Língua catalã: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Foram revertidas as edições de 2804:14C:6184:8275:1138:3023:D562:B464 (usando Huggle) (3.3.3)
Etiquetas: Huggle Reversão
Linha 23:
| mapa = [[Ficheiro:Catalan language in Europe.png|300px|Domínio geolinguístico do catalão]] <small>{{legenda|#00A86B|Territórios catalanofalantes onde o catalão é oficial}} {{legenda|#50C878|Territórios catalanofalantes onde o catalão não é oficial}} {{legenda|#77dd77|Territórios historicamente não-catalanofalantes onde o catalão é oficial}}
}}
O '''catalão'''{{Nota de rodapé|(endónimo ''català'' {{IPA-ca|kətəˈla|alt}} ou {{IPA-ca|kataˈla|}})}} é uma [[Línguas românicas|língua românica]] derivada do [[latim vulgar]] falado pelos [[Romanos antigos|romanos]] na [[Idade Antiga]]. Distribuído por uma superfície de {{Formatnum:68730 km²}}, os seus 10 milhões de falantes distribuem-se por toda a vertente oriental da [[Península Ibérica]], [[Ilhas Baleares]] e na cidade de [[Alghero|Algueiro]] (na Sardenha).<ref name=":0">{{citar periódico|data=|titulo=El català, llengua d'Europa|editora=Departament de la Vicepresidència. Secretaria de Política Lingüística. Generalitat de Catalunya.|url=http://llengua.gencat.cat/web/.content/documents/publicacions/catala_llengua_europa/arxius_2/cat_europa_catala_07.pdf|língua=catalão}}</ref> O idioma possui cinco grandes dialetos ([[Língua valenciana|valenciano]], norte-ocidental, central, balear e rossilhonês), que juntamente com o algueirês se dividem em 21 variantes agrupadas em dois grandes blocos: o [[catalão ocidental]] e o [[Catalão oriental|oriental]]. A norma padrão do catalão é estabelecida pelo [[Instituto de Estudos Catalães]], baseando-se na ortografia, gramática e dicionário de [[Pompeu Fabra|Pompeu Fabra i Poc]]. Em território [[Comunidade Valenciana|valenciano]], a [[Academia Valenciana da Língua]] regula as variantes específicas dessa região usando as [[Normas de Castelló]], adaptada à [[fonologia]] do catalão ocidental e integrando os rasgos distintivos dos dialetos valencianos.
 
Com os [[Decretos do Novo Plano]], o catalão foi substituído como [[língua administrativa]] pelo castelhano, em [[1716]] na [[Catalunha]], e no País Valenciano em [[1707]]. Na [[Catalunha do Norte]] já fora substituído pelo francês em [[1700]]. A oficialidade foi recuperada no último quartel do [[século XX]], com a [[Transição Espanhola]], depois da entrada em vigor dos diferentes [[Estatutos de Autonomia]] da [[Estatuto de Autonomia da Catalunha|Catalunha]], [[Ilhas Baleares]] e do [[País Valenciano]].
Linha 801:
O catalão é considerado uma língua galo-românica, isto porque, o catalão e o occitano estiveram em conta(c)to durante muitos anos por razões geopolíticas. O século XIX começa com uma invasão francesa que anexa, temporariamente, a Catalunha ao Império francês o que vem acentuar ainda mais as semelhanças entre o catalão e o occitano, que por sua vez tem também semelhanças com o francês. A língua occitana pode ser classificada como língua de adstrato, isto é, influenciam-se mutuamente, o catalão e o occitano. Quanto às línguas de substrato em relação ao Latim, na época da romanização da Península Ibérica, temos as línguas dos povos gregos e cartagineses que habitavam na zona da atual Catalunha que, embora seja débil, é evidente na toponímia e algum léxico. Depois da romanização da Península Ibérica, o catalão foi evoluindo, tal como as outras variedades ibéricas, chegando a uma certa altura em que os falantes começaram a consciencializar-se que o que falavam não era mais o latim vulgar, trazido por soldados e "plebeu", mas sim um dialeto que com o tempo havia-se distanciado da sua origem latina. Isto pode ser observado através de textos da altura escritos por pessoas pouco letradas que escreviam no seu "dialeto" (catalão na atualidade) e que através dos seus testemunhos deixavam escapar algumas "catalanices", desrespeitando a norma, que na época seria o Latim vulgar. Após a romanização da Península, esta é invadida por povos germânicos, os Visigodos, que expulsos pelos francos instalaram-se na Península, fazendo de Toledo a sua capital. Mas rapidamente, os Visigodos, perceberam o quão romanizada estava a Península e decidiram ao invés de impor a sua língua, adquirir a língua autóctone. Portanto, o superstrato germânico neste caso, reduz-se apenas a antropónimos, topónimos e algum léxico, ainda que pouco, por exemplo: ''guerra'', ''espia'' e ''elmo'' (tipo de capacete). A maior influência foi, claramente, a influência da língua occitana, devido ao seu contacto permanente com a língua, invasões, etc. Influências posteriores às já referidas, é o castelhano, sendo este o mais flagrante, devido ao seu contacto e pressão sobre o catalão. Em 1137 dá-se a união entre o Reino de Aragão e o Condado de Barcelona, ou seja, a Catalunha aumentou o seu território mantendo a sua corte que continuava a usar o Catalão como língua de comunicação. Mais tarde, em 1479, a Coroa de Aragão (que incluía já a Catalunha) une-se a Castela, o Reino que mais prosperava na época. Isto comportou para os catalães a perda de uma corte catalã o que viria a ter repercussões negativas para o catalão. Quanto mais Castela avançava, mais progredia o castelhano em relação ás outras línguas. Desde a união de Aragão com Castela, isto em 1479, sensivelmente, o catalão tem vindo a mostrar um desequilibro em relação ao castelhano, como mostram os últimos estudos da situação actual da língua.
 
Quanto à influência catalã noutras línguas, temos o subdialeto dos dialetos meridionais do espanhol Ibérico, o Murciano. Dialeto este falado na comunidade autónoma de Múrcia, que partilha alguns traços fonéticos com o catalão, salientando a conservação esporádica de surdas intervocálicas (acachar, pescatero) e a manutenção do grupo -ns- (ansa e panso (cast.: asa e paso)). Também partilha, o Murciano, algum léxico com o aragonês e o catalão, isto porque, quando Múrcia foi reconquistada pelos cristãos a região foi repovoada com catalãs, valencianos e aragoneses o que influenciou o dialecto que hoje conhecemos como o Murciano.<ref>{{Citar livro|autor=Pilar García Mouton |título=Lenguas y dialectos de Espanã |línguaautor=esPilar |edição=1994 |local=MadridGarcía Mouton|editora=Arco Libros |ano=1994 |local=Madrid|páginas=36 |língua=es|isbn=84-7635-164-X |edição=1994}} [http://www.ramonllull.net/sw_instituto/l_br/historiadalingua.htm]</ref>
 
== Ver também ==