Sé de Angra do Heroísmo: diferenças entre revisões

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Linha 51:
É uma Igreja ampla de 3 naves divididas por [[pilar]]es sem [[transepto]], mas de cobertura única. A [[cabeceira]] é contudo surpreendente por se inscrever num [[revivalismo]] [[gótico]], com [[deambulatório]], com 3 [[capela]]s radiantes e um [[abside]] coberta por uma [[cúpula]] suportada por [[Ordem dórica|colunas dóricas]], sendo o conjunto acanhado e com falta de proporção ao corpo do templo.
 
== O= Pórtico ===
O acesso a este templo é feito por um [[pórtico]] dividido por 3 [[arcada]]s e onde se encontram fixadas nas paredes duas placas de [[bronze]]. À direita encontra-se uma placa comemorativa da visita de Sua Santidade o Papa João Paulo II, que foi o primeiro e único pontífice que visitou os Açores e orou nesta igreja no dia [[2 de Maio]] de [[1991]].
 
Linha 60:
Para iniciar a visita, a entrada no templo deve ser feita pela porta da esquerda desse guarda vento, tendo assim acesso à nave do [[Santíssimo Sacramento]].
 
=== O baptistério ===
[[Ficheiro:Vaso da Dinastia Ming, colecção da igreja da Sé de Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores.JPG|thumb|Sé Catedral: vaso da [[Dinastia Ming]] (Coleção da Sé de Angra do Heroísmo.)|esquerda]]
O [[baptistério]] apresenta-se como uma peça fundamental neste templo, é o lugar onde ao longo dos [[século]]s tem sido baptizados os angrenses paroquianos da freguesia da Sé e onde, segundo a tradição também o foi o martirizado no [[Japão]], defensor da [[Cristianismo|fé cristã]], o [[Beato]] [[João Baptista Machado]].
Linha 66:
Neste baptistério, além da [[pia baptismal]] pode admirar-se sobre o portal duas telas de boa escola maneirista, uma representando a [[circuncisão]] de [[Cristo]] e a outra a adoração dos [[Reis Magos]].
 
=== O Portal Paralelo ao do Baptistério ===
=== As Capelas ===
 
== O Altar das Almas ==
No fim desta nave lateral, dá acesso às sineiras e ao antigo coro alto. Sobre as portas duas telas representam a [[última ceia]] de Cristo e a Santíssima Trindade.
 
No antigo coro alto e sobre o guarda vento, na nave central, existe um [[órgão de tubos]], de construção recente, data de [[1994]], e é da autoria do organeiro micaelense [[Dinarte Machado]]. Este órgão e considerado o maior e mais imponente órgão construído no [[século XX]] na [[Península Ibérica]]. Este instrumento está preparado para concertos e é de rara beleza. De assinar ainda o tecto da nave central.
 
O acesso à Sacristia Mor é feito pelo deambulatório da capela Mor, e através da Sacristia do Rosário ou dos Capelães, e onde existe uma galeria de retratos dos bispos angrenses entre [[1872]] e à actualidade.
 
Nesta Sacristia de apreciável dimensão, pode apreciar-se os grandes arcazes barrocos em jacarandá, onde se guardam os paramentos, e também peças de mobiliário artístico.
 
Ao fundo, está o altar em pedra com vestígios de pintura dourada com um belo crucifixo e um [[presépio]] barroco. No chão, a imponente pedra tumular do Deão [[Francisco Burquó Del Rio]] (falecido em [[1745]]) benemérito deste altar. Nas paredes os retratos dos bispos de Angra entre [[1534]] e [[1870]].
 
=== Os Sinos da Sé de Angra ===
Esta Sé [[Catedral]] é dotada por 4 conjuntos de [[sino]]s, que a saber são: Ao centro do [[frontispício]] do templo, dois sinos destinados ao serviço do [[relógio]]; na torre nascente, quatro sinos destinados ao serviço do culto divino; na torre poente dezanove sinos que se constituem no [[carrilhão]]; e no adro da Rua da Rosa, 3 sinos para memória futura.
 
Os quatro sinos da torre nascente, ou sinos de culto datam de [[1714]] a [[1984]], sendo assim distribuídos: no primeiro andar encontra-se o sino grande, que pesa uma [[tonelada]], e que funciona nos dias em que o [[Bispo]] oficia na Sé. E o sino mais antigo, onde se pode ler: ''Depaire Virgini A Conceptione Dicatum, Lucas Roiz Palavra Fect Anno 1714, l de 6'', com a imagem em [[alto-relevo]] de [[Nossa Senhora da Conceição]] coroada.
 
No mesmo nível, voltado à Rua do Salinas, encontra-se outro sino de culto com a
Inscrição: ''Fundição de Sinos de Rio Tinto de H. M. da Costa, Porto, 1984'', com a imagem de Nossa Senhora da Conceição sem coroa, com uma [[cruz]], referente à comemoração dos 450 anos da criação da Diocese de Angra, quando a Sé se preparava para reabrir após o [[Terramoto de 1 de Janeiro de 1980]].
 
Ainda na torre nascente, no segundo nível existem dois sinos pequenos, também chamados de garridas, devido ao seu som alegre e festivo, que anunciam desde a véspera as festas e os [[domingo]]s.
 
Na garrida voltada para a Rua da Sé encontra-se gravada uma [[cruz latina]] e a legenda: ''Francisco Rodrigues Bella o fez em Lisboa no anno de [[1834]]''. No sino pequeno voltado para a Rua do Salinas, lê-se: ''J.M. Pereiras, Ponta Delgada, [[1918]]''.,com uma cruz latina.
 
Outro conjunto de sinos encontra-se nas Arcadas do Adro Sul, voltado à Rua da Rosa, junto com o antigo relógio da Sé. Estão fendidos, e, por isso, fora de serviço, mas guardam muitas memórias colectivas. O sino grande tem uma cruz latina em alto-relevo com dois círculos rendilhados e as inscrições: F''austino Alves Guerra o fez em Lisboa no anno de [[1782]]''. No segundo sino consta: ''Francisco Rodrigues Bellas o fez em Lisboa no anno de [[1843]]'', onde se vê o símbolo do [[Espírito Santo]] (a pomba) e dois círculos rendilhados no [[bronze]]. Um terceiro sino não tem qualquer inscrição.
 
No [[campanário]] central do frontispício foram colocados, no ano de [[2005]], dois sinos novos de serviço ao relógio monumental da cidade, a expensas da paroquia da Sé, onde se lê em ambos o seguinte: ''A fundição de sinos de Braga. [http://www.jeronimobraga.com.pt/ Serafim da Silva Jerónimo], Braga. Ano de [[2005]]'', com uma cruz latina floreada com o pé.
 
Na torre poente, no último mês de ano [[2010]] foi instalado um carrilhão constituído por 19 sinos, representando todos os concelhos que formam a [[Região Autónoma dos Açores]].
 
Assim, no 1º. andar desta torre encontra-se um sino grande em representação de [[Angra do Heroísmo]], com a imagem de São Salvador, onde se lê: ''Nos 475 anos da criação da Diocese de Angra e nos 25 anos da reabertura desta Catedral após o terramoto de 1980''. Neste nível, voltados para a Rua Carreira dos Cavalos encontram-se quatro sinos grandes alusivos às quatro cidades açorianas, percebendo-se pela dimensão os concelhos que representam: [[Ponta Delgada]], [[Ribeira Grande]], [[Praia da Vitória]] e [[Horta]].
 
No 2.º nível desta mesma torre, estão colocados para o lado da Rua da Carreira dos Cavalos, os sinos alusivos às três vilas mais populosas, por esta ordem: [[Lagoa]], [[Vila Franca do Campo]] e [[Povoação]], todas na [[ilha de São Miguel]]. Em frente, voltados para o interior, estão outras três Vilas de média dimensão: [[Madalena do Pico]], [[ilha do Pico]], [[Vila do Porto]], [[ilha de Santa Maria]], e [[Velas]] na [[ilha de São Jorge]]. Para a Rua da Sé, no último andar estão oito sinos que representam os concelhos mais pequenos da Região, por esta ordem: [[Lajes do Pico]], na ilha do Pico, [[Nordeste]], na ilha de São Miguel, [[Santa Cruz da Graciosa]], [[ilha Graciosa]], [[Calheta (Açores)|Calheta]], na [[ilha de São Jorge]], [[São Roque do Pico]], na ilha do Pico, [[Santa Cruz das Flores]], [[Lajes das Flores]] na [[ilha das Flores]] e [[Vila do Corvo]], [[ilha do Corvo]]. Em todos eles estão gravados no bronze o nome do município, a ilha e
o padroeiro da sede de concelho.
 
O financiamento desta aquisição deve-se à [[Câmara Municipal de Angra do Heroísmo]], em 50% do custo total, e à paróquia de São Salvador da Sé e aos outros dezoito municípios que formam a Diocese de Angra, em outra tanta percentagem. A empresa fornecedora e instaladora foi a Fundição de Sinos de Braga de Serafim da Silva Jerónimo.
 
O concerto de abertura foi realizado no dia [[24 de Dezembro]] de [[2010]], pelas 23 horas, no adro da Sé, sendo concertista o Director do Coral Catedralício, Dr. Duarte Gonçalves da Rosa, após a bênção dos novos sinos, pelo Bispo de Angra, [[Dom António de Sousa Braga]], na presença da Presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, Dra. Andreia Cardoso, em representação do Município Angrense e dos outros municípios açorianos que se associaram à iniciativa.<ref>Boletim Paroquial de São Salvador, Janeiro de 2011. pág. 3]</ref>
 
=== As Capelas ===
 
=== O Altar das Almas ===
 
Foi neste [[altar]] que em [[1640]] foi erecta A Irmandade das [[Alma]]s, pelo então [[cónego]] [[Leonardo de Sotto Mayor]] (falecido em [[1653]]). Este altar tem uma tela alusiva à salvação das almas com representação da [[Santíssima Trindade]], a [[Virgem Maria]] e [[São Domingos]].<ref name="ReferenceB">Desdobrável "Bem vindos à Catedral de Angra - ilha Terceira – Açores”. Ed. da Sé Catedral de Angra. Tip. Moderna - Angra do Heroísmo</ref>
 
=== Altar de Nossa Senhora dos Anjos ===
Neste altar encontra-se a imagem de [[Nossa Senhora da Conceição]] que data do [[século XVII]] e é proveniente do altar mor do antigo [[Convento de São Francisco da Praia]].<ref name="ReferenceB" />
 
Apresenta-se como uma das mais belas desta Sé. Foi uma oferta a este templo feita pelo 2.º [[Conde da Praia da Vitória]], [[Jácome de Ornelas Bruges de Ávila Paim da Câmara]], para as festividades do dogma da [[Imaculada Conceição]] proclamado em [[1854]].
 
=== Capela do Senhor Jesus dos Aflitos ===
 
Esta capela provêm do primeiro templo onde havia sido fundada por [[Diogo Álvares Vieira]] e sua mulher Beatriz Anes Camacho. Nesta capela encontra-se a [[Lápide|pedra tumular]] de [[Francisco Dias do Carvalhal]], seu instituidor, e figura proeminente da cidade de angra no final do [[século XVI]]. No altar desta capela admira-se o conjunto escultório representando o [[calvário]], com [[Crucifixo|Cristo crucificado]], Nossa Senhora e [[São João]] encomendado em [[Lisboa]], em [[1706]], pelo Bispo D. [[António Vieira Leitão]].<ref name="ReferenceB" />
 
=== Capela de Nossa Senhora do Rosário ===
[[Ficheiro:Nave central da Sé Catedral de Angra do Heroísmo, Açores, Portugal.JPG|thumb|Sé Catedral: nave central.]]
Esta capela foi edificada e fundada pela antiquíssima Irmandade do Rosário, vinda do anterior templo desta Sé e onde já tinha tido o seu altar.
Linha 86 ⟶ 126:
Nela venera-se a imagem de [[Nossa Senhora de Fátima]] aqui posta com solenidade quando da visita da imagem peregrina em [[1948]]. Também existem nesta capela as imagens de [[São José]] e a do [[Sagrado Coração de Jesus]] adquirida à custa de devotos em [[1920]].
 
=== Capela do Santíssimo Sacramento ===
É esta capela o lugar mais sagrado de toda a [[Catedral]], foi fundada pela mais antiga irmandade da Sé, a do Santíssimo Sacramento, ainda hoje em plena actividade. Esta capela possui um [[sacrário]] de [[prata]] e um assinalável frontal, também de prata, que data do início do [[século XVIII]].<ref name="ReferenceB"/>
 
O conjunto de prataria foi salvo da confiscação governamental em [[1829]] pela irmandade que pagou o seu valor em dinheiro, mas só parte dessa colecção se pode admirar na capela, estando a restante recolhida no Tesouro da Sé.
 
=== Capela-mor ===
[[Ficheiro:Se3.JPG|thumb|Sé Catedral: vista do altar.|esquerda]]A [[capela-mor]] é o coração da Igreja dos Açores, é aqui que se encontra a [[Bispo|Câtedra do Bispo]] e o [[cadeiral]] do coro capitular, fundado com a diocese, em [[1534]], com cinco dignidades e 12 cónegos. O [[arco triunfal]] ostenta as [[Brasão de armas de Portugal|Armas Reais]] sobrepostas à [[Cruz de Cristo]], simbolizando a [[concordata]] entre o [[Papa]], o [[Reino de Portugal]] e a [[Ordem de Cristo]] para a expansão do [[Catolicismo]].
 
Linha 100 ⟶ 140:
No [[deambulatório]] existem 3 altares. O central com um crucifixo notável do século XVIII e nos outros dois as imagens de [[São Luís]] Rei de França e [[Santa Isabel de Portugal]]. Duas portas dão acesso às sacristias, das quais é visitável a grande.<ref name="ReferenceB"/>
 
=== Capela do Senhor Jesus Velho ou de Nossa Senhora de Lurdes ===
 
Esta capela foi construída pela família [[Canto e Castro (apelido)|Canto e Castro]] e nela se encontra a pedra tumular de [[Pero Anes do Canto]] (falecido em [[1556]]). [[Provedoria das Armadas|Provedor das Armadas]]. Nos lados do arco as armas dos Cantos e dos Castros.<ref name="ReferenceB"/>
 
=== O Altar de Nossa Senhora de Lurdes ===
 
É devoção estabelecida pelo Monsenhor [[Cónego Ferreira]], em [[1891]] e onde o Cabido celebra em Fevereiro a festa própria, a primeira instituída em Portugal.<ref name="ReferenceB"/>
 
=== Capela de Santo Estêvão ===
 
Esta capela foi instituída por [[Estevão Cerveira Borges]], homem da nobreza da cidade e doador dos terrenos para a construção deste templo, em [[1570]]. Possui esta capela uma bela imagem de [[Santo Estêvão]] mártir, paramentado de diácono. Nela está a belíssima estante coral de jacarandá com embutidos de [[marfim]] procedente do Convento de [[Convento de São Francisco (Angra do Heroísmo)|São Francisco de Angra do Heroísmo]].<ref name="ReferenceB"/>
 
=== Capela de São Pedro ad Vincula ===
 
Foi esta capela fundada pelo Cónego [[Luís de Almeida]] (falecido em [[1631]]) que a paramentou e embelezou e onde existe a pedra tumular do fundador.<ref name="ReferenceB"/>
Linha 118 ⟶ 158:
Nela foi erecta, em [[1604]], conforme placa comemorativa dos 400 anos, a [[São Pedro ad Vincula|Irmandade de São Pedro Ad Vincula dos Cléricos Pobres]], ainda em actividade. Pode-se admirar a imagem de [[São Pedro das Cadeias]], de bela expressão [[barroca]] e uma notável grade de jacarandá. Tanto estes artefactos como a sacristia anexa foram encomenda da Confraria no [[século XVIII]]. Serve de capela da reconciliação e o [[Consistório (desambiguação)|consistório]] de salas de [[catequese]].
 
=== Altar de Santo António ===
 
Desconhece-se quem a fundou mas aqui existiu a Confraria de Santo António, do [[século XV]], que ainda oferece pão benzido nos dias 13 de cada mês. É admirável a imagem do padroeiro.<ref name="ReferenceB"/>
 
=== Altar de São Brás ===
 
Não existem muitas notícias deste altar, mas é digna de nota a imagem de [[Brás de Sebaste]], [[Bispo]], do [[século XVI]] e de [[Pintura flamenga|influência flamenga]].<ref name="ReferenceB"/>
 
== O Portal Paralelo ao do Baptistério ==
 
No fim desta nave lateral, dá acesso às sineiras e ao antigo coro alto. Sobre as portas duas telas representam a [[última ceia]] de Cristo e a Santíssima Trindade.
 
No antigo coro alto e sobre o guarda vento, na nave central, existe um [[órgão de tubos]], de construção recente, data de [[1994]], e é da autoria do organeiro micaelense [[Dinarte Machado]]. Este órgão e considerado o maior e mais imponente órgão construído no [[século XX]] na [[Península Ibérica]]. Este instrumento está preparado para concertos e é de rara beleza. De assinar ainda o tecto da nave central.
 
O acesso à Sacristia Mor é feito pelo deambulatório da capela Mor, e através da Sacristia do Rosário ou dos Capelães, e onde existe uma galeria de retratos dos bispos angrenses entre [[1872]] e à actualidade.
 
Nesta Sacristia de apreciável dimensão, pode apreciar-se os grandes arcazes barrocos em jacarandá, onde se guardam os paramentos, e também peças de mobiliário artístico.
 
Ao fundo, está o altar em pedra com vestígios de pintura dourada com um belo crucifixo e um [[presépio]] barroco. No chão, a imponente pedra tumular do Deão [[Francisco Burquó Del Rio]] (falecido em [[1745]]) benemérito deste altar. Nas paredes os retratos dos bispos de Angra entre [[1534]] e [[1870]].
 
== Os Sinos da Sé de Angra ==
Esta Sé [[Catedral]] é dotada por 4 conjuntos de [[sino]]s, que a saber são: Ao centro do [[frontispício]] do templo, dois sinos destinados ao serviço do [[relógio]]; na torre nascente, quatro sinos destinados ao serviço do culto divino; na torre poente dezanove sinos que se constituem no [[carrilhão]]; e no adro da Rua da Rosa, 3 sinos para memória futura.
 
Os quatro sinos da torre nascente, ou sinos de culto datam de [[1714]] a [[1984]], sendo assim distribuídos: no primeiro andar encontra-se o sino grande, que pesa uma [[tonelada]], e que funciona nos dias em que o [[Bispo]] oficia na Sé. E o sino mais antigo, onde se pode ler: ''Depaire Virgini A Conceptione Dicatum, Lucas Roiz Palavra Fect Anno 1714, l de 6'', com a imagem em [[alto-relevo]] de [[Nossa Senhora da Conceição]] coroada.
 
No mesmo nível, voltado à Rua do Salinas, encontra-se outro sino de culto com a
Inscrição: ''Fundição de Sinos de Rio Tinto de H. M. da Costa, Porto, 1984'', com a imagem de Nossa Senhora da Conceição sem coroa, com uma [[cruz]], referente à comemoração dos 450 anos da criação da Diocese de Angra, quando a Sé se preparava para reabrir após o [[Terramoto de 1 de Janeiro de 1980]].
 
Ainda na torre nascente, no segundo nível existem dois sinos pequenos, também chamados de garridas, devido ao seu som alegre e festivo, que anunciam desde a véspera as festas e os [[domingo]]s.
 
Na garrida voltada para a Rua da Sé encontra-se gravada uma [[cruz latina]] e a legenda: ''Francisco Rodrigues Bella o fez em Lisboa no anno de [[1834]]''. No sino pequeno voltado para a Rua do Salinas, lê-se: ''J.M. Pereiras, Ponta Delgada, [[1918]]''.,com uma cruz latina.
 
Outro conjunto de sinos encontra-se nas Arcadas do Adro Sul, voltado à Rua da Rosa, junto com o antigo relógio da Sé. Estão fendidos, e, por isso, fora de serviço, mas guardam muitas memórias colectivas. O sino grande tem uma cruz latina em alto-relevo com dois círculos rendilhados e as inscrições: F''austino Alves Guerra o fez em Lisboa no anno de [[1782]]''. No segundo sino consta: ''Francisco Rodrigues Bellas o fez em Lisboa no anno de [[1843]]'', onde se vê o símbolo do [[Espírito Santo]] (a pomba) e dois círculos rendilhados no [[bronze]]. Um terceiro sino não tem qualquer inscrição.
 
No [[campanário]] central do frontispício foram colocados, no ano de [[2005]], dois sinos novos de serviço ao relógio monumental da cidade, a expensas da paroquia da Sé, onde se lê em ambos o seguinte: ''A fundição de sinos de Braga. [http://www.jeronimobraga.com.pt/ Serafim da Silva Jerónimo], Braga. Ano de [[2005]]'', com uma cruz latina floreada com o pé.
 
Na torre poente, no último mês de ano [[2010]] foi instalado um carrilhão constituído por 19 sinos, representando todos os concelhos que formam a [[Região Autónoma dos Açores]].
 
Assim, no 1º. andar desta torre encontra-se um sino grande em representação de [[Angra do Heroísmo]], com a imagem de São Salvador, onde se lê: ''Nos 475 anos da criação da Diocese de Angra e nos 25 anos da reabertura desta Catedral após o terramoto de 1980''. Neste nível, voltados para a Rua Carreira dos Cavalos encontram-se quatro sinos grandes alusivos às quatro cidades açorianas, percebendo-se pela dimensão os concelhos que representam: [[Ponta Delgada]], [[Ribeira Grande]], [[Praia da Vitória]] e [[Horta]].
 
No 2.º nível desta mesma torre, estão colocados para o lado da Rua da Carreira dos Cavalos, os sinos alusivos às três vilas mais populosas, por esta ordem: [[Lagoa]], [[Vila Franca do Campo]] e [[Povoação]], todas na [[ilha de São Miguel]]. Em frente, voltados para o interior, estão outras três Vilas de média dimensão: [[Madalena do Pico]], [[ilha do Pico]], [[Vila do Porto]], [[ilha de Santa Maria]], e [[Velas]] na [[ilha de São Jorge]]. Para a Rua da Sé, no último andar estão oito sinos que representam os concelhos mais pequenos da Região, por esta ordem: [[Lajes do Pico]], na ilha do Pico, [[Nordeste]], na ilha de São Miguel, [[Santa Cruz da Graciosa]], [[ilha Graciosa]], [[Calheta (Açores)|Calheta]], na [[ilha de São Jorge]], [[São Roque do Pico]], na ilha do Pico, [[Santa Cruz das Flores]], [[Lajes das Flores]] na [[ilha das Flores]] e [[Vila do Corvo]], [[ilha do Corvo]]. Em todos eles estão gravados no bronze o nome do município, a ilha e
o padroeiro da sede de concelho.
 
O financiamento desta aquisição deve-se à [[Câmara Municipal de Angra do Heroísmo]], em 50% do custo total, e à paróquia de São Salvador da Sé e aos outros dezoito municípios que formam a Diocese de Angra, em outra tanta percentagem. A empresa fornecedora e instaladora foi a Fundição de Sinos de Braga de Serafim da Silva Jerónimo.
 
O concerto de abertura foi realizado no dia [[24 de Dezembro]] de [[2010]], pelas 23 horas, no adro da Sé, sendo concertista o Director do Coral Catedralício, Dr. Duarte Gonçalves da Rosa, após a bênção dos novos sinos, pelo Bispo de Angra, [[Dom António de Sousa Braga]], na presença da Presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, Dra. Andreia Cardoso, em representação do Município Angrense e dos outros municípios açorianos que se associaram à iniciativa.<ref>Boletim Paroquial de São Salvador, Janeiro de 2011. pág. 3]</ref>
 
==Espólio==