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{{Nota:|Se procura pelo livro de Eça de Queirós, consulte [[Os Maias]]; para outros significados do termo, veja [[Maia (desambiguação)]].}}
{{Civilização maia}}
A civilização maia compartilha muitas características com outras civilizações da [[Mesoamérica]], devido ao alto grau de interação e difusão cultural que caracteriza a região<ref name="Civilização Maia"/>. Avanços como a [[escrita]], [[epigrafia]] e o [[Calendário maia|calendário]] não se originaram com os maias; no entanto, sua civilização se desenvolveu plenamente. A influência dos maias pode ser detectada em países como [[Honduras]], [[Guatemala]], [[El Salvador]] e na região central do [[México]], a mais de 1 000 km da área maia.<ref name="Introdução">{{citar web |url=http://www.brasilescola.com/historia-da-america/maias.htm|título=Maias - Introdução |acessodata=18 de julho de 2012 |autor= |coautores= |data= |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=Brasil Escola |páginas= |língua= |citação= }}</ref>. Muitas influências externas são encontrados na arte e arquitetura Maia, o que acredita-se ser resultado do intercâmbio comercial e cultural, em vez de conquista externa direta<ref name="Introdução"/>
Os [[povos maias]] nunca desapareceram, nem na época do declínio no período clássico, nem com a chegada dos [[conquistadores]] [[Império espanhol|espanhóis]] e a subsequente [[colonização espanhola das Américas]]. Hoje, os maias e seus descendentes formam populações consideráveis em toda a área antiga maia e mantêm um conjunto distinto de tradições e crenças que são o resultado da fusão das [[ideologia]]s pré-colombianas e pós-conquista (e estruturado pela aprovação quase total ao [[catolicismo romano]]). Muitas [[línguas maias]] continuam a ser faladas como línguas primárias ainda hoje; o [[Rabinal Achí]], uma obra literária na [[língua achi]], foi declarada uma [[Obras-primas do Património Oral e Imaterial da Humanidade|obra-prima do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade]] pela [[Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura]] em 2005. A arquitetura maia era bastante desenvolvida e ostentava obras grandiosas,tecnicamente qualificadas e com grande variedade e beleza de formas. == História ==
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As pessoas desenvolveram uma civilização centrada em [[cidade]]s e baseada na [[agricultura]], composta por várias [[cidades-Estados]] independentes entre si, mas algumas subservientes a outras.<ref name="whyNationsFail" /> Isto inclui cidades bem conhecidas, como [[El Caracol]], [[Tikal]], [[Palenque]], [[Copán]], [[Xunantunich]] e [[Calakmul]], mas também menos conhecidas, como [[Lamanai]], [[Dos Pilas]], [[Cahal Pech]], [[Uaxactun]], [[Altun Ha]] e [[Bonampak]], entre outras. A distribuição dos assentamentos do início do período clássico nas planícies do norte não é tão claramente conhecida como das regiões ao sul, mas inclui uma série de centros populacionais, como [[Oxkintok]], [[Chunchucmil]] e a ocupação antecipada de [[Uxmal]]. Durante este período, a população maia chegava a milhões. Eles criaram uma multidão de pequenos reinos e impérios, construíram palácios e templos monumentais, cerimônias ritualísticas altamente sofisticadas e desenvolveram um elaborado sistema de [[escrita hieroglífica]].<ref>Sharer, R. 1994. ''The Ancient Maya''. 5th ed. Stanford, California: Stanford University Press</ref>
A base social dessa exuberante civilização era uma grande rede política e econômica interligada que se estendia por toda a região maia e para além do [[mundo mesoamericano]]. As unidades políticas, econômicas e culturais dominantes "centrais" do sistema maia clássico estavam localizadas nas planícies centrais, enquanto as correspondentes unidades maias dependentes ou "periféricas" eram encontradas ao longo das margens do altiplano sul e de áreas de [[várzea]] do norte. Mas, como em todos os sistemas do mundo, os principais centros principais maias mudaram através do tempo, começando durante a era pré-clássica em terras altas do sul, quando se deslocaram para as terras baixas centrais durante o período clássico e, finalmente, quando mudaram para o norte da península durante o período pós-clássico. Neste sistema político, as unidades semi-periféricas maias geralmente tomavam a forma de centros comerciais.<ref>Carmack, Robert M. А. ''Historical {{sic|Antropological|expected=Anthropological}} Perspective on the Maya Civilization. Social Evolution & History''. Volume 2, Number 1 / Março de 2003. pp.71–115 [http://www.socionauki.ru/journal/articles/130151/ ]</ref>
Os monumentos mais notáveis são as [[pirâmide]]s escalonadas que construíram em seus centros religiosos e os palácios que abrigavam seus governantes. O palácio em [[Cancuén]] é o maior em área feito pelos maias, mas o sítio arqueológico não tem pirâmides. Outros vestígios arqueológicos importantes incluem lajes de pedra esculpidas, geralmente chamados de estelas (os maias chamava [[tétum]], ou "árvore-pedra"), que retratam os governantes junto com textos hieróglifos descrevendo sua [[árvore genealógica]], vitórias militares e outras realizações.<ref>{{citar web|url=http://www.archaeology.org/9901/newsbriefs/maya.html|título=Maya Art Return|publicado=|acessodata=25 de dezembro de 2006}}</ref>
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As teorias não-ecológicas sobre o declínio maia são divididas em várias subcategorias, como [[superpopulação]], invasão estrangeira, revolta camponesa e colapso de rotas comerciais importantes. As hipóteses ecológicas incluem [[desastre ambiental]], doenças [[Epidemia|epidêmicas]] e [[mudanças climáticas]]. Há evidências de que a população maia ultrapassou a capacidade do ambiente a sua volta, com o esgotamento do potencial agrícola do solo e a caça excessiva de [[megafauna]].<ref>{{citar web|url=http://news.ufl.edu/2007/11/08/mayan-game/ |título=University of Florida study: Maya politics likely played role in ancient large-game decline, Nov. 2007 |publicado=News.ufl.edu |data=8 de novembro de 2007 |acessodata=1 de agosto de 2010}}</ref> Alguns estudiosos recentemente teorizaram que uma intensa [[seca]] de 200 anos na região levou ao colapso da civilização maia.<ref>{{citar livro|título=The Great Maya Droughts |último =Gill |primeiro =R. |autorlink = |coautor= |ano=2000 |publicado=University of New Mexico Press |local=Albuquerque |isbn=0-8263-2194-1 |páginas= }}</ref> Esta teoria foi criada a partir de pesquisas realizadas por cientistas que estudaram leitos de lagos,<ref>{{citar periódico|último =Hodell |primeiro =David A. |autorlink = |coautor=Curtis, Jason H.; Brenner, Mark |ano=1995 |título=Possible role of climate in the collapse of Classic Maya civilization |periódico=Nature |volume=375 |issue=6530 |páginas=391–394 |doi=10.1038/375391a0 |url= |acessodata= |citação= |ref=harv }}</ref> [[pólen]] antigo e outros dados e não da comunidade arqueológica.
Pesquisas de 2011, com o uso de modelos climáticos de alta resolução e novas reconstruções de paisagens do passado, sugere que a conversão de grande parte das florestas por áreas agrícolas maias pode ter levado a uma redução da [[evapotranspiração]] e, portanto, de [[chuva]]s, o que pode ter ampliado a seca natural.<ref>[http://blogs.ei.columbia.edu/2011/12/01/key-talks-at-the-american-geophysical-union-dec-5-9/ ]</ref> Um estudo publicado na revista ''[[Science]]'' em 2012 descobriu que reduções modestas das precipitação, de apenas 25 a 40% da precipitação anual, podem ter sido o ponto de inflexão para o colapso da civilização maia. Com base em amostras de sedimentos do lago e cavernas nas áreas circundantes das principais cidades maias, os pesquisadores foram capazes de determinar a quantidade de precipitação anual na região. As secas leves que ocorreram entre 800 d.C. e 950 foram suficientes para reduzir rapidamente o suprimento de [[água]].<ref>{{citar jornal|url=http://www.sciencedaily.com/releases/2012/02/120223142455.htm|título=Classic Maya Civilization Collapse Related to Modest Rainfall Reductions, Research Suggests|obra=[[Science Daily]]|data=23 de fevereiro de 2012|acessodata=25 de fevereiro de 2012}} ''See full Science article citation at the end of the article.''</ref><ref>{{citar jornal|url=http://www.bbc.co.uk/news/world-latin-america-17149812|título=Mild drought caused Maya collapse in Mexico, Guatemala|obra=[[BBC News]]|data=25 de fevereiro de 2012|acessodata=25 de fevereiro de 2012}}</ref> Uma outra publicação na mesma revista apoia e estende essa conclusão com base em análise de [[isótopo]]s de minerais em uma [[estalagmite]]. Ela argumenta que a alta taxa de pluviosidade entre 440 e 660 d.C. permitiu aos maias florescerem e que secas leves nos anos seguintes levaram a uma extensa guerra e ao declínio da civilização, um período prolongado de seca entre 1020 e 1100 acabou por ser fatal.<ref>http://www.sciencemag.org/content/338/6108/788.full</ref>
=== Período pós-clássico ===
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