Eduardo I de Inglaterra: diferenças entre revisões

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[[Llywelyn ap Gruffudd]] conseguiu uma situação muito vantajosa depois da Guerra dos Barões. Com o Tratado de Montgomery de 1267 ele obteve oficialmente as terras que havia conquistado em Perfeddwlad e teve seu título de [[Príncipe de Gales]] reconhecido.<ref>{{harvnb|Carpenter|2004|p=386}}; {{harvnb|Morris|2009|p=132}}</ref> Mesmo assim os conflitos armados continuaram, particularmente contra Lordes das Bordas insatisfeitos, como Gilberto de Clare, 7.º Conde de Gloucester, Rogério Mortimer, 1.º Barão Mortimer, e Humberto de Bohun, 3.º Conde de Hereford.<ref>{{harvnb|Davies|2000|pp=322–323}}</ref> Os problemas pioraram em 1274 quando Gruffydd ap Gwenwynwyn e Dafydd ap Gruffydd, irmão de Llywelyn, deserdaram para a Inglaterra depois de falharem em uma tentativa de assassinato ao príncipe.<ref>{{harvnb|Prestwich|1997|p=175}}</ref> Llywelyn recusou-se a prestar homenagem a Eduardo por causa das hostilidades e o fato do rei estar abrigando seus inimigos.<ref>{{harvnb|Prestwich|1997|pp=174–175}}</ref> Uma nova provocação contra Eduardo veio quando o príncipe plenejou se casar com Leonor, filha de Simão de Montfort.<ref>{{harvnb|Davies|2000|p=327}}</ref>
 
A guerra foi declarada em novembro de 1276.<ref name="powick409"/> Operações iniciais foram lançadas sob a lideraçaliderança de Rogério, Edmundo irmão de Eduardo e Guilherme de Beauchamp, 9.º Conde de Warwick.{{nota de rodapé|O posto de Edmundo foi mantido por Payne de Chaworth até abril de 1275.<ref name=powick409 >{{harvnb|Powicke|1962|p=409}}</ref> }}<ref name=powick409 /> O apoio a Llywelyn era fraco até entre seus conterrâneos.<ref>{{harvnb|Prestwich|2007|p=150}}</ref> Eduardo invadiu em julho de 1277 com uma força de 15.500, dos quais nove mil eram galeses. A campanha nunca chegou a uma grande batalha porque o príncipe logo percebeu que não tinha outra escolha além de se render.<ref>{{harvnb|Prestwich|2007|p=151}}</ref> Pelo Tratado de Aberconwy assinado em novembro de 1277, Llywelyn ficou apenas com o território de Gwynedd[[Reino de Venedócia|Venedócia]], porém lhe foi permitido manter o título de Príncipe de Gales.<ref>{{harvnb|Powicke|1962|p=413}}</ref>
 
A guerra estourou novamente em 1282, porém desta vez era totalmente diferente. Para os galeses era uma guerra pela identidade nacional, tendo amplo apoio provocado particularmente pelas tentativas de impor o [[Direito da Inglaterra]] sobre Gales.<ref>{{citar livro|autor=Davies, Rees|editor=Davies, Rees; Griffiths, R. A.; Jones, I. G.; Morgan, K. O. (eds.)|título=Welsh Society and Nationhood|local=Cardiff|editora= University of Wales Press|ano=1984|páginas=51–69|capítulo=Law and national identity in thirteenth century Wales|isbn=0-7083-0890-2 }}</ref> Ela se tornou uma guerra de conquista para Eduardo ao invés de apenas uma [[expedição punitiva]] como a campanha anterior.<ref>{{harvnb|Prestwich|1997|p=188}}</ref> O conflito começou com uma rebelião de Dafydd, que estava insatisfeito com a recompensa que havia recebido do rei em 1277.<ref>{{harvnb|Davies|2000|p=348}}</ref> Llywelyn e outros chefes galeses logo se juntaram, tendo inicialmente sucessos militares. Gilberto de Clare foi derrotado em junho na Batalha de Llandeilo Fawr.<ref>{{harvnb|Morris|2009|p=180}}</ref> Lucas de Tany, comandante de Eduardo em [[Anglesey]], decidiu realizar um ataque surpresa contra os galeses enquanto João Peckham, o [[Arcebispo da Cantuária]], conduzia negociações de paz. Uma [[ponte flutuante]] havia sido construída, porém os homens de Lucas foram emboscados pouco depois de atravessá-la e sofreram grandes perdas na Batalha de Moel-y-don.<ref>{{harvnb|Prestwich|1997|pp=191–192}}</ref> Os avanços galeses terminaram em 11 de dezembro quando Llywelyn foi atraído para uma emboscada e morto na Batalha da Ponte de Orewin.<ref>{{harvnb|Davies|2000|p=353}}</ref> A conquista de GwyneddVenedócia foi completada em junho de 1283 com a captura de Dafydd, que foi levado até [[Shrewsbury]] e executado como traidor alguns meses depois.<ref>{{harvnb|Carpenter|2004|p=510}}</ref>
 
Outras rebeliões ocorreram entre 1287–88 e uma mais séria em 1294 sob a liderança de Madog ap Llywelyn, um parente distante de Llywelyn ap Gruffudd. O último conflito exigiu a atenção pessoal do rei, porém nos dois casos as rebeliões foram suprimidas.<ref>{{harvnb|Prestwich|1997|pp=218–220}}</ref>
 
====Colonização====
{{vertambém|Castelos e Muralhas do Rei Eduardo em GwyneddVenedócia}}
Gales foi incorporado a Inglaterra em 1284 com o [[Estatuto de Rhuddlan]] e recebeu um sistema administrativo similar ao inglês, com os condados sendo policiados por xerifes.<ref>{{harvnb|Carpenter|2004|p=511}}</ref> O direito inglês foi introduzido para casos criminais, porém os galeses receberam permissão para manterem suas próprias leis para disputas de propriedades.<ref>{{harvnb|Davies|2000|p=368}}</ref> Eduardo embarcou em um grande projeto de colonização em Gales depois de 1277 e principalmente depois de 1283, criando novas cidades como Flint, [[Aberystwyth]] e Rhuddlan.<ref>{{harvnb|Prestwich|1997|p=216}}</ref> Os novos residentes eram migrandes ingleses, com os galeses locais sendo banidos de viverem nas novas cidades, com muitas sendo protegidas por grandes muralhas.<ref>{{citar livro|autor=Lilley, Keith D.|editor=Williams, Diane; Kenyon, John|título=The Impact of Edwardian Castles in Wales|local=Oxford|editora=Oxbow Books|ano=2010|páginas=104–106|capítulo=The Landscapes of Edward's New Towns: Their Planning and Design|isbn=978-1-84217-380-0 }}</ref>