Ayaan Hirsi Ali: diferenças entre revisões

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Em Maio de 2006, o programa de televisão neerlandês "Zembla" noticiou que Hirsi Ali tinha prestado falsa informações sobre o seu verdadeiro nome, a sua idade e o seu país de origem quando solicitou asilo político nos Países Baixos. Zembla realizou pesquisas na Holanda, no Quênia, na Somália e no Canadá. Seu irmão Mahad e uma mulher velada que afirmava ser sua tia vieram falar do seu casamento. O programa conversou com o homem com quem ela se teria casado, o qual disse Ayaan ter casado com ele de livre vontade, e visitou as escolas onde Ayaan cresceu.<ref>{{citar web|url=https://zembla.bnnvara.nl/nieuws/de-heilige-ayaan|titulo=De heilige Ayaan|data=11 de Maio de 2006|acessodata=|publicado=Zembla|ultimo=|primeiro=}}</ref> <ref>{{citar web|url=https://zembla.bnnvara.nl/nieuws/the-holy-ayaan|titulo=The holy Ayaan|data=11 de Maio de 2006|acessodata=|publicado=Zembla|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
No entanto, o nome real, idade e país de onde viera já eram do domínio público. O seu livro ''De Zoontjesfabriek'', publicado em [[2002]], mostrava o seu nome verdadeiro e a sua data de nascimento, <ref name=":3" /> tendo também no mesmo ano Hirsi Ali declarado em entrevista à revista política HP/De Tijd o seu nome verdadeiro e idade. Hirsi Ali também afirma que revelou estes pormenores a figuras do partido VVD (entre elas Rita Verdonk) quando decidiu candidatar-se como deputada em 2002.<ref name=":4">{{citar livro|título=Infidel (Capítuloː Epilogue)|ultimo=Ali|primeiro=Ayaan Hirsi|editora=|ano=2006|local=|páginas=|acessodata=}}</ref> Também em 2005, numa entrevista ao jornal britânico The Guardian, ela mencionava esses pontos.<ref>{{citar web|url=https://www.theguardian.com/film/2005/may/17/religion.immigration|titulo=Danger Woman|data=17 de Maio de 2005|acessodata=|publicado=Guardian|ultimo=Linklater|primeiro=Alexander}}</ref>
 
No dia [[16 de Maio]] , após a Ministra da Integração e Imigração, Rita Verdonk, a ter informado de que iria perder a cidadania holandesa por falsas declarações, Hirsi Ali demitiu-se do parlamento. A anunciada perda de cidadania causou alvoroço no parlamento, provocando críticas até mesmo de aliados políticos. Os ''media'' estrangeiros criticaram a Holanda por não apoiar uma mulher que enfrentava ameaças de morte diárias.<ref name=":5">{{citar web|url=https://www.independent.co.uk/news/world/europe/dutch-u-turn-over-passport-for-somali-born-mp-6096947.html|titulo=Dutch U-turn over passport for Somali-born MP|data=27 de Junho de 2006|acessodata=|publicado=The Independent|ultimo=Castle|primeiro=Stephen}}</ref><ref>{{citar web|url=https://www.theguardian.com/commentisfree/2006/may/21/comment.theobserver1|titulo=Yes, Hirsi Ali lied. Wouldn't you?|data=21 de Maio de 2006|acessodata=|publicado=The Guardian|ultimo=Thomas|primeiro=Isabella}}</ref>
Os meios de comunicação dos Países Baixos especularam que Hirsi Ali poderia perder a cidadania neerlandesa devido às declarações fraudulentas. Numa primeira reacção a ministra [[Rita Verdonk]] afirmou que iria investigar o caso, mas um deputado solicitou-lhe uma declaração oficial. As investigações ao caso concluiram que Hirsi Ali nunca recebeu a cidadania neerlandesa por ter mentido no processo.
 
No dia [[16 de Maio]] Hirsi Ali demitiu-se do parlamento. No mesmo dia, em conferência de imprensa, Hirsi Ali declarou que achava errado ter recebido estatuto de refugiada, mas que desde 2002 já se sabia publicamente do caso. Reafirmou que o seu pedido de asilo era devido a um casamento forçado, desmentindo desta forma o programa de televisão "Zembla".
 
Sua cidadania holandesa foi restabelecida ainda em 2006,<ref name=":5" /> sob pressão de membros do Governo e parlamentares, <ref name=":4" /> após Ayaan ter sido obrigada a declarar-se declarar a única culpada pela mentira que lhe concedeu o asilo político. A ministra Rita Verdonk, acabou tendo sua renuncia solicitada pelo parlamento por ter colocado como condição única para o restabelecimento da cidadania de Ayaan Hirsi Ali este ato. A ministra Rita Verdonk não renunciou ao cargo, o que acabou desmanchando o governo, sendo necessário uma nova eleição.
 
== Livros ==