Censura: diferenças entre revisões

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A convivência quotidiana com a censura pode suscitar, entre os produtores [[cultura]]is e formadores de opinião, uma atitude de defesa bastante corrosiva - a autocensura, que consiste em evitar a abordagem de certos assuntos ou a não expressar opiniões que possam gerar situações de confronto com o poder.
 
== Censura na Ditadura Militar ==
Em Abril de 1964, o governo de João Goulart foi derrubado por um golpe liderado por uma força militar. O regime da ditadura militar começou poucos dias depois.
 
Foram criados atos institucionais que reforçavam o Governo Militar, sendo que o mais conhecido - o AI-5 - foi criado em Dezembro de 1968, e anulava todos os elementos da Constituição de 1967 que poderiam ser usados contra o poder instituído.
 
Surgiram várias outras medidas, entre elas a criação de um Conselho Superior de Censura, que tinha como objetivo controlar e julgar órgãos de comunicação que não cumprissem as regras estabelecidas. O Correio da Manhã foi um desses órgãos, que acabou fechado em 1970. Alguns autores afirmam que os primeiros censores alistados pela Ditadura Militar eram jornalistas.
 
A censura ocorria em várias manifestações culturais como cinema, literatura e televisão. Entre 1968 e 1978, centenas de livros, músicas e peças teatrais foram proibidos pela censura.
 
Muitos artistas foram presos ou exilados, outros viram o seu trabalho ser cortado pela censura. Na vasta lista de artistas mais censurados, estão Caetano Veloso, Elis Regina, Milton Nascimento, Chico Buarque e Raul Seixas, que são alguns dos nomes mais conhecidos.
 
Apesar da censura, alguns artistas conseguiram contornar a censura através da sua criatividade e genialidade de escrita. Um exemplo claro é a música ''Cálice'', da autoria de Chico Buarque, onde a palavra "cálice" é comparada com "cale-se" e a frase "Pai, afasta de mim esse cálice" pode querer dizer "afasta de mim esse Regime".
 
== Análise da utilização da censura ==