Crucificação: diferenças entre revisões

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Crê-se que foi criado na [[Pérsia]]<ref>[http://www.terra.com.br/noticias/educacao/infograficos/penas-de-morte-vc-sabia/ Todos condenados à cruz eram crucificados vivos?] Terra</ref>, sendo trazido no tempo de [[Alexandre, o Grande|Alexandre]] para o [[Ocidente]], sendo então copiado dos [[cartagineses]] pelos itálicos. Neste ato combinavam-se os elementos de [[vergonha]] e [[tortura]], e por isso o processo de crucificação era olhado com profundo horror. O castigo da crucificação começava com [[flagelação]], depois do criminoso ter sido despojado de suas vestes. No [[azorrague]] os [[soldado]]s fixavam os [[wikt:prego|pregos]], pedaços de [[wikt:osso|ossos]], e coisas semelhantes, podendo a tortura do açoitamento ser tão forte que às vezes o flagelado morria em consequência do [[wikt:açoite|açoite]]. O flagelo era cometido ao réu estando este preso a uma coluna.
 
 
 
No ato de crucificação a [[vítima]] era pendurada de braços abertos em uma [[cruz]] de [[madeira (material)|madeira]], amarrada ou, raramente{{Carece de fontes|geo|si|data=2013-04}}, presa a ela por pregos perfurantes nos [[punho]]s e [[pé]]s. O peso das [[perna]]s sobrecarregava a musculatura abdominal que, cansada, tornava-se incapaz de manter a [[respiração]], levando à [[morte]] por [[asfixia]]. Para abreviar a morte os torturadores às vezes [[:wikt:fratura|fratura]]vam as pernas do condenado, removendo totalmente sua capacidade de sustentação, acelerando o processo que levava à morte. Mas era mais comum{{Carece de fontes|geo|si|data=2013-04}} a colocação de "bancos" no crucifixo, que foi erroneamente interpretado como um pedestal. Essa prática fazia com que a vítima vivesse por mais tempo. Nos momentos que precedem a morte, falar ou gritar exigia um enorme esforço.
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[[File:Burmese Dacoits Readied for Execution by WW Hooper c1880s.jpg|thumb|left|"Dacoits birmaneses preparados para execução", fotografia por Willough Wallace Hooper (c. 1880). "Dacoit" é um anglicismo da palavra "bandido" no idioma Hindu.]]
 
O tempo necessário para alcançar a morte poderia varia de horas a dias dependendo do método, da saúde da vítima e do ambiente. Uma revisão de literatura feita por Maslen and Mitchell<ref name=Maslen2006>{{cite journal|last=Maslen|first=Matthew|author2=Piers D Mitchell|title=Medical theories on the cause of death in crucifixion|journal=Journal of the Royal Society of Medicine|data=2006-04-01|volume=99|issue=4|pages=185–188|doi=10.1258/jrsm.99.4.185|pmid=16574970|pmc=1420788}}</ref> identificou evidências científicas para diversas possíveis causas de morte: ruptura cardíaca,<ref name="StroudSimpson1871">{{cite book|author1=William Stroud|author2=Sir James Young Simpson|title=Treatise on the Physical Cause of the Death of Christ and Its Relation to the Principles and Practice of Christianity|url=https://books.google.com/books?id=HmVnPAAACAAJ|acessodata=2013-03-12|year=1871|publisher=Hamilton, Adams & Company}}</ref> falha cardíaca,<ref>{{cite journal|last=Davis|first=CT|title=THE CRUCIFIXION OF JESUS. THE PASSION OF CHRIST FROM A MEDICAL POINT OF VIEW|journal=Arizona Medicine|year=1962|volume=22|page=182}}</ref> [[hipovolemia]],<ref name="Zugibe2005">{{cite book|author=Frederick T. Zugibe|title=The Crucifixion of Jesus: A Forensic Inquiry|url=https://books.google.com/books?id=_iU4CPSvDK4C|acessodata=2013-03-12|data=2005-04-30|publisher=Rowman & Littlefield|isbn=978-1-59077-070-2}}</ref> [[acidose]],<ref name=Wijffels>{{cite journal|last=Wijffels|first=F|title=Death on the cross: did the Turin Shroud once envelop a crucified body?|journal=Br Soc Turin Shroud Newsl|year=2000|volume=52|issue=3}}</ref> [[asfixia]],<ref name="Barbet1953">{{cite book|author=Pierre Barbet|title=A Doctor at Calvary: The Passion of Our Lord Jesus Christ as Described by a Surgeon|url=https://books.google.com/books?id=F509AAAAYAAJ|acessodata=2013-03-12|year=1953|publisher=Kenedy}}</ref> [[Arritmia Cardíaca|arritmia]],<ref name="Edwards1986">{{cite journal|last=Edwards|first=WD|author2=Gabel WJ|author3=Hosmer FE|title=On the physical cause of death of Jesus Christ|journal=Journal of the American Medical Association|year=1986|volume=255|issue=11|pages=1455–1463|doi=10.1001/jama.255.11.1455|url=http://www.creativeyouthideas.com/resources/crucifixion_of_christ.pdf}}<!--|acessodata=2013-03-13--></ref> e [[embolia pulmonar]].<ref name=Brenner2005>{{cite journal|last=Brenner|first=B|title=Did Jesus Christ die of pulmonary embolism?|journal=J Thromb Haemost|year=2005|volume=3|pages=1–2}}</ref> A morte poderia resultar de qualquer combinação de um desses fatores ou de outras causas, incluindo [[sepse]] seguida de infecção devida às feridas causas pelos pregos ou pela [[flagelação]] que frequentemente precedia a crucificação, eventual [[desidratação]], ou predação animal.<ref>{{Cite journal|vauthors=Edwards WD, Gabel WJ, Hosmer FE|title=On the physical death of Jesus Christ|journal=JAMA |volume=255 |issue=11|pages=1455–63|data=1986-03-21|pmid=3512867|doi=10.1001/jama.1986.03370110077025|url=http://jama.ama-assn.org/cgi/content/abstract/255/11/1455}}</ref><ref name=patho>{{cite journal|vauthors=Retief FP, Cilliers L |title=The history and pathology of crucifixion |journal=South African Medical Journal|volume=93|issue=12|pages=938–41|data=2003-12-01|pmid=14750495}}</ref>
 
Uma teoria atribuída a [[Pierre Barbet (médico)|Pierre Barbet]] atesta que, quando todo o peso do corpo é suportado pelos braços esticados, a causa típica da morte era [[asfixia]].<ref>[http://www.columbia.edu/cu/augustine/arch/barbet.html Columbia University page of Pierre Barbet on Crucifixion]</ref> Ele escreveu que o condenado teria muita dificuldade para inspirar, devida à super expansão dos músculos do tórax e pulmões. O condenado deveria então suspender-se pelos braços, levando a [[Fatiga (médica)|exaustão]], ou ter seus pés apoiados por um suporte ou peça de madeira. Quando não podia mais sustentar seu corpo, o condenado morreria em poucos minutos. Alguns acadêmicos, inclusive [[Frederick Zugibe]], atestam outras causas da morte. Zugibe suspendeu indivíduos em testes com seus braços de 60° a 70° da vertical. As cobaias tiveram dificuldade de respirar durante os experimentos, mas sofreram rapidamente um aumento da dor, <ref>{{Cite book|last=Zugibe|first=Frederick T|authorlink=Frederick Zugibe|title=The cross and the shroud: a medical inquiry into the crucifixion|publisher=Paragon House|location=New York|year=1988|isbn=0-913729-75-2}}{{Page needed|data=2010-07-01}}</ref><ref>{{Cite book|author=Zugibe, Frederick T. |title=The Crucifixion Of Jesus: A Forensic Inquiry |publisher=M. Evans and Company |location=New York |year=2005 |pages= |isbn=1-59077-070-6}}{{Page needed|data=2010-09-01}}</ref> o que é consistente com o uso Romano da crucificação para atingir uma morte prolongada e agonizante. Não obstante, a posição dos pés das cobaias de Zugibe não são referendadas por qualquer evidência histórica ou arqueológica.<ref>{{cite journal|pmc=1420788|pmid=16574970|doi=10.1258/jrsm.99.4.185|volume=99|issue=4|title=Medical theories on the cause of death in crucifixion|year=2006|journal=J R Soc Med|pages=185–8|last1=Maslen|first1=MW|last2=Mitchell|first2=PD}}</ref>
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Crucificação foi usada como forma de punição de prisioneiros durante a [[Segunda Guerra Mundial]]. [[Ringer Edwards]], um australiano prisioneiro de guerra, foi crucificado por matar gado, junto com outros dois. Ele sobreviveu 63 horas antes de ser baixado.
 
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===Myanmar===