Magêncio: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 61:
Em 308, provavelmente em abril, Maximiano tentou depor seu filho numa assembleia militar em Roma. Para sua surpresa, as tropas não vacilaram em seu apoio a Magêncio e ele teve que fugir para o território de Constantino. Na [[conferência de Carnunto]], em outono, a Magêncio foi novamente negado o reconhecimento como imperador legítimo e [[Licínio]] foi nomeado augusto com a tarefa de retomar seu território das mãos do usurpador.
 
No final de 308, [[Domício Alexandre]] foi aclamado imperador em [[Cartago]] e as províncias africanas se separaram dos domínios de Magêncio, o que o colocou em uma situação perigosa, pois a África era fundamental para o [[suprimento de cereais para Roma]]. Para complicar, o filho mais velho de Magêncio, [[Valério Rômulo]], morreu em 309 com quatorze anos de idade. Ele foi [[apoteose|deificado]] e enterrado numno chamado [[Túmulo de Rômulo]], um [[mausoléu]] na [[Villa de Magêncio]] na [[Via Ápia]]. Perto dali, Magêncio também construiu o [[Circo de Magêncio]]. Além disso, Maximiano morreu em 309 ou 310 e suas relações com Constantino deterioraram rapidamente depois disso. Para contrapor a aliança entre Constantino e Licínio, Magêncio se aliou com [[Maximino Daia]]. Segundo [[Zósimo]], ele planejava tomar a província da [[Récia]], ao norte dos Alpes, para separar os territórios de Constantino e Licínio, mas o plano não seguiu adiante por que Constantino foi mais rápido.
 
Em meados de 310, Galério estava doente demais para se envolver na política imperial<ref>[[Lactâncio]], 31–35; [[Eusébio de Cesareia|Eusébio]], ''[[História Eclesiástica (Eusébio)|Historia Eclesiástica]]'' 8.16. Elliott, ''Christianity of Constantine'', 43; Jones, 66; Lenski, "Reign of Constantine" (CC), 68; Odahl, 95–96, 316.</ref> e morreu logo depois de 30 de abril de 311<ref>Barnes, ''Constantine and Eusebius'', 39; Elliott, ''Christianity of Constantine'', 43–44; Lenski, "Reign of Constantine" (CC), 68; Odahl, 95–96.</ref>, o que desestabilizou o que restava do sistema tetrárquico<ref>Barnes, ''Constantine and Eusebius'', 41; Elliott, ''Christianity of Constantine'', 45; Lenski, "Reign of Constantine" (CC), 69; Odahl, 96.</ref>. Licínio já havia tomado a [[Ístria]], mas seu avanço foi interrompido pela morte de Galério. Maximino, ao saber da notícia, mobilizou suas forças contra Licínio e tomou-lhe a [[Ásia Menor]] antes de se encontrar com ele no [[Bósforo]] para negociar os termos da paz<ref>Barnes, ''Constantine and Eusebius'', 39–40; Elliott, ''Christianity of Constantine'', 44; Odahl, 96.</ref>. Magêncio aproveitou o respiro e fortificou o norte da Itália contra novas invasões e também reforçou seu apoio entre os cristãos da Itália ao permitir que eles elegessem um novo [[bispo de Roma]], [[papa Eusébio|Eusébio]]<ref>Barnes, ''Constantine and Eusebius'', 38; Odahl, 96.</ref>. Ele também enviou um pequeno exército para a África sob o comando de seu [[prefeito pretoriano]], [[Caio Ceiônio Rúfio Volusiano|Rúfio Volusiano]], e conseguiu derrotar e executar Domício Alexandre em 310 ou 311. Magêncio aproveitou-se da oportunidade para confiscar as riquezas dos aliados de Alexandre e para levar para Roma grande quantidade de cereais.