Romance: diferenças entre revisões

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A partir de meados do [[século XX]], intensifica-se a discussão em torno de uma provável crise do romance, sua possível morte. Essa morte teria ocorrido por volta dos [[anos 1950]]. Na [[França]] [[Alain Robbe-Grillet]], [[Claude Simon]], [[Robert Pinget]], [[Nathalie Sarraute]], [[Marguerite Duras]], [[Michel Butor]], entre outros, rejeitam o conceito do romance cuja função é contar uma história e delinear personagens conforme as convenções [[realista]]s do [[século XIX]]. Esses autores transgridem também outros valores do romance tradicional, tais como tempo, espaço, ação, repudiando a noção de [[verossimilhança]]. [[Sartre]] diz que, ao destruírem o romance, esses escritores estariam, na verdade, renovando-o, influenciados principalmente pelo [[cinema]]. Trata-se do ''[[nouveau roman]]'' ("novo romance"), movimento que coloca em discussão as bases tradicionais da [[literatura]].
 
Em [[1936]], ano da publicaçao de Angústia, de Graciliano Ramos, os Estados Unidos viviam a época clássica do [[cinema falado]]. Antes de ser influenciado pelo cinema, o romance influenciou-o, a ponto de, nas [[década de 30|décadas de 1930]] e [[década de 1940|1940]], a [[indústria cinematográfica]] ter privilegiado os filmes narrativos e grandes [[romancista]]s terem sido contratados pelos estúdios para escreverem roteiros. Mesmo assim em 1936 [[Scott Fitzgerald]] escrevia: "vi que o romance, que na minha maturidade era o meio mais forte e flexível de transmitir pensamento e emoção de um ser humano para outro, estava ficando subordinado a uma arte mecânica... só tinha condições de refletir os pensamentos mais batidos, as emoções mais óbvias. Era uma arte em que as palavras eram subordinadas às imagens..." Fitzgerald foi o primeiro escritor a perceber que o romance estava sendo suplantado pelo cinema, mas continuou acreditando que, como arte, o romance sempre seria superior ou, específico
Antes disso, na década de 20, com a publicação do Ulisses, passou-se a afirmar que o livro de Joyce era o ápice do romance, que depois dele o romancista deveria ater-se ao mínimo, e trabalhar criativamente a linguagem; outros diziam que Ulisses era a paródia final do romance, como quem assina embaixo da frase de [[Kierkegaard]]: Toda fase histórica termina com a paródia de si mesma.