Ataque a Mers-el-Kébir: diferenças entre revisões

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Pouco depois, às 17h54, Churchill ordenou que os navios britânicos abrissem fogo contra os navios franceses e eles começaram a partir de 17.500 m (16 km).<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=jbQUDBEWPPIC&printsec=frontcover&dq=The+Road+to+Oran:+Anglo-French+Naval+Relations,+September+1939+%E2%80%93+July+1940&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwiJ98eKyKnaAhUIvZAKHQzZA9AQ6AEIKzAA|título=The Road to Oran: Anglo-French Naval Relations, September 1939-July 1940|ultimo=Brown|primeiro=David|data=2004|editora=Psychology Press|ano=|local=|página=198|páginas=|lingua=en|isbn=9780714654614|acessodata=}}</ref> A terceira salva britânica marcou sucessos e causou uma explosão de revistas a bordo do ''Bretagne'', que naufragou com 977 homens de sua tripulação às 6:09 da tarde. Depois de trinta salvas, os navios franceses pararam de disparar; a força britânica alterou o rumo para evitar o retorno dos fortes costeiros franceses, mas os navios ''Provence,'' ''Dunkerque'' e o destróier ''Mogador'' foram danificados e encalhados por suas tripulações.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=6nbUbwAACAAJ&dq=The+Naval+War+in+the+Mediterranean+1940%E2%80%931943&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwj916m_yKnaAhXMIpAKHQ4dD5IQ6AEIKDAA|título=The Naval War in the Mediterranean 1940-1943|ultimo=Greene|primeiro=Jack|ultimo2=Massignani|primeiro2=Alessandro|data=2011|editora=Naval Inst Press|ano=|local=|páginas=58–59|lingua=en|isbn=9781591145615|acessodata=}}</ref> ''Strasbourg'' e quatro contratorpedeiros conseguiram evitar as minas magnéticas e escapar para o mar aberto sob o ataque de um voo de ''Swordfishs'' armado com bombas de ''Ark Royal''. Os navios franceses responderam com fogo antiaéreo e abateram dois ''Swordfishs'', sendo as tripulações resgatadas pelo destróier [[HMS Wrestler]]. Como o bombardeio teve pouco efeito, às 6:43 da tarde, Somerville ordenou que suas forças continuassem e os cruzadores ligeiros [[HMS Arethusa]] e ''Enterprise'' recrutaram um destróier francês. Às 20h20 Somerville cancelou a perseguição, sentindo que seus navios estavam em más condições para uma perseguição noturna. Após outro ineficaz ataque do ''Swordfish'' às 8h55, ''Strasbourg'' chegou a Toulon em 4 de julho.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=6nbUbwAACAAJ&dq=The+Naval+War+in+the+Mediterranean+1940%E2%80%931943&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwj916m_yKnaAhXMIpAKHQ4dD5IQ6AEIKDAA|título=The Naval War in the Mediterranean 1940-1943|ultimo=Greene|primeiro=Jack|ultimo2=Massignani|primeiro2=Alessandro|data=2011|editora=Naval Inst Press|ano=|local=|páginas=59–60|lingua=en|isbn=9781591145615|acessodata=}}</ref>
 
Em 4 de julho, o submarino britânico HMS Pandora afundou o [[aviso]] francês ([[canhoneira]]) ''Rigault de Genouilly'', partindo de Oran, com a perda de 12 de sua tripulação. Como os britânicos acreditavam que os danos infligidos a Dunkerque e a ''Provence'' não eram sérios, as aeronaves Swordfish do ''Ark Royal'' atacaram Mers-el-Kébir novamente na manhã de 8 de julho. Um torpedo atingiu o barco de patrulha ''Terre-Neuve'', que estava cheio de cargas profundas e atracou ao lado de ''Dunkerque''. ''Terre-Neuve'' afundou rapidamente e as cargas de profundidade dispararam, causando sérios danos a ''Dunkerque''.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=6nbUbwAACAAJ&dq=The+Naval+War+in+the+Mediterranean+1940%E2%80%931943&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwj916m_yKnaAhXMIpAKHQ4dD5IQ6AEIKDAA|título=The Naval War in the Mediterranean 1940-1943|ultimo=Greene|primeiro=Jack|ultimo2=Massignani|primeiro2=Alessandro|data=2011|editora=Naval Inst Press|ano=|local=|páginas=60–61|lingua=en|isbn=9781591145615|acessodata=}}</ref> A última fase da Operação Catapulta foi outro ataque em 8 de julho, por aeronaves da transportadora HMS Hermes contra o couraçado ''[[Richelieu (couraçado)|Richelieu]]'' em [[Dakar]], que foi seriamente danificado. A [[Exército do Ar Francês|Força Aérea Francesa]] (''Armée de l'Air'') fez represálias em Gibraltar, incluindo um ataque noturno indeciso em 5 de julho, quando muitas bombas caíram no mar, e quarenta aviões invadiram em 24 de setembro e no dia seguinte com mais de cem bombardeiros.<ref name=":3">{{Citar web|url=http://www.ibiblio.org/hyperwar/UN/UK/UK-Med-I/index.html|titulo=HyperWar: The Mediterranean & Middle East, Vol. I|data=|acessodata=2018-04-08|obra=www.ibiblio.org|publicado=Ibiblio|ultimo=|primeiro=|pagina=142}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=6nbUbwAACAAJ&dq=The+Naval+War+in+the+Mediterranean+1940%E2%80%931943&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwj916m_yKnaAhXMIpAKHQ4dD5IQ6AEIKDAA|título=The Naval War in the Mediterranean 1940-1943|ultimo=Greene|primeiro=Jack|ultimo2=Massignani|primeiro2=Alessandro|data=2011|editora=Naval Inst Press|ano=|local=|páginas=94–95|lingua=en|isbn=9781591145615|acessodata=}}</ref>{{Referências}}
 
== Consequências ==
 
=== Análise ===
Churchill escreveu mais tarde: "Essa foi a decisão mais odiosa, mais antinatural e dolorosa em que já me envolvi".<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=smk1jgEACAAJ&dq=De+Gaulle:+The+Rebel+1890%E2%80%931944&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjvhJzRjLvaAhWBkpAKHVs1BOYQ6AEILzAB|título=De Gaulle: The rebel, 1890-1944|ultimo=Lacouture|primeiro=Jean|data=1993|editora=Norton|ano=|local=|página=246|páginas=|lingua=en|isbn=9780393309997|acessodata=}}</ref> As relações entre a Grã-Bretanha e a França foram tensas por algum tempo e os alemães desfrutaram de um golpe de propaganda. Somerville disse que foi "... o maior erro político dos tempos modernos e vai levar o mundo inteiro a ficar contra nós ... todos nós nos sentimos completamente envergonhados ...".<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=hgcKoe5VeToC&printsec=frontcover&dq=England's+Last+War+Against+France:+Fighting+Vichy+1940%E2%80%931942&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwiMxOzBjbvaAhWHkZAKHYhjBwcQ6AEIKDAA#v=onepage&q=England's%20Last%20War%20Against%20France:%20Fighting%20Vichy%201940%E2%80%931942&f=false|título=England's Last War Against France: Fighting Vichy 1940-42|ultimo=Smith|primeiro=Colin|data=2010-11-25|editora=Orion|ano=|local=|páginas=86, 88|lingua=en|isbn=9780297857815|acessodata=}}</ref> Embora tenha reacendido a anglofobia na França, a ação mostrou a decisão da Grã-Bretanha de continuar a guerra sozinha e reuniu o Partido Conservador britânico em torno de Churchill (Neville Chamberlain, antecessor de Churchill como primeiro-ministro, ainda era líder do partido). A ação britânica mostrou ao mundo que a derrota na França não reduziu a determinação do governo de lutar, e os embaixadores nos países mediterrâneos relataram reações favoráveis.<ref name=":3" />
 
Os navios franceses em Alexandria, que estavam sob o comando do almirante René-Emile Godfroy, incluindo o navio de guerra Lorraine da Primeira Guerra Mundial e quatro cruzadores, foram bloqueados em 3 de julho pelos britânicos, que ofereceram os mesmos termos que em Mers-el-Kébir. Depois de negociações delicadas, conduzidas pelos britânicos, através do almirante [[Andrew Cunningham]], o almirante francês concordou no dia 7 de julho em desarmar sua frota e permanecer no porto até o fim da guerra.<ref>{{Citar web|url=http://www.ibiblio.org/hyperwar/UN/UK/UK-Med-I/index.html|titulo=HyperWar: The Mediterranean & Middle East, Vol. I|data=|acessodata=2018-4-15|obra=www.ibiblio.org|publicado=Ibiblio|ultimo=|primeiro=|paginas=140–141}}</ref> Alguns marinheiros se juntaram á França Livre, enquanto outros foram repatriados para a França; Surcouf e os navios em Alexandria passaram a ser usados ​​pelos franceses livres depois de maio de 1943. Os ataques britânicos aos navios franceses no porto provocaram a ira dos franceses em relação aos britânicos e aumentaram a tensão entre Churchill e [[Charles de Gaulle]], que foi reconhecido pelo governo francês. Britânico como o líder das Forças Francesas Livres em 28 de junho.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=Jk4GPQAACAAJ&dq=The+French+Navy+in+World+War+II.&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjq0azYkLvaAhWKIpAKHby3CNMQ6AEIMTAB|título=The French Navy in World War Ii|ultimo=Auphan|primeiro=|data=2003-01-01|editora=Textbook Publishers|ano=|local=|páginas=124–126|lingua=en|isbn=9780758129291|acessodata=}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=6h1mQwAACAAJ&dq=Grand+Strategy:+September+1939+%E2%80%93+June+1941&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwih-durkrvaAhWCQpAKHbMsDWYQ6AEIKDAA|título=Grand Strategy. Vol. II. September 1939 - June 1941|ultimo=|primeiro=|data=1957|editora=H.M. Stationery Office|ano=|local=|página=230|páginas=|lingua=en|acessodata=}}</ref>
 
Churchill tinha um motivo secundário para a operação. De acordo com seu secretário particular, Eric Seal, "[Churchill] estava convencido de que os americanos estavam impressionados com a crueldade feita ao se lidar com um inimigo implacável; e em sua mente a reação americana ao nosso ataque à frota francesa em Oran foi de primeira importância" Em 4 de julho, Roosevelt disse ao embaixador francês que ele teria feito o mesmo.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=hgcKoe5VeToC&printsec=frontcover&dq=England's+Last+War+Against+France:+Fighting+Vichy+1940%E2%80%931942&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjdnZL4k7vaAhVJCpAKHdrhBIIQ6AEIKDAA#v=onepage&q=England's%20Last%20War%20Against%20France:%20Fighting%20Vichy%201940%E2%80%931942&f=false|título=England's Last War Against France: Fighting Vichy 1940-42|ultimo=Smith|primeiro=Colin|data=2010-11-25|editora=Orion|ano=|local=|página=92|páginas=|lingua=en|isbn=9780297857815|acessodata=}}</ref> O biógrafo de De Gaulle, [[Jean Lacouture]], culpou principalmente a falta de comunicação pela tragédia; Se Darlan entrasse em contato no dia ou se Somerville possuísse um caráter mais diplomático, um acordo poderia ter sido feito. Lacouture aceitou que havia um perigo que os navios franceses poderiam ter sido capturados por forças terrestres alemãs ou italianas, como provado pela facilidade com que os britânicos confiscaram navios franceses em portos britânicos ou a captura alemã de navios franceses em [[Bizerta]] na Tunísia. em novembro de 1942.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=smk1jgEACAAJ&dq=De+Gaulle:+The+Rebel+1890%E2%80%931944&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjpn9_AlbvaAhWHQZAKHWL_CSAQ6AEILzAB|título=De Gaulle: The rebel, 1890-1944|ultimo=Lacouture|primeiro=Jean|data=1993|editora=Norton|ano=|local=|página=249|páginas=|lingua=en|isbn=9780393309997|acessodata=}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=hgcKoe5VeToC&printsec=frontcover&dq=England's+Last+War+Against+France:+Fighting+Vichy+1940%E2%80%931942&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjdnZL4k7vaAhVJCpAKHdrhBIIQ6AEIKDAA#v=onepage&q=England's%20Last%20War%20Against%20France:%20Fighting%20Vichy%201940%E2%80%931942&f=false|título=England's Last War Against France: Fighting Vichy 1940-42|ultimo=Smith|primeiro=Colin|data=2010-11-25|editora=Orion|ano=|local=|página=404|páginas=|lingua=en|isbn=9780297857815|acessodata=}}</ref>
 
{{Referências}}
 
{{Categorização AD e AB de outras wikis}}