Carcinógeno: diferenças entre revisões
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'''Carcinógenos''' são fatores que promovem iniciação e progressão da [[carcinogênese]]. De forma simplificada, o termo significa “qualquer agente capaz de induzir o câncer”. Carcinogenicidade refere-se ao potencial, à habilidade ou a tendência de produzir câncer. O Carcinógeno pode ser completo ou incompleto: os Carcinógenos completos participam de todas as etapas da carcinogênese: iniciação, promoção e progressão e podem ser de origem química, física e biológica. Os Carcinógenos incompletos só fazem iniciação. <ref>{{citar livro|título=Oncologia para a graduacão|ultimo=LOPES, A.; CHAMMAS, R.; IYEYASU|primeiro=|editora=Lemar, 3ª ed.|ano=2013|local=São Paulo|páginas=|acessodata=}}</ref>
Entre os agentes carcinogênicos que causam lesão e induzem a transformação neoplásica das células, encontra-se: <ref>{{citar livro|título=Patologia: Bases Patológicas das doenças|ultimo=ROBBINS, S. L.; KUMAR, V. (ed.); ABBAS, A.K. (ed.); FAUSTO, N. (ed.)|primeiro=|editora=Elsevier, 7ª ed.|ano=2005|local=Rio de Janeiro|páginas=|acessodata=}}</ref>
= <small>1. Carcinógenos químicos</small> =
Muitos carcinógenos químicos têm interesse apenas na carcinogênese experimental, outros são causa de cânceres humanos. Os cancerígenos químicos são divididos em duas grandes categorias: (1) carcinógenos diretos; (2) carcinógenos indiretos.
Os primeiros são agentes alquilantes ou acílantes que já possuem atividade eletrofílica intrínseca; por isso mesmo, podem provocar câncer diretamente. A maioria das substâncias cancerígenas, contudo precisa primeiro sofrer modificações químicas no organismo antes de se tornarem eletrofílicas e ativas.
Os carcinógenos químicos diretos ou indiretos agem sobre o DNA e causam mutações. O principal mecanismo de ação dos carcinógenos químicos é a formação de compostos covalentes com o DNA (DNA ''adducts'') que aumentam a probabilidade de ocorrerem erros durante a replicação. No entanto, nem sempre uma mutação leva a formação de tumores, pois o organismo dispõe de sistemas eficazes de reparação do DNA (ver genes de reparo do DNA).
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Os principais carcinógenos químicos conhecidos podem ser agrupados nas categorias listadas a seguir:
- HIDROCARBONETOS POUCÍCLICOS AROMÁTICOS
- AZOCOMPOSTOS, ALQUILANTES
- NITROSAMINAS
- AFLATOXLNAS
- ASBESTO
- CLORETO DE VINIL
- CARCINÓGENOS INORGÂNICOS. <ref name=":0">{{citar livro|título=Patologia|ultimo=BOGLIOLO, L.; BRASILEIRO FILHO, G.|primeiro=|editora=Guanabara Koogan, 7ª ed|ano=2006|local=Rio de Janeiro|páginas=217-222|acessodata=}}</ref>
= <small>2. Radiação</small> =
Tanto as radiações excitantes ([[Radiação ultravioleta|ultravioleta]]) como as ionizantes podem provocar tumores em humanos e em animais de laboratório. As formas de exposição a esses agentes físicos são muito variadas e frequentes, de modo que, em conjunto, eles tem grande interesse prático. Como na carcinogênese química, as radiações também provocam mutações gênicas e podem ativar oncogenes (principalmente o ras) e/ou inativar genes supressores de tumor. Nesse sentido, as radiações podem atuar sinergicamente com outros carcinógenos. Os efeitos carcinogênicos das radiações podem ocorrer muitos anos ou décadas depois da exposição. <ref name=":0" />
= <small>3. Vírus oncogênicos e alguns outros microrganismos</small> =
Hoje, estima-se que cerca de 20% dos cânceres humanos têm relação com algum tipo de vírus. Um fato que favoreceu bastante a pesquisa dos vírus oncogênicos é que eles são capazes de transformar células in vitro, pois esse procedimento facilita enormemente os estudos e dispensa o trabalho mais laborioso e demorado da experimentação animal.
Entretanto, há vírus incapazes de transformar células em cultura, embora sejam potentes agentes cancerígenos in vivo. Atualmente, a preocupação maior dos estudiosos não é dirigida para saber quantos ou quais vírus provocam tumores humanos, mas sim conhecer os mecanismos patogenéticos existentes na oncologia virótica para melhor compreender o que se passa na carcinogênese em geral. Sem qualquer dúvida, as informações obtidas com os estudos dos vírus oncogênicos foram e continuam sendo bastante valiosas e muito contribuíram para formar a base que hoje existe sobre a gênese das neoplasias. Como para os demais agentes cancerígenos, também na oncogênese virais, fatores genéticos e ambientais são importantes para o desenvolvimento ou progressão do câncer. Tanto vírus de RNA como vírus de DNA podem induzir tumores. <ref name=":0" />
Bactérias e parasitas podem ocasionalmente estar relacionados a alguns cânceres, embora sua participação na carcinogênese não esteja ainda totalmente esclarecida. Carcinoma de células escamosas da bexiga está associado à esquistossomose vesical causada pelo ''[[Schistosoma haematobium]]''. A inflamação granulomatosa da mucosa vesical, onde os ovos são eliminados, deve ter participação na carcinogênese diretamente ou como fator co-carcinogênico. Na China, o parasitismo das vias biliares com o trematóide ''[[Clonorchis sinensis]]'' associa-se a um maior risco de desenvolver carcinoma das vias biliares. Mais recentemente, tem sido descrita associação entre infecção do estômago pelo ''[[Helicobacter pylori|Helico- bacterpylorie]]'' o linfoma MALT (linfoma B. da zona marginal). Não se conhecem os mecanismos pelos quais a bactéria induz o linfoma; suspeita-se de algumas proteínas que induzem hiperestimulação linfocitária. Há também evidências epidemiológicas associando infecção pelo ''[[Helicobacter pylori|H.pylori]]'' ao carcinoma gástrico. <ref name=":0" />
▲<references />{{esboço-patologia}}
{{Portal3|Medicina|Farmácia}}
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