Alberto Seixas Santos: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m rm link para a própria página, outros ajustes usando script
Linha 23:
Frequentou o Curso de Ciências Histórico-Filosóficas na [[Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa|Faculdade de Letras]] da [[Universidade de Lisboa]]. A partir de 1958 trabalhou como crítico de cinema em diversas publicações. Em 1962 estudou em [[Paris]], frequentando o [[Institut d'Hautes Études Cinématographiques]] e, no ano seguinte, a [[London Film School]].
 
Pertencente a umaà geração de cineclubistascineastas portugueses formada nos cineclubes de [[Lisboa]] — (foi dirigente do ABC - Cineclube de Lisboa) —, Seixas Santos, cineasta do movimento do [[Novo Cinema]], começou por filmar documentários - ''A Arte e o Ofício de Ourives'' e ''Indústria Cervejeira em Portugal'' (1968). Foi, em 1970, um dos fundadores do [[Centro Português de Cinema]], entidade apoiada pela [[Fundação Calouste Gulbenkian]], ao tempo presidida por [[José de Azeredo Perdigão]], que permitiu aos cineastas do [[Cinema Novo Português]] iniciar a sua atividade na realização cinematográfica.
 
''Brandos Costumes'', é a sua primeira longa-metragem de Seixas Santos, tendo sido rodada entre 1972 e 1975 e escrita em parceria com os escritores [[Luiza Neto Jorge]] e [[Nuno Júdice]],. O argumento consiste traçanuma umnarrativa paraleloparalela entre o quotidiano de uma família da média burguesia e o trajectotrajeto do regime emanado do golpe militar de [[28 de maio de 1926]], que precedeu a institucionalização do [[Estado Novo]]. Este filme foi seleccionado, em competição, para o [[Festival de Berlim|Festival de Cinema de Berlim]].
 
FoiNo período revolucionário do pós-[[25 de abril de 1974]] Seixas Santos foi um dos realizadores de ''[[As Armas e o Povo]]'', tambémfilme de 1975coletivo, filmeestreado colectivoem [[1975]], que retrata a primeira semana de [[Revolução dos Cravos]], cobrindofazendo osuma acontecimentoscobertura dodesde a semana de [[25 de abril]] aoaté [[1 de maio]] de [[1974]]. Seguindo a mesma linha política, realizou em [[1976]] o filme, também colectivo, ''A Lei da Terra'', exibido no [[Festival de Leipzig]], que tem como tema o processo de reforma agrária então em curso. Neste mesmo ano foi nomeado presidente do [[Instituto Português de Cinema]] (IPC). Foi um dos fundadores da cooperativa Grupo Zero, à qual pertenceram cineastas como [[João César Monteiro]], [[Jorge Silva Melo]], [[Ricardo Costa (cineasta)|Ricardo Costa]], [[Margarida Gil]], [[Solveig Nordlund]] e o director de fotografia [[Acácio de Almeida]].
 
''Gestos e Fragmentos'', de 1982, aborda a relação entre os militares e o poder em Portugal, baseando-se nas vivências do célebre capitão de Abril, [[Otelo Saraiva de Carvalho]], nos pontos de vista do filósofo e ensaísta [[Eduardo Lourenço]] e do jornalista e realizador americano [[Robert Kramer]]. Esta longa metragem participou no [[Festival de Veneza]] desse mesmo ano.