponeses em aldeias que pagam renda e prestam vassalagem a um nobre – e o [[feudalismo]] — uma estrutura política em que [[Cavalaria medieval|cavaleiros]] e outros nobres de estatuto inferior prestam serviço militar aos seus senhores, recebendo como compensação uma propriedade senhorial e o direito a cobrar impostos em determinado território. As [[Cruzadas]], anunciadas pela primeira vez em 1095, representam a tentativa da cristandade em recuperar dos [[muçulmano]]s o domínio sobre a [[Terra Santa]], tendo chegado a estabelecer alguns estados cristãos no Médio Oriente. A vida cultural foi dominada pela [[escolástica]], uma [[filosofia]] que procurou unir a fé à [[razão]], e pela fundação das primeiras [[universidade]]s. A obra de [[Tomás de Aquino]], a [[pintura]] de [[Giotto di Bondone|Giotto]], a [[poesia]] de [[Dante Alighieri|Dante]] e [[Geoffrey Chaucer|Chaucer]], as viagens de [[Marco Polo]] e a edificação das imponentes [[Arquitetura gótica|catedrais góticas]] estão entre as mais destacadas façanhas deste período.