Museu do Louvre: diferenças entre revisões

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|website = [http://www.louvre.fr/llv/commun/home_flash.jsp?bmLocale=en www.louvre.fr]
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O '''Museu do Louvre''' ({{lang-fr|''Musée du Louvre''}}), é o maior [[museu de arte]] do mundo e um monumento histórico em [[Paris]], [[França]]. Um marco central da cidade, está localizado na [[Rive Droite|margem direita]] do [[rio Sena]], no [[1.º arrondissement de Paris|1.º arrondissement]]. Aproximadamente 38.000 objetos, da [[pré-história]] ao século {{séc|XXI}}, são exibidos em uma área de 72.735 metros quadrados.<ref>{{citar web |url=http://www.louvre.fr/sites/default/files/dp_pyramide%2028102014_en.pdf |titulo=“Pyramid” Project Launch |editor=Museu do Louvre |acessodata=23 de fevereiro de 2018|data=18 de setembro de 2014}}</ref> Em 2017, o Louvre foi o museu de arte mais visitado do mundo, recebendo 8,1 milhões de visitantes.<ref name="visitantes">{{citar web|url=http://presse.louvre.fr/81-millions-de-visiteurs-au-louvre-en-2017/ |título=8,1 millions de visiteurs au Louvre en 2017 |língua=fr|publicado=Louvre|data=8 de janeiro de 2018}}</ref>
 
O museu está localizado no [[Palácio do Louvre]], originalmente construído como uma fortaleza no final do século {{séc|XII}} ao XIII sob o reinado de [[Filipe II de França|Filipe II]]. Os restos da fortaleza são visíveis no porão do museu. Devido à expansão urbana da cidade, a fortaleza acabou por perder sua função defensiva e, em 1546, foi convertida por [[Francisco I de França|Francisco I]] na residência principal dos [[Lista de monarcas da França|reis franceses]].<ref>{{citar web|título=Louvre Museum|url=https://www.britannica.com/topic/Louvre-Museum|website=Inexhibit|acessodata=15 de outubro de 2016}}</ref> O prédio foi ampliado muitas vezes até formar o atual Palácio do Louvre. Em 1682, [[Luís XIV de França|Luís XIV]] escolheu o [[Palácio de Versalhes]] como sua residência, deixando o Louvre principalmente como um lugar para exibir a coleção real, incluindo, a partir de 1692, uma coleção de esculturas [[Grécia Antiga|antiga grega]] e [[Roma Antiga|romana]].<ref>{{citar web|url=http://www.louvre.fr/llv/musee/detail_repere.jsp?CONTENT%3C%3Ecnt_id=10134198673226981&CURRENT_LLV_PERIODE%3C%3Ecnt_id=10134198673226961&CURRENT_LLV_CHRONOLOGIE%3C%3Ecnt_id=10134198673226610&CURRENT_LLV_REPERE%3C%3Ecnt_id=10134198673226981&FOLDER%3C%3Efolder_id=9852723696500938&bmLocale=en&leftPosition=-300 |título=Louvre Website- Chateau to Museum, 1672 and 1692 |publicado=Louvre.fr |acessodata=21 de agosto de 2011 |urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110615182627/http://www.louvre.fr/llv/musee/detail_repere.jsp?CONTENT%3C%3Ecnt_id=10134198673226981&CURRENT_LLV_PERIODE%3C%3Ecnt_id=10134198673226961&CURRENT_LLV_CHRONOLOGIE%3C%3Ecnt_id=10134198673226610&CURRENT_LLV_REPERE%3C%3Ecnt_id=10134198673226981&FOLDER%3C%3Efolder_id=9852723696500938&bmLocale=en&leftPosition=-300 |arquivodata=15 de junho de 2011 }}</ref> Em 1692, o edifício foi ocupado pela ''[[Académie des Inscriptions et Belles-Lettres]]'' e pela [[Academia Real de Pintura e Escultura]]. A Académie permaneceu no Louvre por 100 anos.<ref>{{citar web|url=http://www.louvre.fr/llv/musee/detail_repere.jsp?CONTENT%3C%3Ecnt_id=10134198673226982&CURRENT_LLV_PERIODE%3C%3Ecnt_id=10134198673226961&CURRENT_LLV_CHRONOLOGIE%3C%3Ecnt_id=10134198673226610&CURRENT_LLV_REPERE%3C%3Ecnt_id=10134198673226982&FOLDER%3C%3Efolder_id=9852723696500938&bmLocale=en&leftPosition=-300 |título=Louvre Website- Chateau to Museum 1692 |publicado=Louvre.fr |acessodata=21 de agosto de 2011 |urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110615182640/http://www.louvre.fr/llv/musee/detail_repere.jsp?CONTENT%3C%3Ecnt_id=10134198673226982&CURRENT_LLV_PERIODE%3C%3Ecnt_id=10134198673226961&CURRENT_LLV_CHRONOLOGIE%3C%3Ecnt_id=10134198673226610&CURRENT_LLV_REPERE%3C%3Ecnt_id=10134198673226982&FOLDER%3C%3Efolder_id=9852723696500938&bmLocale=en&leftPosition=-300 |arquivodata=15 de junho de 2011 }}</ref> Durante a [[Revolução Francesa]], a [[Assembleia Nacional Constituinte Francesa (1789)|Assembleia Nacional Constituinte]] decretou que o Louvre deveria ser usado como um [[museu]] para exibir as obras-primas da nação.
 
O museu foi inaugurado em 10 de agosto de 1793 com uma exposição de 537 pinturas, sendo a maioria das obras da realeza ou de propriedades confiscadas da igreja. Por causa de problemas estruturais com a construção, o museu foi fechado em 1796 até 1801. A coleção foi aumentada sob o governo de [[Napoleão]] e o museu foi renomeado pelo "Museu Napoleão", mas, após a sua abdicação, muitas obras apreendidas por seus exércitos napoleônicos foram devolvidas aos seus proprietários originais. A coleção foi aumentada ainda mais durante os reinados de [[Luís XVIII da França|Luís XVIII]] e [[Carlos X da França|Carlos X]] e, durante o [[Segundo Império Francês]], o museu ganhou 20 mil peças. As participações cresceram constantemente através de doações e legados desde a [[Terceira República Francesa|Terceira República]]. A coleção é dividida entre oito departamentos curadores: [[Egiptologia|antiguidades egípcias]]; antiguidades do [[Oriente Médio]]; antiguidades [[Arte grega|gregas]], [[Arte etrusca|etruscas]] e [[Arte romana|romanas]]; [[arte islâmica]]; [[escultura]]; [[artes decorativas]]; pinturas; impressões e desenhos.
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=== Idade Média e Renascença ===
[[Imagem:Donjon chateau louvre.JPG|thumb|esquerda|Porções medievais do Louvre ainda são visíveis no subsolo.]]
O primeiro palácio real neste local foi fundado por [[Filipe II de França|Filipe II]] em [[1190]], como uma [[fortaleza (arquitetura militar)|fortaleza]] para defender Paris a oeste contra os ataques dos [[Vikingviquingues]]s. No século seguinte, [[Carlos V de França|Carlos V]] transformou-o num [[palácio]], mas [[Francisco I da França|Francisco I]] e [[Henrique II da França|Henrique II]] demoliram-no para construir um palácio real; as [[Media:CastleLouvreFoundation.jpg|fundações]] da torre original da fortaleza estão sob a ''Salle des Cariatides'' (Sala das [[Cariátide]]s) agora. Mais tarde, reis como [[Luís XIII de França|Luís XIII]] e [[Luís XIV]] também dariam contribuições notáveis para a feição do atual [[Palácio do Louvre]], com a ampliação do ''Cour Carré'' ("Quadrilátero") e a criação da [[colunata]] de [[Perrault]].<ref name="História"/>
 
As transformações nunca cessaram na sua história, e a antiga fortaleza militar [[Idade Média|medieval]] acabaria por se tornar um colossal complexo de prédios, hoje devotados inteiramente à [[cultura]]. Dentre as mais recentes e significativas mudanças, desde o lançamento do projeto "Grand Louvre" pelo presidente [[François Mitterrand]], estão a transferência para outros locais de órgãos do governo que ainda funcionavam na ala norte, abrindo grandes espaços novos para exposição, e a construção da controversa [[Pirâmide do Louvre|pirâmide de vidro]] desenhada pelo [[arquiteto]] chinês [[I. M. Pei]] no centro do pátio do palácio, por onde se faz agora o acesso principal. O museu reorganizado reabriu em 1989.<ref name="História"/>
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No [[Primeiro Império Francês|período imperial]], o museu adotou o nome de ''Museu Napoleão'', sendo, [[Dominique-Vivant Denon]], seu primeiro diretor. [[Napoleão]] ordenou reformas e embelezamentos no edifício, e suas conquistas sobre outros países renderam uma grande quantidade de novas peças para o Louvre, embora, com a queda do imperador em 1815, as nações espoliadas reclamassem seus tesouros, despovoando as galerias do museu.<ref>Mignot,&nbsp;p.&nbsp;52</ref>
[[Imagem:Mona Lisa.jpg|thumb|A ''"[[Mona Lisa]]"'', de [[Leonardo da Vinci]], [[Pintura a óleo|óleo]] sobre madeira de [[Populus|álamo]], 1503-19, provavelmente concluída enquanto o artista estava na corte de [[Francisco I de França|Francisco I]]. É uma das obras mais conhecidas do acervo do museu.]]
 
Em 1824, foi criado o ''Museu da Escultura Moderna'' na Galeria d'Angoulême, com cinco salas para exibição de peças provenientes do ''Museu dos Monumentos Franceses'' e do [[Palácio de Versalhes]]. Em 1826, [[Champollion]] se tornou o diretor do novo Departamento de Antiguidades Egípcias. No ano seguinte, foi criado o ''Museu Carlos X'' no primeiro pavimento da ala sul do ''Cour Carré'', com uma coleção de antiguidades [[Arte egípcia|egípcias]], [[Bronze (escultura)|bronzes]] antigos, [[vaso]]s [[Etrúria|etruscos]] e artes decorativas [[Idade Média|medievais]] e [[Renascimento|renascentistas]], ao mesmo tempo em que na ala norte se instalava o ''Museu da Marinha''.<ref name="História">{{citar web |url=https://www.louvre.fr/en/histoirelouvres/history-louvre/periode-1#tabs |titulo=History of the Louvre |editor=Museu do Louvre |acessodata=23 de fevereiro de 2018}}</ref>
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=== Século XX ===
[[Imagem:Bundesarchiv Bild 183-L15196, Paris, Besuch Gerd v. Rundstedt im Louvre.jpg|thumbnail|esquerda|Generalfeldmarschall [[Gerd von Rundstedt]] observa um modelo de gesso da [[Vênus de Milo]],<ref>''[[Life (revista)|LIFE]]'' [https://books.google.com/books?id=L0oEAAAAMBAJ&pg=PA40&q=%22the%20venus%20de%20milo%20now%20replaced%20by%20a%20plaster%20model%22 (4 November 1940), p. 39].</ref> enquanto visita o Louvre com o curador Alfred Merlin em 7 de outubro de 1940.]]
 
O início do século {{séc|XX}} viu nascer o ''Museu de Artes Decorativas'', criado em função das [[Exposição mundial|Exposições Universais]] de Paris. Na sequência, uma grande [[doação]] da Baronesa Delort de Gléon, e mais a reunião de outras peças similares anteriormente dispersas nas seções de artes decorativas, levou em 1922 à abertura de uma galeria exclusivamente para [[Arte Islâmica]] no Pavilhão do Relógio, e logo o diretor dos Museus Nacionais, [[Henri Verne]], lançou um plano ambicioso de expandir os espaços disponíveis para arte no palácio, que até então abrigava também diversos escritórios da [[administração pública]]. Assim, foram reorganizadas várias galerias para escultura antiga, escultura europeia, pinturas, arte egípcia e do Oriente Próximo, e artes decorativas.<ref name="História"/>
 
Com a eclosão da [[Segunda Guerra Mundial]], as coleções foram [[evacuação|evacuadas]], com exceção das peças mais pesadas, que permaneceram protegidas por [[Saco de areia|sacos de areia]]. O acervo foi inicialmente depositado no [[Castelo de Chambord]] e, a seguir, foi disperso entre vários locais, permanecendo constantemente em mudança, por medidas de segurança. Mesmo esvaziado, o museu reabriu ao público em 1940 com uma coleção de cópias em [[gesso]] de estátuas célebres. Em 1943, com a coleção ampliada, o Museu da Marinha foi transferido para o [[Palácio de Chaillot]].<ref name="História"/>
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=== Pirâmides ===
[[Imagem:Paris, France (Unsplash QrpX-2tPmNY).jpg|thumb|A [[Pirâmide do Louvre]].]]
{{Artigo principal|Pirâmide do Louvre}}
O Palácio do Louvre é uma estrutura quase [[Retângulo|retangular]], composto pela praça do Cour Carrée e duas alas que envolvem o Cour Napoléon a norte e ao sul. No coração do complexo, está a Pirâmide do Louvre, acima do centro dos visitantes. O museu é dividido em três alas: a Ala Sully a leste, que contém a Cour Carrée e as partes mais antigas do Louvre, a Ala Richelieu ao norte, e a Ala Denon, que faz fronteira com o Rio Sena para o sul.<ref>Mignot,&nbsp;p.&nbsp;13</ref>
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=== Antiguidades egípcias ===
[[Imagem:Great Sphinx Tanis Louvre A23 - 01d.jpg|thumb|esquerda|[[Esfinge]] exibida na coleção do museu.]]
 
Com mais de 50 mil objetos, que atestam o profundo interesse francês na área da [[egiptologia]] no século {{séc|XIX}}, abrange os períodos desde o Antigo Egito até a [[arte copta]], incluindo os períodos [[Reino Ptolemaico|helenístico]], [[Egito romano|romano e bizantino]], e seu conjunto oferece uma ampla visão da cultura e sociedade egípcias em todos os seus aspectos. Este departamento foi criado em 1826 por decreto de Carlos X, impressionado pela atuação do egiptólogo [[Jean-François Champollion]]. O acervo cresceu com as remessas de achados arqueológicos das expedições francesas ao Egito.
 
Instalado na Ala Denon e em salas do Cour Carré, a coleção inclui arte, [[papiro]]s, [[múmia]]s, [[amuleto]]s, [[vestuário]], [[joalheria]], [[instrumentos musicais]], jogos e armas. Dentre as peças mais interessantes estão o famoso ''Escriba sentado'', uma faca de pedra e marfim de [[Gebel-el Arak]] com punho decorado com cenas de guerra e de caça, a ''Estela do Rei Serpente'', a cabeça do rei [[Djedefre]], a estátua de [[Amenemhatankh]], o ''Portador de oferendas'', o busto de [[Aquenáton]], e a estátua da deusa [[Hator]], além de [[sarcófago]]s ricamente pintados, frascos para cosméticos e objetos votivos.
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=== Arte islâmica ===
[[Ficheiroimagem:Casket ivory Louvre UCAD4417.jpg|thumb|Caixa, [[marfim]] e [[prata]], [[Invasão muçulmana da península Ibérica|Espanha muçulmana]], [[966]].]]
[[Ficheiroimagem:Saint Blaise Louvre OAR504.jpg|thumb|[[Vitral]] francês, do [[século {{séc|XIII]]}}, representando [[Brás de Sebaste|São Brás]].]]
 
É o departamento mais recente do museu, mas sua coleção de mais de 6 mil itens cobre 13 séculos de história da arte islâmica da Europa, [[Ásia]] e [[África]], entre vidros, metais, madeiras, [[tapete]]s, cerâmicas e [[miniatura]]s. Das suas peças, se destacam como principais: a ''Píxide de al-Mughira'', uma caixa de marfim da [[Andaluzia]]; o ''[[Batistério]] de São Luís'', uma bacia de metal do período [[Mamelucos|mameluco]]; fragmentos do ''[[Shahnameh]]'', um [[poema épico]] de [[Ferdusi]] escrito em [[língua persa|persa]], e o ''Vaso Barberini'', um vaso de metal da [[Síria]].
 
=== Artes decorativas ===
Este departamento cobre desde a [[Idade Média]] até meados do [[século {{séc|XIX]]}}, tendo sido criado como uma subseção do Departamento de Esculturas, e incorporando obras confiscadas na [[Revolução Francesa]] e outras oriundas da [[Basílica de Saint-Denis]], o mausoléu da monarquia francesa. O departamento recebeu grandes acréscimos com a aquisição das coleções Durand, Revoil, Sauvageot e Campana.
 
As peças são exibidas no primeiro pavimento da Ala Richelieu e na Galeria de Apolo. Dentre seus itens mais preciosos estão a coroa de Luís XV, o cetro de [[Carlos V da França|Carlos V]], o bronze ''Nesso e Djanira'' de [[Giambologna]], o ''Vaso Suger'', a tapeçaria ''A caça de Maximiliano'', a coleção de vasos de [[Sèvres]] da [[Madame de Pompadour]] e a decoração dos apartamentos de Napoleão III.
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Ficheiroimagem:Baldassare_Castiglione,_by_Raffaello_Sanzio,_from_C2RMF_retouched.jpg|Rafael: ''Retrato de Baldassare Castiglione'', 1514-1515
Ficheiroimagem:Jan van Eyck 070.jpg|Jan van Eyck: ''A Virgem do Chanceler Rolin'', 1435
Ficheiroimagem:Rembrandt Harmensz. van Rijn 023.jpg|Rembrandt: ''A ceia de Emaús'', 1648
Ficheiroimagem:Peter Paul Rubens 035.jpg|Rubens: ''Chegada de Maria de Médici em Marselha'', c. 1622-1625
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Ficheiroimagem:Jan Vermeer van Delft 016.jpg|Vermeer: ''A rendeira'', c. 1664
Ficheiroimagem:Louis XIV of France.jpg|Hyacinthe Rigaud:''Retrato de Luís XIV'', 1701
 
Ficheiroimagem:Eugène Delacroix - La liberté guidant le peuple.jpg|Eugène Delacroix: ''A Liberdade guiando o Povo'', 1830
Ficheiroimagem:Jacques-Louis David 020.jpg|Jacques-Louis David: ''O juramento dos Horácios'', 1784
 
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=== Esculturas ===
[[Imagem:Visiter le Louvre en été ! (4787187477).jpg|thumb|esquerda|Visitantes observando a [[Vitória de Samotrácia]].]]
 
Concentrado nas peças de escultura criadas antes de 1850 que não se enquadram no departamento de antiguidades etruscas, gregas e romanas. Desde o início, o Palácio do Louvre foi um depósito de obras escultóricas, mas a [[sistema]]tização de suas peças só aconteceu depois de 1824. Seu acervo primitivo era, na verdade, reduzido a cerca de 100 peças, por causa da mudança da corte para Versalhes, e assim permaneceu até 1847, quando [[Léon Laborde]] assumiu o controle do departamento, ampliando a seção de [[arte medieval]], mas nesta época as obras ainda faziam parte do Departamento de Antiguidades. Somente na administração de [[Louis Courajod]], a partir de [[1871]], a representação de esculturas cresceu, especialmente em peças francesas. Com a criação do Museu d'Orsay, parte do acervo recolhido até então foi transferida para lá, permanecendo, no Louvre, as criadas antes de 1850. Atualmente, as peças francesas estão expostas na Ala Richelieu, e as estrangeiras na Ala Denon.
 
O conjunto de escultura da França oferece um painel amplo e farto desta modalidade de arte desde a Idade Média até meados do século {{séc|XIX}}, com uma grande seção de retratos e [[busto]]s oficiais. A Idade Média é ricamente ilustrada com fragmentos de arquitetura e estatuária sacra, em grande parte [[anonimato|anônima]], e onde a ''Tumba de Philippe Pot'', o par representando ''Carlos V e Joana de Bourbon'', a ''Tumba de [[Philippe de Chabot]]'', a ''Fonte de Diana'', e o magnífico conjunto de ''[[Madona|Madonnas]]'' góticas são pontos altos.
 
Dos autores mais recentes e ilustres cujos nomes se conhecem, se contam [[Jean Goujon]], [[Simon Guillain]], [[Jean-Louis Lemoyne]], [[Germain Pilon]], [[Antoine Coysevox]], [[Guillaume Coustou]], [[Nicolas Coustou]], [[Étienne Maurice Falconet]], [[Louis-Messidor-Lebon Petitot|Louis Petitot]], [[Philippe-Laurent Roland]], [[Pierre-Nicolas Beauvallet]], [[Edmé Bouchardon]], [[Jean Antoine Houdon]], [[Augustin Pajou]], [[Jean-Jacques Pradier]], [[Jean-Baptiste Pigalle]] e [[François Rude]]. Dentre os estrangeiros, são, figuras principais, [[Gregor Erhart]], [[Antonio Canova]], [[Giambologna]], [[Adriaen de Vries]], [[Francesco Laurana]], [[Andrea della Robbia|Andrea]] e [[Giovanni della Robbia]], [[Lorenzo Bartolini]] e [[Michelangelo]].
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Ficheiroimagem:Charles V et Jeanne de Bourbon.jpg|Anônimo medieval: ''Carlos V e Joana de Bourbon''
Ficheiroimagem:Michelangelo-The Rebellious Slave.jpg|Michelangelo: ''"O escravo rebelde"'', 1513-16
Ficheiroimagem:Amor Bouchardon Louvre MR 1761.jpg|Edmé Bouchardon: ''Amor fazendo um arco da clava de Hércules,'' 1761
Ficheiroimagem:Canova-eros&psique4u.jpg|Antonio Canova: ''"Psiquê revivida pelo beijo de Eros"'', c. 1787
 
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