Museu do Louvre: diferenças entre revisões
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O '''Museu do Louvre''' ({{lang-fr|''Musée du Louvre''}}), é o maior [[museu de arte]] do mundo e um monumento histórico em [[Paris]], [[França]]. Um marco central da cidade, está localizado na [[Rive Droite|margem direita]] do [[rio Sena]], no [[1.º arrondissement de Paris|1.º arrondissement]]. Aproximadamente 38.000 objetos, da [[pré-história]] ao
O museu está localizado no [[Palácio do Louvre]], originalmente construído como uma fortaleza no final do
O museu foi inaugurado em 10 de agosto de 1793 com uma exposição de 537 pinturas, sendo a maioria das obras da realeza ou de propriedades confiscadas da igreja. Por causa de problemas estruturais com a construção, o museu foi fechado em 1796 até 1801. A coleção foi aumentada sob o governo de [[Napoleão]] e o museu foi renomeado pelo "Museu Napoleão", mas, após a sua abdicação, muitas obras apreendidas por seus exércitos napoleônicos foram devolvidas aos seus proprietários originais. A coleção foi aumentada ainda mais durante os reinados de [[Luís XVIII da França|Luís XVIII]] e [[Carlos X da França|Carlos X]] e, durante o [[Segundo Império Francês]], o museu ganhou 20 mil peças. As participações cresceram constantemente através de doações e legados desde a [[Terceira República Francesa|Terceira República]]. A coleção é dividida entre oito departamentos curadores: [[Egiptologia|antiguidades egípcias]]; antiguidades do [[Oriente Médio]]; antiguidades [[Arte grega|gregas]], [[Arte etrusca|etruscas]] e [[Arte romana|romanas]]; [[arte islâmica]]; [[escultura]]; [[artes decorativas]]; pinturas; impressões e desenhos.
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=== Idade Média e Renascença ===
[[Imagem:Donjon chateau louvre.JPG|thumb|esquerda|Porções medievais do Louvre ainda são visíveis no subsolo
O primeiro palácio real neste local foi fundado por [[Filipe II de França|Filipe II]] em [[1190]], como uma [[fortaleza (arquitetura militar)|fortaleza]] para defender Paris a oeste contra os ataques dos [[
As transformações nunca cessaram na sua história, e a antiga fortaleza militar [[Idade Média|medieval]] acabaria por se tornar um colossal complexo de prédios, hoje devotados inteiramente à [[cultura]]. Dentre as mais recentes e significativas mudanças, desde o lançamento do projeto "Grand Louvre" pelo presidente [[François Mitterrand]], estão a transferência para outros locais de órgãos do governo que ainda funcionavam na ala norte, abrindo grandes espaços novos para exposição, e a construção da controversa [[Pirâmide do Louvre|pirâmide de vidro]] desenhada pelo [[arquiteto]] chinês [[I. M. Pei]] no centro do pátio do palácio, por onde se faz agora o acesso principal. O museu reorganizado reabriu em 1989.<ref name="História"/>
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No [[Primeiro Império Francês|período imperial]], o museu adotou o nome de ''Museu Napoleão'', sendo, [[Dominique-Vivant Denon]], seu primeiro diretor. [[Napoleão]] ordenou reformas e embelezamentos no edifício, e suas conquistas sobre outros países renderam uma grande quantidade de novas peças para o Louvre, embora, com a queda do imperador em 1815, as nações espoliadas reclamassem seus tesouros, despovoando as galerias do museu.<ref>Mignot, p. 52</ref>
[[Imagem:Mona Lisa.jpg|thumb|A ''"[[Mona Lisa]]"'', de [[Leonardo da Vinci]], [[Pintura a óleo|óleo]] sobre madeira de [[Populus|álamo]], 1503-19, provavelmente concluída enquanto o artista estava na corte de [[Francisco I de França|Francisco I]]. É uma das obras mais conhecidas do acervo do museu
Em 1824, foi criado o ''Museu da Escultura Moderna'' na Galeria d'Angoulême, com cinco salas para exibição de peças provenientes do ''Museu dos Monumentos Franceses'' e do [[Palácio de Versalhes]]. Em 1826, [[Champollion]] se tornou o diretor do novo Departamento de Antiguidades Egípcias. No ano seguinte, foi criado o ''Museu Carlos X'' no primeiro pavimento da ala sul do ''Cour Carré'', com uma coleção de antiguidades [[Arte egípcia|egípcias]], [[Bronze (escultura)|bronzes]] antigos, [[vaso]]s [[Etrúria|etruscos]] e artes decorativas [[Idade Média|medievais]] e [[Renascimento|renascentistas]], ao mesmo tempo em que na ala norte se instalava o ''Museu da Marinha''.<ref name="História">{{citar web |url=https://www.louvre.fr/en/histoirelouvres/history-louvre/periode-1#tabs |titulo=History of the Louvre |editor=Museu do Louvre |acessodata=23 de fevereiro de 2018}}</ref>
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=== Século XX ===
[[Imagem:Bundesarchiv Bild 183-L15196, Paris, Besuch Gerd v. Rundstedt im Louvre.jpg|thumbnail|esquerda|Generalfeldmarschall [[Gerd von Rundstedt]] observa um modelo de gesso da [[Vênus de Milo]],<ref>''[[Life (revista)|LIFE]]'' [https://books.google.com/books?id=L0oEAAAAMBAJ&pg=PA40&q=%22the%20venus%20de%20milo%20now%20replaced%20by%20a%20plaster%20model%22 (4 November 1940), p. 39].</ref> enquanto visita o Louvre com o curador Alfred Merlin em 7 de outubro de 1940
O início do
Com a eclosão da [[Segunda Guerra Mundial]], as coleções foram [[evacuação|evacuadas]], com exceção das peças mais pesadas, que permaneceram protegidas por [[Saco de areia|sacos de areia]]. O acervo foi inicialmente depositado no [[Castelo de Chambord]] e, a seguir, foi disperso entre vários locais, permanecendo constantemente em mudança, por medidas de segurança. Mesmo esvaziado, o museu reabriu ao público em 1940 com uma coleção de cópias em [[gesso]] de estátuas célebres. Em 1943, com a coleção ampliada, o Museu da Marinha foi transferido para o [[Palácio de Chaillot]].<ref name="História"/>
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=== Pirâmides ===
[[Imagem:Paris, France (Unsplash QrpX-2tPmNY).jpg|thumb|A [[Pirâmide do Louvre]]
{{Artigo principal|Pirâmide do Louvre}}
O Palácio do Louvre é uma estrutura quase [[Retângulo|retangular]], composto pela praça do Cour Carrée e duas alas que envolvem o Cour Napoléon a norte e ao sul. No coração do complexo, está a Pirâmide do Louvre, acima do centro dos visitantes. O museu é dividido em três alas: a Ala Sully a leste, que contém a Cour Carrée e as partes mais antigas do Louvre, a Ala Richelieu ao norte, e a Ala Denon, que faz fronteira com o Rio Sena para o sul.<ref>Mignot, p. 13</ref>
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=== Antiguidades egípcias ===
[[Imagem:Great Sphinx Tanis Louvre A23 - 01d.jpg|thumb|esquerda|[[Esfinge]] exibida na coleção do museu
Com mais de 50 mil objetos, que atestam o profundo interesse francês na área da [[egiptologia]] no
Instalado na Ala Denon e em salas do Cour Carré, a coleção inclui arte, [[papiro]]s, [[múmia]]s, [[amuleto]]s, [[vestuário]], [[joalheria]], [[instrumentos musicais]], jogos e armas. Dentre as peças mais interessantes estão o famoso ''Escriba sentado'', uma faca de pedra e marfim de [[Gebel-el Arak]] com punho decorado com cenas de guerra e de caça, a ''Estela do Rei Serpente'', a cabeça do rei [[Djedefre]], a estátua de [[Amenemhatankh]], o ''Portador de oferendas'', o busto de [[Aquenáton]], e a estátua da deusa [[Hator]], além de [[sarcófago]]s ricamente pintados, frascos para cosméticos e objetos votivos.
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=== Arte islâmica ===
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É o departamento mais recente do museu, mas sua coleção de mais de 6 mil itens cobre 13 séculos de história da arte islâmica da Europa, [[Ásia]] e [[África]], entre vidros, metais, madeiras, [[tapete]]s, cerâmicas e [[miniatura]]s. Das suas peças, se destacam como principais: a ''Píxide de al-Mughira'', uma caixa de marfim da [[Andaluzia]]; o ''[[Batistério]] de São Luís'', uma bacia de metal do período [[Mamelucos|mameluco]]; fragmentos do ''[[Shahnameh]]'', um [[poema épico]] de [[Ferdusi]] escrito em [[língua persa|persa]], e o ''Vaso Barberini'', um vaso de metal da [[Síria]].
=== Artes decorativas ===
Este departamento cobre desde a [[Idade Média]] até meados do
As peças são exibidas no primeiro pavimento da Ala Richelieu e na Galeria de Apolo. Dentre seus itens mais preciosos estão a coroa de Luís XV, o cetro de [[Carlos V da França|Carlos V]], o bronze ''Nesso e Djanira'' de [[Giambologna]], o ''Vaso Suger'', a tapeçaria ''A caça de Maximiliano'', a coleção de vasos de [[Sèvres]] da [[Madame de Pompadour]] e a decoração dos apartamentos de Napoleão III.
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=== Esculturas ===
[[Imagem:Visiter le Louvre en été ! (4787187477).jpg|thumb|esquerda|Visitantes observando a [[Vitória de Samotrácia]]
Concentrado nas peças de escultura criadas antes de 1850 que não se enquadram no departamento de antiguidades etruscas, gregas e romanas. Desde o início, o Palácio do Louvre foi um depósito de obras escultóricas, mas a [[sistema]]tização de suas peças só aconteceu depois de 1824. Seu acervo primitivo era, na verdade, reduzido a cerca de 100 peças, por causa da mudança da corte para Versalhes, e assim permaneceu até 1847, quando [[Léon Laborde]] assumiu o controle do departamento, ampliando a seção de [[arte medieval]], mas nesta época as obras ainda faziam parte do Departamento de Antiguidades. Somente na administração de [[Louis Courajod]], a partir de [[1871]], a representação de esculturas cresceu, especialmente em peças francesas. Com a criação do Museu d'Orsay, parte do acervo recolhido até então foi transferida para lá, permanecendo, no Louvre, as criadas antes de 1850. Atualmente, as peças francesas estão expostas na Ala Richelieu, e as estrangeiras na Ala Denon.
O conjunto de escultura da França oferece um painel amplo e farto desta modalidade de arte desde a Idade Média até meados do
Dos autores mais recentes e ilustres cujos nomes se conhecem, se contam [[Jean Goujon]], [[Simon Guillain]], [[Jean-Louis Lemoyne]], [[Germain Pilon]], [[Antoine Coysevox]], [[Guillaume Coustou]], [[Nicolas Coustou]], [[Étienne Maurice Falconet]], [[Louis-Messidor-Lebon Petitot|Louis Petitot]], [[Philippe-Laurent Roland]], [[Pierre-Nicolas Beauvallet]], [[Edmé Bouchardon]], [[Jean Antoine Houdon]], [[Augustin Pajou]], [[Jean-Jacques Pradier]], [[Jean-Baptiste Pigalle]] e [[François Rude]]. Dentre os estrangeiros, são, figuras principais, [[Gregor Erhart]], [[Antonio Canova]], [[Giambologna]], [[Adriaen de Vries]], [[Francesco Laurana]], [[Andrea della Robbia|Andrea]] e [[Giovanni della Robbia]], [[Lorenzo Bartolini]] e [[Michelangelo]].
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