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<!-- Definição, técnica e motivos -->
▲'''Mutilação genital masculina'''<ref>[https://www.vice.com/en_us/article/jmbqj3/is-male-circumcision-a-form-of-genital-mutilation Is Male Circumcision a Form of Genital Mutilation? <small>Representatives from Denmark, Sweden, Iceland, Finland, Norway, and Greenland all recently met in Norway with doctors and surgeons who agreed on one thing: the fight for the right to keep foreskin.</small>] por Nadja Sayej (2013)</ref><ref>[https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4266893/ Male genital mutilation (amputation) and its complications: a case report] por Sam Kaggwa e Moses Galukande, publicado em "BMC Res Notes"; 7: 519. doi: 10.1186/1756-0500-7-519 (2014)</ref><ref>[https://www.theguardian.com/science/the-lay-scientist/2011/dec/06/1 Infant male circumcision is genital mutilation] por Martin Robbins, publicado em [[The Guardian]] (2011)</ref><ref>[https://www.theatlantic.com/health/archive/2015/05/male-circumcision-vs-female-circumcision/392732/ How Similar Is FGM to Male Circumcision? Your Thoughts <small>Readers debate the merits and ethics of male circumcision in light of a recent Atlantic interview about female genital mutilation.</small>] por Chris Bodenner (2015)</ref> ou '''Circuncisão''' masculina refere-se à modificação permanente da [[genitália]] externa que envolve a ablação dos tecidos genitais, ou simplismente descrita como a remoção do [[prepúcio]] do [[pénis humano]].<ref name=lissauer_2012>{{citar livro|vauthors=Lissauer T, Clayden G |título=Illustrated Textbook of Paediatrics, Fourth edition |páginas=352–353 |data=outubro de 2011 |publicado=Elsevier |isbn=978-0-7234-3565-5}}</ref><ref name=rudolph_2011>{{citar livro|vauthors=Rudolph C, Rudolph A, Lister G, First L, Gershon A |título=Rudolph's Pediatrics, 22nd Edition |página=188 |data=18 de março de 2011 |publicado=McGraw-Hill Companies, Incorporated |isbn=978-0-07-149723-7 |url=https://books.google.com/books?id=or15PgAACAAJ}}</ref><ref name=sawyer_2011>{{citar livro|autor =Sawyer S |título=Pediatric Physical Examination & Health Assessment |páginas=555–556 |data=novembro de 2011 |publicado=Jones & Bartlett Publishers |isbn=978-1-4496-7600-1 |url=https://books.google.com/books?id=W6eRUtlujbkC&pg=PA555}}</ref> No procedimento mais comum, o prepúcio é aberto, as aderências removidas e a pele separada da [[glande]]. Posteriormente é colocado um grampo próprio para estabilizar o pénis e a pele do prepúcio é cortada. O procedimento também pode ser realizado sem um instrumento próprio. Para diminuir as dores e a ansiedade pode por vezes ser usada [[anestesia]] local ou de aplicação tópica,<ref name=AAP_2012>{{citar periódico|autor =American Academy of Pediatrics Task Force on Circumcision |título=Technical Report |periódico=Pediatrics |volume=130 |número=3 |ano=2012 |páginas=e756–e785 |issn=0031-4005 |pmid=22926175 |doi=10.1542/peds.2012-1990 |url=http://pediatrics.aappublications.org/content/130/3/e756.full}}</ref> embora a [[anestesia geral]] seja também uma opção em adultos e crianças. Na maior parte dos casos, a circuncisão é uma cirurgia planeada e realizada em bebés e crianças por motivos culturais e religiosos.<ref name=WHO_2007_GTDPSA>{{citar web|título=Male circumcision: Global trends and determinants of prevalence, safety and acceptability |ano=2007 |publicado=World Health Organization |url=http://www.unaids.org/sites/default/files/media_asset/jc1360_male_circumcision_en_0.pdf |formato=PDF}}</ref> No entanto, em alguns casos pode ser realizada como tratamento médico para uma série de doenças, entre as quais casos problemáticos de [[fimose]], [[Infecção do trato urinário|infeções crónicas do trato urinário]] e [[balanopostite]] que não responda a outros tratamentos.<ref name=lissauer_2012/><ref name=hay_2012/> No entanto, está contra-indicada em casos de determinadas anormalidades da estrutura genital ou má condição física geral.<ref name=rudolph_2011/><ref name=hay_2012>{{citar livro|vauthors=Hay W, Levin M |título=Current Diagnosis and Treatment Pediatrics 21/E |páginas=18–19 |data=25 de junho de 2012 |publicado=McGraw Hill Professional |isbn=978-0-07-177971-5 |url=https://books.google.com/books?id=V8lMJniWK_QC}}</ref>
<!-- Evidências e efeitos secundários -->
A circuncisão no geral está associada à diminuição da incidência de formas [[Carcinogénese|cancerígenas]] do [[vírus do papiloma humano]]<ref name=larke_HPV_2011>{{citar periódico|vauthors=Larke N, Thomas SL, Dos Santos Silva I, Weiss HA |título=Male circumcision and human papillomavirus infection in men: a systematic review and meta-analysis |periódico=J. Infect. Dis. |volume=204 |número=9 |páginas=1375–90 |data=Novembro de 2011 |pmid=21965090 |doi=10.1093/infdis/jir523}}</ref><ref name=rehmeyer_2011>{{citar periódico|último =Rehmeyer C |título=Male Circumcision and Human Papillomavirus Studies Reviewed by Infection Stage and Virus Type |periódico=J Am Osteopath Assoc |volume=111 |número=3 suppl 2 |páginas=S11–S18 |ano=2011 |pmid=21415373 |url=http://www.jaoa.org/content/111/3_suppl_2/S11.long |primeiro1 =CJ}}</ref> e à diminuição do risco de [[Infecção do trato urinário|infeções do trato urinário]] e de [[cancro do pénis]].<ref name=AAP_2012/> No entanto, a prevenção destas condições não justifica a circuncisão de rotina em crianças.<ref name=lissauer_2012/><ref name=ACS_2012>{{citar web|título=Can penile cancer be prevented? |url=http://www.cancer.org/cancer/penilecancer/detailedguide/penile-cancer-prevention |obra=Learn About Cancer: Penile Cancer: Detailed Guide |publicado=American Cancer Society |acessodata=25 de outubro de 2012}}</ref> Os estudos sobre potenciais efeitos protetores contra outras [[Doença sexualmente transmissível|doenças sexualmente transmissíveis]]
<!-- VIH, Posições das organizações de saúde -->
As evidências sustentam ainda que a circuncisão masculina diminui o risco de [[VIH|infeção por VIH]] entre [[Heterossexualidade|homens heterossexuais]] na [[África subsariana]].<ref name=krieger_2011>{{citar periódico|autor =Krieger JN |título=Male circumcision and HIV infection risk |periódico=World Journal of Urology |volume=30 |número=1 |páginas=3–13 |data=Maio de 2011 |pmid=21590467 |doi=10.1007/s00345-011-0696-x}}</ref><ref name=siegfried_Cochrane_2009>{{citar periódico|autor =Siegfried N, Muller M, Deeks JJ, Volmink J |título=Male circumcision for prevention of heterosexual acquisition of HIV in men |periódico=Cochrane Database of Systematic Reviews |número=2 |páginas=CD003362 |ano=2009 |pmid=19370585 |doi=10.1002/14651858.CD003362.pub2 |editor-sobrenome1 =Siegfried |editor-nome1 =Nandi|último2 =Muller |último3 =Deeks |último4 =Volmink }}</ref> No entanto, as evidências de possíveis benefícios para [[Homossexualidade|homossexuais masculinos]] são menos claras.<ref name=millett_2008>{{citar periódico|vauthors=Millett GA, Flores SA, Marks G, Reed JB, Herbst JH |título=Circumcision status and risk of HIV and sexually transmitted infections among men who have sex with men: a meta-analysis |periódico=JAMA |volume=300 |número=14 |páginas=1674–84 |data=Outubro de 2008 |pmid=18840841 |doi=10.1001/jama.300.14.1674}}</ref><ref name=wiysonge_2011>{{citar periódico|autor =Wiysonge CS, Kongnyuy EJ, Shey M |título=Male circumcision for prevention of homosexual acquisition of HIV in men |periódico=Cochrane Database of Systematic Reviews |número=6 |páginas=CD007496 |ano=2011 |pmid=21678366 |doi=10.1002/14651858.CD007496.pub2 |editor-sobrenome1 =Wiysonge |editor-nome1 =Charles Shey|autor2 =and others |displayauthors=1 |último3 =Shey |último4 =Muula |último5 =Navti |último6 =Akl |último7 =Lo }}</ref> Além disso, a eficácia de usar a circuncisão como método de prevenção do VIH em [[países desenvolvidos]]
<!-- Epidemiologia, sociedade e cultura -->
Estima-se que cerca de um terço dos homens em todo o mundo seja circuncidado.<ref name=WHO_2007_GTDPSA/><ref name=weiss_2010_complications/><ref name=WHO_2010_neonatal_child_MC>{{citar web| url = http://www.who.int/hiv/pub/malecircumcision/neonatal_child_MC_UNAIDS.pdf|título= Neonatal and child male circumcision: a global review|acessodata= 2015-04-12|ano= 2010|publicado= [[World Health Organization]]|formato=PDF}}</ref> A prática é comum no [[mundo islâmico]], nos [[Estados Unidos]], em partes do [[sudeste asiático]] e de [[África]], e em [[Israel]] onde é praticamente universal por motivos religiosos.<ref name=WHO_2007_GTDPSA/> Por outro lado, é relativamente rara na [[Europa]], na [[América Latina]], em partes do sul de África e em grande parte da Ásia.<ref name=WHO_2007_GTDPSA/> Desconhece-se com precisão a origem da circuncisão. O mais antigo documento escrito é proveniente do [[Antigo Egito]].<ref name=WHO_2007_GTDPSA/> A circuncisão entre bebés e por motivos que não sejam de saúde está na origem de um debate ético sobre questões de [[consentimento informado]] e [[direitos humanos]], sendo por isso um procedimento controverso.<ref name=pinto_2012>{{citar periódico|autor =Pinto K |título=Circumcision controversies |periódico=Pediatric clinics of North America |volume=59 |número=4 |páginas=977–986 |data=Agosto de 2012 |doi=10.1016/j.pcl.2012.05.015 |pmid=22857844}}</ref><ref name=caga-anan_2011>{{citar livro|vauthors=Caga-anan EC, Thomas AJ, Diekema DS, Mercurio MR, Adam MR |título=Clinical Ethics in Pediatrics: A Case-Based Textbook |página=43 |data=8 de setembro de 2011 |publicado=Cambridge University Press |isbn=978-0-521-17361-2 |url=https://books.google.com/books?id=C1T6NrSPD_AC&pg=PA43}}</ref> Têm sido propostas várias teorias para a sua origem, incluindo como forma de sacrifício religioso ou um [[rito de passagem]]
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