Archaea: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Desfeita a edição 51514862 de 2804:214:82B6:FBC5:9156:2D6D:E617:84B9
Etiqueta: Desfazer
Linha 47:
* 'Aigarchaeota'
Em 2015 foi sugerida a existência de um novo filo, o Lokiarchaeota.<ref>{{citar periódico|ultimo = Spang|primeiro = Anja|titulo = Complex archaea that bridge the gap between prokaryotes and eukaryotes|jornal = Nature|doi = 10.1038/nature14447|coautores = Jimmy H. Saw, Steffen L. Jørgensen, Katarzyna Zaremba-Niedzwiedzka, Joran Martijn, Anders E. Lind, Roel van Eijk, Christa Schleper, Lionel Guy & Thijs J. G. Ettema}}</ref>
 
== História ==
O primeiro grupo de arqueias estudado foi o das metanógenas. A [[metanogénese]] foi descoberta no [[lago Maior]] de [[Itália]] em 1776, ao observar nele o burbulhar do "ar combustível". Em 1882 observou-se que a produção de [[metano]] no intestino dos animais devia-se à presença de micro-organismos (Popoff, Tappeiner e Hoppe-Seyler).<ref name="ferry1993" >{{Citar livro|autor=James G. Ferry|ano= 1993|título= "Methanogenesis: Ecology, Physiology, Biochemistry & Genetics"}}</ref>
 
Em 1936, ano que marcou o princípio da era moderna no estudo da metanogénese, H.A Barker oferece as bases científicas para o estudo da sua fisiologia e conseguiu desenvolver um [[meio de cultivo]] apropriado para o crescimento dos metanógenos. Nesse ano foram identificados os géneros ''[[Methanococcus]]'' e ''[[Methanosarcina]]''.<ref>Kluyver e van Niel 1936</ref>
 
As primeiras arqueias [[extremófilo|extremófilas]] foram encontradas em ambientes quentes. Em 1970, Thomas D. Brock, da Universidade de Wisconsin, descobriu a ''[[Thermoplasma]]'', uma arqueia termoacidófila, e em 1972 a ''[[Sulfolobus]]'', uma [[hipertermófilo|hipertermófila]].<ref>{{Citar periódico|autor=Brock TD, Brock KM, Belly RT, Weiss RL|ano=1972|título= Sulfolobus: a new genus of sulfur-oxidizing bacteria living at low pH and high temperature|revista= Arch. Mikrobiol.|número= 84 (1)|páginas= 54–68| doi=10.1007/BF00408082 |pmid= 4559703}}</ref> Brock ter-se-á iniciado em 1969 no campo da biologia dos hipertermófilos com a descoberta de ''[[Thermus aquaticus]]'', que não é uma arquea mas antes uma bactéria.
 
Em 1977 identificam-se as arqueias como o grupo procarionte mais distante ao descobrir que os metanógenos apresentam uma profunda divergência com todas as bactérias estudadas. Nesse mesmo ano propôs a categoria de super-reino para este grupo com o nome de '''''Archaebacteria'''''. Em 1978, o [[manual de Bergey]] dá-lhe a categoria de filo com o nome de '''''Mendosicutes''''' e em 1984 divide o reino ''[[Procaryotae]]'' ou ''[[Monera]]'' em 4 divisões, agrupando as ''Archaebacteria'' na divisão ''Mendosicutes''.<ref>{{Citar livro|título="Bergey's Manual of Systematic Bacteriology".|edição= 1ª (4 vols.)|ano= 1984}}</ref>
 
As arqueias hipertermófilas foram agrupadas em 1984 com o nome de ''[[Eocyta]]'', identificando-as como um grupo independente das então chamadas arqueobactérias (em referência aos metanógenos) e às eubactérias, descobrindo-se para além disso que ''Eocyta'' era o grupo mais próximo dos eucariontes.<ref>{{Citar periódico|autor=Lake, James A. et al.|ano=1984 |url=http://www.pnas.org/content/81/12/3786.short |título= "Eocytes: A new ribosome structure indicates a kingdom with a close relationship to eukaryotes" |revista= PNAS |número= 81|páginas= 3786–3790}}</ref> A relação filogenética entre metanógenos e hipertermófilos faz com que em 1990 se renomeie a ''Eocyta'' como ''Crenarchaeota'' e as metanógenas como ''Euryarchaeota'', formando o novo grupo '''''Archaea''''' como parte do [[sistema de três domínios]].<ref name=Woese90 >{{citar periódico|autor=Woese, C. R.; Kandler, O & Wheelis, M. L. |título=Towards a natural system of organisms: proposal for the domains Archaea, Bacteria, and Eucarya |publicación=Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. |volume=87 |número=12 |páginas=4576–9 |ano=1990 |pmid=2112744 |url=http://www.pnas.org/cgi/pmidlookup?view=long&pmid=2112744 |doi=10.1073/pnas.87.12.4576}}</ref>
 
== Classificação ==