Povos ameríndios: diferenças entre revisões

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===Puberdade e menstruação===
[[Imagem:Ritual de passagem.pdf|thumb|Ritual de passagem]]
Quando o índio ou índia entrava na [[puberdade]] havia um ritual chamado Kariamã entre os povos do baixo Rio Içana da [[Colômbia]] e [[Brasil]]. Nele a pessoa ficava cerca de quinze dias em reclusão, findo os quais era trazida para a casa do pai e colocada ao lado de um recipiente com [[beiju]]s, outro com ''quinhampira'', outro com dois tipos de [[peixe]] cozido, uma [[cabeça]] de [[peixe]] cru e uma [[minhoca]]. Alguém da [[família]] fazia um longo [[discurso]] permeado de conselhos, no fim do qual fazia o(a) iniciado(a) tocar com os [[dedo]]s e depois com os [[lábio]]s a [[cabeça]] de [[peixe]] e depois a [[minhoca]]. A pessoa podia então provar os alimentos dos recipientes, que lhe eram dados por quem fez o discurso. Outra pessoa adulta fazia novo discurso e nova prova dos alimentos. Por fim o [[pai]] servia um pouco do alimento à pessoa e depois a açoitava. Quando a iniciada era [[moça]], podia, a partir deste dia, preparar e se alimentar de [[peixe]] e [[caça]] (embiara) sem sofrer nenhum mal. Os [[Kamaiurá]] do [[Mato Grosso]] ofereciam aos jovens na [[puberdade]], que ficavam reclusos por dois ou três meses, apenas [[água]], [[cauim]] (sem fermentar) e [[peixe]]s não ofensivos.<ref name="galvão"> GALVÃO, Eduardo (1921-1976). '''Encontro de sociedades: Índios e brancos do Brasil'''. Prefácio de Darci Ribeiro. Rio de Janeiro, Paz e Terra. 1979, 300 p.</ref>
Quando o
 
índio ou índia entrava na [[puberdade]] havia um ritual chamado Kariamã entre os povos do baixo Rio Içana da [[Colômbia]] e [[Brasil]]. Nele a pessoa ficava cerca de quinze dias em reclusão, findo os quais era trazida para a casa do pai e colocada ao lado de um recipiente com [[beiju]]s, outro com ''quinhampira'', outro com dois tipos de [[peixe]] cozido, uma [[cabeça]] de [[peixe]] cru e uma [[minhoca]]. Alguém da [[família]] fazia um longo [[discurso]] permeado de conselhos, no fim do qual fazia o(a) iniciado(a) tocar com os [[dedo]]s e depois com os [[lábio]]s a [[cabeça]] de [[peixe]] e depois a [[minhoca]]. A pessoa podia então provar os alimentos dos recipientes, que lhe eram dados por quem fez o discurso. Outra pessoa adulta fazia novo discurso e nova prova dos alimentos. Por fim o [[pai]] servia um pouco do alimento à pessoa e depois a açoitava. Quando a iniciada era [[moça]], podia, a partir deste dia, preparar e se alimentar de [[peixe]] e [[caça]] (embiara) sem sofrer nenhum mal. Os [[Kamaiurá]] do [[Mato Grosso]] ofereciam aos jovens na [[puberdade]], que ficavam reclusos por dois ou três meses, apenas [[água]], [[cauim]] (sem fermentar) e [[peixe]]s não ofensivos.<ref name="galvão">GALVÃO, Eduardo (1921-1976). '''Encontro de sociedades: Índios e brancos do Brasil'''. Prefácio de Darci Ribeiro. Rio de Janeiro, Paz e Terra. 1979, 300 p.</ref>
 
Entre os Tuyuca mulheres menstruadas e homens que participavam de rituais deviam restringir seus hábitos alimentares.<ref name="pib"> POVOS INDÍGENAS NO BRASIL (2002). '''Tuyuka'''. Disponível em http://pib.socioambiental.org/pt/povo/tuyuka/print Consulta em 29/08/2012</ref>