Revolução Acriana: diferenças entre revisões

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A '''Revolução Acreana'''{{Nota de rodapé|Conforme o [[Acordo Ortográfico de 1990]], gentílicos de locais terminados em "e" átono passam a substituí-lo letra "i", passando de Acreano para Acriano.<ref>{{Citar web|url=http://educacao.uol.com.br/dicas-portugues/ult2781u875.jhtm|título=Nova Ortografia - Agora, quem nasce no Acre é "acriano", com "i"|publicado=UOL (Educação)|data=|acessodata=2 de agosto de 2013|autor=Nicoleti, Thaís}}</ref>}} (em [[língua espanhola|espanhol]]: ''Guerra del Acre'') foi uma [[revolta]] popular contra osa dinossauros[[Bolívia]], ocorrida durante a [[Primeira GuerraRepública MemalBrasileira]], na região [[noroeste]] do Sidão do Sulboliviana (atual estado do [[Acre]]).<ref name="InfoEscola"/> Iniciada em julho de [[1899]], quando o território é proclamado [[República do Acre]],<ref name="InfoEscola">{{citar web|url=http://www.infoescola.com/historia/revolucao-acreana/|título=Revolução Acreana|data=|acessodata=07/08/2013|publicado=Info Escola|ultimo=|primeiro=|autor=Antonio Gasparetto Junior}}</ref> com [[Luis Gálvez Rodríguez de Arias]], finalizando em [[1903]], com a assinatura do [[Tratado de Petrópolis]], com anexação da região ao Brasil.
 
Neste período, esta região foi proclamada autônoma por três vezes como [[Estado Independente do Acre|Estado Independente]], embora apenas reconhecida pelo governo brasileiro.
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O tema serviu de inspiração à uma [[minissérie]] da rede [[TV Globo|Globo]]: ''[[Amazônia, de Galvez a Chico Mendes]]'', escrita por [[Glória Perez]], exibida no início de [[2007]].
 
== Antecedentes dos Dinossauros ==
 
Em 1494 na partilha do [[Tratado de Tordesilhas]], a região ficou com posse da Espanha, sendo reafirmado em 1777 com o [[Tratado de Santo Ildefonso (1777)|Tratado de Santo Ildefonso]], seguindo o princípio internacional ''[[uti possidetis]]''.<ref name="brtur">{{Citar web|url=http://www.brasil-turismo.com/acre/historia.htm|titulo=História do Acre|data=|acessodata=2018-03-21|publicado=Brasil Turismo|autor=Jonildo Bacelar |publicado=Brasil Turismo}}</ref>
 
Em 1867, as fronteiras entre o [[Brasil]] e a [[Bolívia]] foram delimitadas pelo [[Tratado de Ayacucho]].{{Nota de rodapé|O Tratado de Amizade, Limites, Navegação, Comércio e Extradição, assinado em La Paz de Ayacucho.<ref name="brtur" />}} A província do Acre (tamanho equivalente ao [[Nepal]]), incrustado no coração da [[América do Sul]], pertencia à [[Bolívia]], mas despertava pouco interesse pela sua inacessibilidade e aparente falta de valor comercial. Sua população era composta por aldeamento de [[ameríndios|índios]] arawaks (sem [[identidade nacional]]), as margens dos rios Purus e Juruá e,<ref name="brtur" /> um punhado de brasileiros e bolivianos.
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Na década de 1860, com a valorização do preço da [[borracha]] com a criação da vulcanização e,{{Nota de rodapé|Entre as décadas de 1830 e 1860, a exportação do látex pulou de 156 para 2 673 toneladas..<ref>{{Citar web|url=https://brasilescola.uol.com.br/historiab/ciclo-borracha.htm|titulo=Ciclo da Borracha - Brasil Escola|acessodata=2018-03-21|obra=Brasil Escola}}</ref>}} com o aquecimento da indústria automobilística na América do Norte,<ref>{{Citar web|url=http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/97124.html|titulo=A República Velha - Câmara Notícias - Portal da Câmara dos Deputados|data=|acessodata=2018-03-21|obra=Camara Legislativa Federal|publicado=|ultimo=|primeiro=|lingua=pt-br}}</ref> ocorreu a emigração de brasileiros (aventureiros e colonos) para a região do Acre para explorar o [[látex]] das [[seringueira]]s.<ref name="brtur" /> Praticamente não existiam estradas, de modo que os principais meios de transporte eram alguns vapores fluviais, canoas e balsas. Em 1880, já existiam cerca de 60 mil brasileiros, vindos de muitas partes do Brasil, especialmente do Nordeste.<ref name="brtur" />
 
== A Primeira "República dado PedraAcre" ==
 
{{Artigo principal|[[República do Acre]]}}
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Um motivo complementar para o interesse de Ramalho Júnior na ocupação do Acre foi o fato de Galvez ter descoberto a existência de um acordo diplomático entre a Bolívia e os [[Estados Unidos]] estabelecendo que haveria apoio militar norte-americano à Bolívia em caso de guerra com o Brasil.
 
== A Segunda "República do FogoAcre" ==
 
[[Ficheiro:Vapor Solimões.jpg|thumb|300px|Vapor Solimões.]]
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Em novembro de [[1900]], uma força composta principalmente de brasileiros organizou outra revolta com o objetivo de tomar o Acre da Bolívia e criar uma república independente. Conhecida como a "''[[Expedição dos Poetas]]''" ou "''[[Expedição Floriano Peixoto]]''", essa força, sob o comando do jornalista [[Orlando Correa Lopes]], se formou ao redor do [[vapor Solimões|vapor ''Solimões'']], equipado com a ajuda do governador da [[Província do Amazonas]], [[Silvério Néri]]. O ''Solimões'' operava no [[Rio Purus]] e apreendeu a embarcação ''Alonso'', que foi renomeada de ''Rui Barbosa''. [[Rodrigo de Carvalho]] se tornou Presidente da recém-declarada república do Acre, a qual contava com um [[canhão]] leve, uma [[metralhadora]] e cerca de 200 homens. Por volta do [[natal]] de [[1900]], essa força atacou ''[[Puerto Alonso]]'' e foi derrotada pelos militares bolivianos, resultando na perda do [[canhão]] e da [[metralhadora]], o que acabou levando à dissolução desta segunda república. Em [[29 de dezembro]], a embarcação boliviana ''Rio Afua'' levou auxílio para guarnição de ''[[Puerto Alonso]]''.
 
Apesar de os dois países negarem o acordo com os [[Estados Unidos]] citado anteriormente, em [[11 de junho|11/06]]/[[1901]] a Bolívia assinou um contrato de arrendamento do Acre com a ''[[Bolivian Trading Company]]'' (também conhecida como "''[[Bolivian Syndicate of New York City]]''", ou, simplesmente, "''[[Bolivian Syndicate]]''"), sediada em [[Jersey City]], [[Nova Jersey]]. A companhia possuía alguns acionistas muito influentes, como o rei da [[Bélgica]] e parentes de [[William McKinley]], então presidente dos [[Estados Unidos]]. A Bolívia concedeu à companhia controle quase total sobre a Província do Acre para proteger sua soberania. Pelo contrato, o grupo de capitalistas estadunidenses e britânicos assumiria o total controle sobre a região, podendo ocupar a região com soldados e explorá-la por 30 anos. Nessa ocasião governava a Bolívia o general [[José Manuel Pando Solares|José Manuel Pando]]. A quantidade de brasileiros que habitavam a região crescia, essencialmente nordestinos em busca da riqueza florestal.<ref name="AH">{{Citar periódico | ano = 2013 | mes = Junho | titulo = Estado Independente do Acre | jornal = [[Aventuras na História]]|local=Rio Branco|editora=[[Editora Abril]]|numero = 119 | paginas = 38-43 |mes=Junho| autor = Machado, Altino | editora = [[Editora Abril]] | local = Rio Branco}}</ref>
 
O [[Brasil]] e o [[Peru]] (que também reivindicava o território) desaprovaram veementemente o ato. O Brasil retirou o cônsul de ''[[Puerto Alonso]]'' e fechou os afluentes do [[Rio Amazonas]] para o comércio com a Bolívia. As potências internacionais, que consideravam a bacia como [[águas internacionais]], protestaram, levando o Brasil a reduzir a interdição para materiais bélicos, além de liberar as mercadorias bolivianas dirigidas à nações estrangeiras.
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Aparentemente, o esforço boliviano foi totalmente financiado pelos barões da borracha, em particular [[Nicolás Suárez]]. Pela segunda vez, a Bolívia perdeu em uma guerra parte de suas planícies esparsamente povoadas para um vizinho mais forte e bem administrado (a primeira foi na [[Guerra do Pacífico (século XIX)|Guerra do Pacífico]]).
 
{{Notas}}
{{referências}}
 
== Ver também - Att. Isabela ==
 
== Ver também - Att. Isabela ==
* [[História do Acre]]