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'''Davy Crockett''', '''David Crockett''' ou '''David de Crocketagne''' ([[Greene County]], [[Tennessee]], [[EUA]], [[17 de agosto]] de [[1786]] - [[San Antonio]], [[Texas]], [[EUA]], [[6 de março]] de [[1836]]); político estadunidense.
 
 
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DAVY CROCKETT foi um dos fenômenos mais singulares da história da televisão. Sem ser uma série (apenas foram produzidos 5 episódios, ao todo), gerou uma adesão formidável que motivou um merchandising sem precedentes, e que alcançou um nível que somente seria repetido duas décadas depois, com “Guerra nas Estrelas”.
“Davy Crockett” foi parte de “Disneylândia”, um programa que Walt Disney produziu para a Rede ABC e que estreou na temporada 1954/55. Pode-se dizer que, sem querer, Walt Disney inaugurou dois formatos com esta “série dentro de outro programa”: por um lado a mini-série e, por outro, o “western” de uma hora, que oferecia mais possibilidades para o desenrolar dramático das histórias, que o gênero necessitava.
O formato do programa de Walt Disney incluía quatro áreas temáticas idênticas às da Disneylândia, que estava em pleno processo de construção. Uma delas era “a Terra da Fronteira”. Walt decidiu então realizar uma série de programas destinados a narrar aventuras de heróis folclóricos norte-americanos, e a equipe de produção, encabeçada por Bill Walsh, decidiu começar com Davy Crockett. Na vida real Crockett havia sido um explorador envolvido nas guerras índias do princípio do século XIX, que gozou de uma grande popularidade por suas façanhas (divulgadas por livretos de aventuras); isto lhe serviu para ser eleito deputado pelo Tennessee quando da presidência de Andrew Jackson. Davy terminou sua pitoresca vida aventureira aos 49 anos, como uma das vítimas do célebre massacre do “Álamo”, em 06/03/1836.
O roteirista Tom Blackburn e o diretor Norman Foster contaram a história básica de Davy em três programas de uma hora, o primeiro dedicado à guerra com os índios Creek, o segundo à sua passagem pelo congresso e o terceiro ao cerco do Álamo. Para o papel de Davy, Foster havia falado com Buddy Ebsen, porém Walt Disney decidiu que teria que ser um ator mais jovem. Na busca, Walt foi ver um filme de ficção “O mundo em perigo”, que teria o “candidato” Marshal Dillon entre os protagonistas. Em uma das cenas aparecia um jovem ator texano, e quando o viu, Disney decidiu que era perfeito para encarnar a Davy. Assim, Fess Parker foi convocado ao estúdio, fez um teste e acabou convertido no “Rei da Fronteira Selvagem”. Buddy Ebsen, com bastante humildade e sabedoria, aceitou o papel de Georgie Russel, companheiro de aventuras de Davy.
A série foi filmada em exteriores reais, na Carolina do Norte e no Tennessee, o que contribuiu para sua beleza; demonstrando a visão que sempre lhe caracterizou, Walt Disney decidiu rodá-la em cores, apesar de que naquele momento a TV somente transmitia em preto e branco. Quando o primeiro episódio foi editado, o produtor Bill Walsh descobriu que faltavam alguns minutos, decidindo utilizar algumas cenas que haviam servido para uma apresentação preliminar do projeto, como uma espécie de introdução. Para acompanhá-la, ele pediu a Tom Blackburn e ao autor da música de fundo, George Bruns, que compusessem uma balada. Duas horas depois, Bruns e Blackburn voltaram com seu pedido, e assim nascia um dos temas mais famosos da história da televisão.
Em 15 de dezembro de 1954 foi transmitido o primeiro episódio, com uma audiência fenomenal, e no dia seguinte começou a loucura: praticamente todos os garotos norte-americanos com menos de doze anos queriam gorros de pele de castor, rifles de carregar como “Betsy”, a carabina de Davy, e invadiam as bibliotecas de todo o país em busca de material sobre o herói. A balada de Davy Crockett se converteu no disco mais vendido de 1955 (o ano em que apareceu Elvis Presley), e se manteve no topo das paradas por 16 semanas. Em poucos dias os produtos com o nome de Davy vendiam como pães. Havia de tudo, desde revistas em quadrinhos e livros a bonecos, camisetas estampadas, toalhas, lancheiras, e logicamente o artigo mais procurado era o gorro de castor. No total se vendeu mais de 300 milhões de dólares da época (equivalentes a uns dois bilhões de agora). O dinheiro arrecadado alavancou a conclusão da Disneylândia. O sucesso abriu portas para outros projetos de Disney, como a planejada série do “Zorro”.
O enorme êxito foi uma surpresa para o próprio Walt Disney, que declarou: “Não tinha idéia do que ia acontecer com Crockett. Quando o primeiro programa foi ao ar, já estávamos terminando o terceiro, “matando tranquilamente” Davy no Álamo. Se converteu num dos maiores êxitos da televisão da noite para o dia e tudo o que tínhamos eram três programas e um herói morto”. Desde então, a coisa não parou ali. Walt satisfez o apetite do público por ver novamente Davy, estreando nos cinemas um longa-metragem surgido da compilação dos três episódios (agora sim, em cores) e no fim do ano de 55 agregou outros dois novos episódios contando uma aventura anterior que colocava Crockett frente a frente com outra figura legendária do oeste, Mike Fink, “O Rei do Rio”, um capitão de chalanas do rio Mississippi. A Fess Parker e Buddy Ebsen se uniu também Jeff York, um sujeito “fortão”. Também houve uma versão cinematográfica com esses dois capítulos com o título de “Davy Crockett e os Piratas do Rio”. Em muitos lugares do mundo foram exibidas primeiro as versões cinematográficas.
É difícil apreciar hoje a magnitude do fenômeno “Davy Crockett” e as razões pelas quais isso aconteceu. Entre outras coisas, há que se destacar a excelência da produção, o ritmo da direção de Norman Foster e a simpatia e carisma de Fess Parker e Buddy Ebsen, que encontrariam mais adiante novos êxitos na televisão, o primeiro como “Daniel Boone” e Buddy com “A Família Buscapé” e “Barnaby Jones”.
Uma curiosidade: a atriz Helene Stanley (que serviu de inspiração para os animadores da Disney em Cinderela e A Bela Adormecida) interpretou Polly Finley Crockett, a primeira esposa de Davy, que lhe deu um filho (após a morte de Polly, em 1815, Crockett casou-se novamente e teve mais 3 filhos).
No final da década de 80 os Estúdios Disney tentaram reviver o personagem em uma nova série de cinco episódios dentro do programa “O Mundo de Disney”, porém desta vez não alcançou o êxito esperado. Em 88 foi lançado pela Disney o longa-metragem “O Herói das Montanhas” (Rainbow in the Thunder), com dois atores interpretando Crockett: Tim Dunigan, quando jovem, e Johnny Cash, quando tenente-coronel reformado.
“Davy Crockett” tornou-se um marco da história da televisão e até hoje é recordado com nostalgia e carinho por todos os que foram garotos nos anos 50 e 60.
 
Os episódios:
 
Davy Crockett, combatente de índios
15/12/54- Con Fess Parker, Buddy Ebsen, Basil Ruysdael, William Bakewell, Pat Hogan, Helene Stanley;
Davy Crockett vai ao congresso
26/01/55- Con Fess Parker, Buddy Ebsen, Basil Ruysdael, William Bakewell, Mike Mazurki;
Davy Crockett no Álamo
23/02/55- Con Fess Parker, Buddy Eben, Hans Conried, Kenneth Tobey, Don Megowan, Nick Cravat;
A corrida de barcos de Davy Crockett
16/11/55- Con Fess Parker, Buddy Ebsen, Jeff York, Kenneth Tobey, Clem Bevans, Douglass Dumbrille, George J. Lewis;
Davy Crockett e os piratas do rio
14/12/55- Con Fess Parker, Buddy Ebsen, Jeff York, Kenneth Tobey, Walter Catlett, Mort Mills, Paul Newlan, Hank Worden.
 
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Texto elaborado a partir de pesquisa de Rodolfo Otero (www.uconline.com.ar) e outras pesquisas.
FPS
 
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