Arrancada Heroica: diferenças entre revisões
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'''Arrancada Heroica''' é a denominação usada para o episódio histórico futebolístico paulistano que marcou, em [[1942]], a mudança forçada de nome do [[Palestra Itália]] para [[Sociedade Esportiva Palmeiras]]<ref>{{Citar web |url=http://www.gazetaesportiva.net/noticia/2012/09/palmeiras/arrancada-heroica-do-palmeiras-completa-70-anos-nesta-quintafeira.html"Arrancada |título=Heroica completa 70 anos", Gazeta Esportiva, 20/9/2012 |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref>. O fato começa com as pressões para o clube de futebol, de origem italiana, mudar seu nome durante a [[Segunda Guerra Mundial]] quando o [[Brasil]], governado pelo então presidente [[Getúlio Vargas]], declarou guerra aos países do "[[Eixo]]" ([[Alemanha]], [[Itália]] e [[Japão]]) e se alinhou aos países "[[Aliados]]", ([[Estados Unidos]], [[URSS]], [[Grã-Bretanha]], [[França]], e outros países). Termina com a vitória por 3 a 1 do Palmeiras em sua primeira partida com este nome em jogo decisivo contra o [[São Paulo FC|São Paulo]] que lhe rendeu o título do [[Campeonato Paulista de Futebol de 1942|Campeonato Paulista de 1942]]<ref>{{Citar web |url=http://www.gazetaesportiva.net/noticia/2012/09/palmeiras/unico-vivo-da-arrancada-oberdan-fala-em-justica-divina-no-pacaembu.html"Único |título=vivo da Arrancada, Oberdan fala em justiça divina no Pacaembu", Gazeta Esportiva, 14/9/2012 |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref>.
== História ==
=== Contexto da Segunda Guerra ===
Durante a Segunda Guerra Mundial, depois de manter uma posição neutra ao longo dos três primeiros anos do conflito, em fevereiro de 1942, o Brasil rompeu relações diplomáticas com os países do [[Potências do Eixo|Eixo]], depois que alemães e italianos iniciaram o torpedeamento de embarcações brasileiras no [[Oceano Atlântico]]. Tal iniciativa foi uma sinalização da posição formalizada meses depois, quando o [[Brasil]] se junta aos [[Aliados da Segunda Guerra Mundial|Aliados]] e declara guerra ao
Ante disso, no mesmo ano, uma portaria homologada ainda em março de 1942, sob decreto de número 4.166, determinou que os bens pertencentes a [[alemães]], [[italianos]] e [[japoneses]], tanto de pessoas físicas como jurídicas, poderiam ser confiscados e usados pelo governo brasileiro para compensar prejuízos gerados por países da guerra contra o Brasil. Outra determinação do Governo Getúlio Vargas foi realizada por meio de decreto que proibia qualquer entidade de usar nomes relacionados a países
Com pressões cada vez maiores, vários clubes ligados ao
=== As pressões sobre o Palestra ===
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Na noite do dia 14 de setembro de 1942, a diretoria do Palestra reuniu-se em sessão extraordinária para discutir a exigência, de uma mudança total do nome. Depois de horas de discussão e resistência, e da sugestão de nomes como Piratininga e Paulista, decidiu-se finalmente por Sociedade Esportiva Palmeiras, em parte pela preservação da letra P nos escudos e símbolos do clube, e em parte em homenagem à [[Associação Atlética das Palmeiras]], clube então extinto mas que sempre manteve excelente relacionamento com o Palestra Itália, tendo fornecido apoio decisivo em diversas ocasiões de litígio com dirigentes do futebol paulista.
A reunião que trouxe a mudança de nome definitiva do Palestra para Palmeiras foi realizada dias antes do jogo decisivo que poderia ter o campeão do Campeonato Paulista de 1942.
Como o Palestra era o líder da competição e restavam dois jogos para fim, contra São Paulo e Corinthians, bastava uma vitória alviverde para a conquista do título. Por coincidência, após a alteração de nome, o Palmeiras enfrentaria justamente o São Paulo, tida como grande responsável pela perseguição e por uma campanha na qual o então Palestra era acusado de ser "inimigo da pátria" por ser de origem italiana.
=== A Arrancada
A decisão aconteceu no dia 20 de setembro de 1942, o Palmeiras entrou em campo pela primeira vez com o nome que é conhecido até os dias de hoje. Com o intuito de evitar as vaias que eram prometidas pelos rivais, a equipe surgiu no gramado do [[Estádio do Pacaembu]] com uma bandeira do Brasil, puxada pelo então 2º Vice-Presidente do clube, Adalberto Mendes, que era capitão do Exército Brasileiro. A iniciativa e a imagem emocionante, chamada depois de Arrancada Heroica<ref>{{Citar web |url=http://esporte.ig.com.br/futebol/2012-09-20/70-anos-depois-unico-vivo-da-arrancada-heroica-se-diz-aborrecido-com-palmeiras.html "70 anos |título=depois, único vivo da Arrancada Heroica se diz aborrecido com Palmeiras", IG, 20/9/2012 |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref>, foi aplaudida pelos torcedores presentes e ajudou a amenizar a pressão sobre a equipe alviverde.
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|report = |
|time2 = [[São Paulo Futebol Clube|São Paulo]]|
|gols1 =[[Cláudio Christovam de Pinho|Cláudio]] [[
|gols2 = Waldemar de Brito [[
|estadio = [[Estádio do Pacaembu]], [[São Paulo (cidade)|São Paulo]]<br />'''Público:''' 45.913<br />'''Árbitro:''' Jaime Janeiro Rodrigues
}}
'''Palmeiras''': [[Oberdan Cattani|Oberdan]], [[José Junqueira de Oliveira|Junqueira]] e [[Pelegrino Adelmo Begliomini|Begliomini]]; [[Zezé Procópio]], [[Og Moreira]] e [[José Del Nero|Del Nero]]; [[Cláudio Christovam de Pinho|Cláudio]], [[Waldemar Fiúme]], [[Segundo Villadóniga|Villadóniga]], [[Eduardo Jorge de Lima|Lima]] e [[Juan Raúl Echevarrieta|Echevarrieta]]. '''
'''São Paulo''': Doutor, Piolin e Virgílio; Lola, Noronha e Silva; Luizinho, Waldemar de Brito, Leônidas, Remo e Pardal. '''Técnico: Conrado Ross.
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A Arrancada Heroica é não somente um episódio histórico ligado ao Palmeiras, mas também à história do esporte na cidade de São Paulo. No dia [[11 de outubro]] de [[2005]], foi sancionada na capital paulista a Lei n.º 14.060, que definiu o dia [[20 de setembro]] como o "Dia da Sociedade Esportiva Palmeiras". A data passou a ser lembrada anualmente, já que passou a integrar o Calendário Oficial do Município<ref>{{Citar web |url=http://camaramunicipalsp.qaplaweb.com.br/iah/fulltext/leis/L14060.pdf|título=Lei n.º 14.060 - Câmara Municipal de São Paulo, 11/10/2005 |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=13/12/2010}}</ref>.
Outra homenagem ao episódio foi o batismo de uma passarela nas proximidades da sede do Palmeiras, no bairro da Água Branca, em São Paulo. Ela fica sobre a Avenida Antártica e tem o nome de “Passarela Palmeiras – Arrancada
== Bibliografia ==
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{{Sociedade Esportiva Palmeiras}}
{{Portal3
[[Categoria:Sociedade Esportiva Palmeiras]]
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