Nobreza da Itália: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Servius Tullius by Frans Huys.jpg|thumb|Retrato imaginário de [[Sérvio Túlio]], sexto rei de Roma, que teria estabelecido pela primeira vez na [[história da Itália]] os conceitos fundamentais da nobreza, em essência seguidos até a contemporaneidade.]]
A '''nobreza da Itália''' compunhafoi a aristicracia[[classe dosocial]] reino , que era responsavel por ajudarsuperior na administração do país,[[Itália]] até ao proclamaçãoadvento da república italiana[[República Italiana]]. Os nobres tinham um estatuto legal específico, e eram detentores da maior parte das riquezas e de diversos privilégios negados às outras classes, principalmente políticos. Na maioria dos antigos estados italianos pré-[[Risorgimento|Unificação]] era a única classe que tinha acesso aos cargos de alto escalão do governo. Também praticamente monopolizaram por longo tempo os postos mais distinguidos nas milícias e na [[Igreja Católica]]. Houve vários sistemas diferentes de nobreza ao longo do tempo e nas várias regiões.
 
==Origens==
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A nobreza italiana remonta à [[Roma Antiga]]. Depois de sua fundação como cidade-Estado, seu primeiro sistema de governo foi uma [[monarquia]], com um rei que concentrava vários poderes e era assistido pelo senado e por outros oficiais. A elite aparentemente era um [[patriciado]], composto por cerca de 200 famílias que alegavam descendência dos clãs fundadores, derivados de [[povos itálicos]] e [[etruscos]] que viviam em aldeias na área há milênios. Essas famílias, chamadas ''[[Gente (Roma Antiga)|gentes]]'', controlavam o [[Senado romano|senado]] e as principais instâncias do governo, e detinham a maior parte das terras e riquezas, mas pouco se sabe de sua sociedade, ainda envolta em lenda.<ref name="Fraccaro">Fraccaro, Plinio. "Patriziato". In: Cappelletti, Vincenzo & Nisticò, Gabriella. ''Enciclopedia Italiana''. Istituto Giovanni Treccani, 1935</ref><ref name="Tosi">Tosi, Mario. ''La società romana dalla feudalità al patriziato: (1816-1853)''. Ed. di Storia e Letteratura, 1968</ref> [[Sérvio Túlio]], o sexto [[rei de Roma]], teria sido o primeiro a dividir a população em classes a partir dos critérios da riqueza, antiguidade e prestígio familiar, cada classe com direitos e deveres distintos, consagrando alguns dos principais fundamentos da nobreza como classe e como conceito ao longo dos milênios que viriam.<ref>Cornell, T. ''The beginnings of Rome: Italy and Rome from the Bronze Age to the Punic Wars (c. 1000 – 264 BC)''. Routledge, 1995, pp. 186-196</ref>
 
Mais tarde, instaurou-se uma [[República Romana|república]], onde a elite reorganizou seu patriciado, continuando a ser a classe que monopolizava o poder. Essas famílias mantinham uma grande rede de “[[clientelismo|clientes]]”, como se chamavam os membros mais pobres e distantes do tronco dominante, incluindo também amigos e meros parasitas, aos quais o chefe da ''gens'' dispensava ajuda e favores em troca de lealdade e, muitas vezes, da prestação de serviços diversos na administração do patrimônio gentílico, formando verdadeiras “empresas” familiares, cristalizando um costume entre as famílias da elite que se perpetuou por milênios depois e que misturava tranquilamente interesses privados com negócios de Estado.<ref name="Fraccaro"/><ref name="Tosi"/>
 
Após o {{séc|II}}, outros grupos sociais de menor relevância, ao adquirirem projecção social e política, passam a participar ao lado das ''gens'' nas tarefas administrativas, levando ao surgimento da ''[[nobilitas]]'' (nobreza romana), definida pelo conjunto específico daqueles que exerciam cargos e funções civis e militares no aparelho burocrático do [[Império Romano]] tardio.