Cidade de Deus (filme): diferenças entre revisões
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'''''Cidade de Deus''''' é um [[filme de ação]] [[Cinema no Brasil|brasileiro]] de [[2002 no cinema|2002]] produzido por [[O2 Filmes]], [[Globo Filmes]] e [[Videofilmes]] e distribuído por [[Lumière Brasil]]. É uma adaptação roteirizada por [[Bráulio Mantovani]] a partir do [[Cidade de Deus (livro)|livro de mesmo nome]] escrito por [[Paulo Lins]]. Foi dirigido por [[Fernando Meirelles]], codirigido por [[Kátia Lund]] e estrelado por [[Alexandre Rodrigues (ator)|Alexandre Rodrigues]], [[Leandro Firmino da Hora|Leandro Firmino]], [[Jonathan Haagensen]], [[Matheus Nachtergaele]], [[Douglas Silva]] e [[Seu Jorge]].
O filme retrata o crescimento do crime organizado na [[Cidade de Deus (bairro do Rio de Janeiro)|Cidade de Deus]], uma favela que começou a ser construída nos anos 1960, e se tornou um dos lugares mais perigosos do [[Rio de Janeiro]] no começo dos anos 1980. Para contar a trajetória deste lugar
A [[Adaptação fílmica|adaptação cinematográfica]] iniciou-se no segundo semestre de 1997,
''Cidade de Deus'' é considerado um dos filmes brasileiros mais importantes de todos os tempos, sendo enaltecido pela crítica especializada, que, em geral, enfatizou suas qualidades artísticas e estéticas. O longa representa o marco final no período de reflorescimento da produção cinematográfica brasileira, conhecido como "[[Cinema do Brasil#Retomada: 1992-2003|cinema da retomada]]". Foi lançado no Brasil em 30 de agosto de 2002, acumulando um público total de {{Formatnum:3307746}} espectadores. Mudou o paradigma do cinema brasileiro ao ser o único até agora a receber quatro indicações ao [[Óscar|Oscar]], nas categorias de [[Oscar de melhor diretor|melhor diretor]], [[Oscar de melhor roteiro adaptado|melhor roteiro adaptado]], [[Oscar de melhor edição|melhor edição]] e [[Oscar de melhor fotografia|melhor fotografia]].<ref>{{citar web|último=Dávila|primeiro=Sérgio|título="Cidade de Deus" muda paradigma brasileiro|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u40918.shtml|obra=[[Folha de S.Paulo]]|acessodata=12 de janeiro de 2016|data=28 de janeiro de 2004}}</ref>
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Em 1997 estava sendo publicado o livro de [[Paulo Lins]], no qual o longa ''Cidade de Deus'' é baseado. O livro foi rapidamente aclamado pela critica especializada, sendo considerado um dos primeiros romances contemporâneos a narrar, com eloquência e qualidade literária, a vida dos moradores da favela com um ponto de vista único.<ref>{{citar web|último=Duarte|primeiro=Lívia Lemos|título=Cidade de Deus e a dramatização da estrutura social brasileira|url=http://www.uel.br/pos/letras/terraroxa/g_pdf/vol9/9_8.pdf|acessodata=9 de janeiro de 2016}}</ref> Pouco tempo depois do lançamento nas livrarias, Fernando Meireles ganha de presente o livro de [[Heitor Dhalia]] — que na época era redator de [[agência de publicidade]] e admirava Meireles por seus trabalhos no meio publicitário.<ref name="cult">{{citar web|título=Diretor de O Cheiro do Ralo e À Deriva, Heitor Dhalia fala sobre seu novo longa, Serra Pelada, a experiência de filmar em Hollywood e a “guerra” em que se transforma um set de filmagem|url=http://revistacult.uol.com.br/home/2013/09/terra-de-conflitos/|obra=Revista CULT|acessodata=9 de janeiro de 2016|data=agosto de 2009}}</ref> Dhalia sugeriu a adaptação cinematográfica à Meirelles que de imediato recusa, considerando não ser apto ao projeto por morar em [[São Paulo]]. "Sabia pouco sobre a organização da favela e sobre o tráfico e jamais sairia de São Paulo para rodar um longa-metragem no Rio, sobre um assunto tão distante da minha realidade", analisa abruptamente Meirelles.<ref name="notas">{{citar web|título=Cidade de Deus - Notas de produção|url=http://www.webcine.com.br/notaspro/npcideus.htm|obra=WebCine|acessodata=9 de janeiro de 2016}}</ref>
As resenhas publicadas sobre o livro eram bastantes positivas — que juntamente com Andrea Barata Ribeiro, sócia na produtora [[O2 Filmes]] —, foram responsáveis por estimular Meirelles a mudar de pensamento e resolver ler o romance. Meirelles relatou que ao chegar na página 100 foi obrigado a concordar que havia um argumento interessante. Continuando a leitura, começou a grifar ao acaso as passagens importantes. Quando chegou ao fim, já havia anotado
Depois das anotações, Fernando Meirelles entrou em contato com o autor, Paulo Lins. De imediato, foi informado que outros cineastas e produtores já tinham demonstrado interesse pela obra. Então Meirelles marcou um encontro com Lins para relatar sua intenção de se desprender da carreira publicitária, que abrangia muitos diretores brasileiros na época, se pudesse adaptar o livro aos cinemas.<ref name="cult"/> Sendo este um dos principais motivos
{{quote2|Eu acabava de ganhar um projeto que iria transformar minha vida e me fazer descobrir o Rio de Janeiro e parte do Brasil. De quebra, ganhei um novo amigo.|autor=Fernando Meirelles <ref name="notas"/>}}
=== Roteiro ===
Meirelles então tinha em suas mãos um livro com mais de 250 personagens e a tarefa de encontrar uma forma cinematográfica para adaptar o material. Ele descartou o caminho que julgava "fácil" que seria escolher apenas uma das tramas do livro e desenvolvê-la. Para seguir o caminho do livro, não poderia desenvolver uma [[Narrativa linear|história linear]] com início, meio e fim, devido os personagens e as situações que se sucediam. Então, desde os primórdios do desenvolvimento do roteiro, acreditava na ideia de somar várias histórias que, justapostas, iriam fazer com que chegasse ao resultado pretendido.
Em 1998, Bráulio Mantovani conseguiu em tempo recorde concluir o primeiro [[Tratamento (cinema)|tratamento]] do roteiro.<ref name="tropico"/> Em 1999, o [[Sesc|Sesc São Paulo]] realizou uma edição do evento ''Laboratório de Novas Histórias'' com uma sessão de apresentação de roteiros no Grande Hotel em [[Campos do Jordão]].<ref>{{citar web|título=Grande Hotel Campos do Jordão recebe mais uma edição do Laboratório de Novas Histórias|url=http://agitosp.com/2012/11/07/grande-hotel-campos-do-jordao-recebe-mais-uma-edicao-do-laboratorio-de-novas-historias/|acessodata=9 de janeiro de 2016}}</ref> O roteiro de Mantovani foi um dos apresentados na oficina
No livro, Buscapé é baseado em um amigo do autor, um personagem que realmente existiu e que é branco. Ele não possui uma importância central na trama desenvolvida por Paulo Lins
=== Escolha e o trabalho com os atores ===
''Cidade de Deus'' exigiu a contratação de mais de 60 atores principais, 150 secundários e 2 600 figurantes, a maior parte sendo crianças e adolescentes. Fernando Meirelles relata que dentre os filmes que mais impressionaram ele, a maioria tinha relação com
Em julho de 2000, foi montado uma "escola de atores" no prédio cedido pelo centro cultural [[Fundição Progresso]], situado na [[Lapa (bairro do Rio de Janeiro)|Lapa]].<ref>{{citar web|último=Cláudia Moretz-Sohn|título=Entrevista com Fernando Meirelles, diretor do filme "Cidade de Deus"|url=http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT384848-1655,00.html|obra=Revista Época|publicado=Editora Globo S.A|acessodata=27 de maio de 2018|data=9 de set de 2002}}</ref><ref name="dvd"/> De primeiro momento, uma equipe se dividiu em duplas que percorriam comunidades — como [[Rocinha]], [[Cantagalo (Rio de Janeiro)|Cantagalo]], [[Mangueira (Rio de Janeiro)|Chapéu Mangueira]], [[Dona Marta]], [[Vidigal]] e a própria [[Cidade de Deus (bairro do Rio de Janeiro)|Cidade de Deus]] — anunciando que haveria testes para os interessados em participar de uma oficina de atores para o cinema. Numa data previamente marcada voltavam com uma filmadora e entrevistavam centenas de candidatos agendados.<ref>{{citar web|título=Educação a 24 Quadros|url=http://www.grupoestacao.com.br/grupoestacao/oficina_cineescola/cidadededeus/cidadeus.htm|obra=Grupo Estação|acessodata=9 de janeiro de 2016}}</ref> Em quarenta dias, duas mil entrevistas foram filmadas, e depois foi iniciado o processo de triagem com quatrocentos jovens até chegar aos duzentos que foram selecionados para as aulas de atuação em uma oficina batizada de "Nós do Morro" em homenagem à associação de Fraga.<ref name="folha-atores"/> Na escola montada na Fundição, estes duzentos jovens foram divididos em oito turmas, filtrando a idade e disponibilidade de horários. Todos recebiam lanches e auxilio
Em fevereiro de 2001, após a escolha do elenco principal, Fátima Toledo foi contratada para preparar ponderadamente o elenco. Apesar de sua experiência no ramo, Toledo enfrentou o trabalho como um grande desafio. Ela cita um
=== Filmagens ===
Quando estavam se preparando para os estágios iniciais da filmagem principal, Fernando Meirelles recebeu uma proposta de [[Guel Arraes]] — diretor de núcleo da [[Rede Globo]] —, para dirigir um dos episódios da série ''[[Brava Gente (2000)|Brava Gente]]''. De imediato, Meirelles recusa o convite, porém, depois de repensar, aceita com a condição de que pudesse desenvolver na série uma história ligada a uma das fragmentações de pequenas histórias que há no livro e o uso dos jovens de sua oficina de atores. Arraes assentiu e Meirelles e Kátia Lund dirigiram juntos o episódio que serviu como uma espécie de ensaio para ''Cidade de Deus''.<ref>{{citar web|título=Diretor adapta "Cidade de Deus", de Paulo Lins|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq2301200107.htm|obra=Folha|acessodata=9 de janeiro de 2016|data=23 de jan de 2001}}</ref> Foi filmado na própria comunidade Cidade de Deus e acabou se tornando um [[curta-metragem]] apresentado e premiado em Berlim.<ref>{{citar web|título=Curta brasileiro é premiado no Festival de Berlim|url=http://www.terra.com.br/cinema/noticias/2002/02/18/009.htm|obra=[[Terra Networks]]|acessodata=20 de janeiro de 2016|data=18 de fevereiro de 2002}}</ref><ref>{{citar web|título=Filme é retrato fiel da guerra do tráfico em núcleo habitacional carioca|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/especial/2002/cidadededeus/sinopse.shtml|obra=Folha Online|acessodata=9 de janeiro de 2016|data=2002}}</ref> O curta ''[[Palace II (curta-metragem)|Palace II]]'' resultou em aprendizados que favoreceu a equipe como um laboratório de testes para ''Cidade de Deus''. Em primeira instancia, Meirelles concluiu que não poderia filmar na própria Cidade de Deus. Na época, a comunidade estava em grandes conflitos e dividia em três áreas, cada uma comandada por um traficante diferente. "A gente percebeu que era uma coisa muito instável, nunca estava falando com a pessoa certa" contou Meirelles à ''[[Revista Trip]]'' que acabou em busca de outras locações.<ref>{{Harvnb|Revista Trip|2002|p=23}}</ref> [[Globo Filmes]] e [[Videofilmes]] se aproximaram do projeto sendo anexadas como coprodutoras do filme.<ref name="notas de distribuição"/>
''Cidade de Deus'' foi a primeira experiência cinematográfica de considerável parte do elenco. [[César Charlone]], o diretor de fotografia, arquitetou seu trabalho levando em consideração a dificuldade das cenas com estes atores não-profissionais. Apesar do processo de preparação de elenco, não foi imposto a eles a assimilação das técnicas de ''set'' de filmagem, como marcações, localizações a cada ''take'' e luzes. "Pensar em fazer ensaios e em marcar as cenas era uma fantasia" considera o diretor de fotografia que se adaptou com as marcações pensadas sendo modificadas a cada tomada. Charlone compara sua experiência no filme com trabalhos realizados por ele nos anos 1980 quando centrava na produção de documentários, com câmera na mão, tentando interferir o mínimo na realidade e veracidade filmada. As referências que influenciaram nas decisões de fotografia do filme, veio pela paixão de Charlone ao [[neo-realismo italiano]] e o [[cinema novo]]. Como todas outras áreas, a fotografia de ''Cidade de Deus'' também seguiu o esquema de divisão do
Com um orçamento estimado em 8,2 milhões de reais — dos quais 15% vieram das leis de incentivo e o restante sendo bancado pela própria produtora de Meirelles, a [[O2 Filmes]] —,<ref name="época">{{citar web|título=Histórias e curiosidades sobre os bastidores do filme "Cidade de Deus"|url=http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR51169-5856,00.html|obra=Revista Época|acessodata=9 de janeiro de 2016}}</ref> ''Cidade de Deus'' foi [[Filmagem|rodado]] durante nove semanas entre 19 de junho a 21 de agosto de 2001.<ref name="administração">
{{Harvnb|Rodrigues Matta|2009}}</ref> Muitos dos figurantes e até mesmo jovens que tinham papéis importantes no longa
=== Pós-produção ===
Com o fim das filmagens em agosto de 2001, ''Cidade de Deus'' avançou seu estágio de desenvolvimento para a pós-produção
Para a primeira fase, nos anos 1960, foi utilizado uma linguagem clássica do cinema. Rezende optou por uma montagem com cortes corretos utilizando ''raccord'', respeitando eixos e privilegiando a ação, com uma continuidade plano a plano.{{nota de rodapé|''Raccord'' denomina-se uma construção de ligação formal entre dois planos sucessivos. É também o que reforça a ideia de continuidade representativa, provocando um efeito de ligação.<ref>{{citar web|título=Montagem|url=http://www.univ-ab.pt/~bidarra/hyperscapes/video-grafias-139.htm|acessodata=11 de janeiro de 2016}}</ref>}}
O pôster do filme foi desenvolvido pelo [[designer gráfico]] especialista em cinema Marcelo Pallotta, a partir de fotografias de Claudio Elizabetzky.<ref name="folha-cartaz">{{citar web|último=Redação|título=Locadora expõe cartazes feitos para o filme "Cidade de Deus"|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u34132.shtml|obra=Folha de S. Paulo|acessodata=9 de agosto de 2017|data=16 de junho de 2003}}</ref> O projeto de comunicação de um filme é comumente um trabalho de muitos envolvidos na liderança
Pallotta tinha em mente que o filme não possuía um protagonista fixo que levasse a história do inicio ao fim de forma efetiva. E esta produção conta com um quadro de atores não famosos e até mesmo não profissionais. Portanto, não seria interessante comercialmente destacar alguém desconhecido.
Com tais constatações, Pallota criou cerca de 25 variações do cartaz de ''Cidade de Deus''. Dentre eles, o escolhido: uma galinha em destaque, o nome do filme ao centro, e ao fundo a gangue de garotos.<ref>{{citar web|último=Rebeca Oliveira|título=Confira cartazes famosos de filmes criado por brasileiro|url=http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2017/08/08/interna_diversao_arte,615881/cartazes-de-filmes-feitos-por-marcelo-pallotta.shtml|obra=Correio Braziliense|acessodata=9 de agosto de 2017|data=8 de agosto de 2017}}</ref>
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== Lançamento ==
=== Exibição e bilheteria ===
''Cidade de Deus'' estreou em maio de 2002 no [[Festival de Cannes]].<ref>{{citar web|último=Garcez|primeiro=Bruno|título='Cidade de Deus' é destaque do Festival de Cinema de Londres|url=http://www.bbc.com/portuguese/cultura/021106_londonfilmbg.shtml|obra=BBC|acessodata=9 de janeiro de 2016|data=6 de novembro de 2002}}</ref> A aproximação da equipe com a [[Rede Globo]] ainda nas filmagens
O longa-metragem enfrentou um grande período de negociações para a distribuição internacional
Nos [[Cinema no Brasil|circuitos brasileiros]], ''Cidade de Deus'' foi distribuído exclusivamente pela Lumière. Wainer, executivo da Lumière, relatou que, desde quando a distribuidora se tornou parceira da [[Videofilmes]] comercializando ''[[Central do Brasil (filme)|Central do Brasil]]'' em 1998, estabeleceu-se um laço de confiança entre as duas companhias. A partir disto, qualquer projeto em que Vídeofilmes estava envolvida, tendia a ser um bom negócio para Lumière.<ref name="notas de distribuição"/> Lumière juntamente com Globo Filmes conseguiu baixar a classificação etária do filme de 18 para 16 anos.<ref>{{citar web|título=Globo Filmes e Lumière preparam lançamento de ''Cidade de Deus''|url=http://www.epipoca.com.br/noticias/ver/8279/estreias-globo-filmes-e-lumiere-preparam-lancamento-de-cidade-de-deus|obra=e-pipoca|acessodata=10 de janeiro de 2016|data=20 de agosto de 2002}}</ref> Em 30 de agosto de 2002 o filme foi lançado no Brasil em noventa salas. Porém, na segunda semana já havia 120 cópias em exibição, chegando a 180 cópias na sexta semana nas bilheterias. Na terceira semana em cartaz, com duzentas cópias, ''Cidade de Deus'' alcançou a marca de 1 milhão de espectadores nos cinemas brasileiros.<ref>{{citar web|título=ambivalência e catarse em "Cidade de Deus"Estadao no Twitter|url=http://cultura.estadao.com.br/noticias/cinema,ambivalencia-e-catarse-em-cidade-de-deus,20020919p1382|obra=Estadão|acessodata=10 de janeiro de 2016|data=19 de setembro de 2002}}</ref> Segundo notas de [[Filme B (portal)|Filme B]] divulgadas em 2004, o público total foi de 3 307 746 espectadores.<ref name="notas de distribuição"/> Em 3 de janeiro de 2003 o filme foi lançado na [[Inglaterra]], tornando-se a terceira maior abertura de um filme em língua estrangeira no país, atrás apenas de ''[[O Tigre e o Dragão (filme)|O Tigre e o Dragão]]'' e ''[[Le fabuleux destin d'Amélie Poulain]]'', arrecadando R$ 1,4 milhão de reais.<ref name="folha-inglaterra">{{citar web|último=Arantes|primeiro=Silvana|título="Cidade de Deus" faz a 3ª maior bilheteria estrangeira na Inglaterra|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u29869.shtml|obra=Folha Online|acessodata=10 de janeiro de 2016|data=8 de janeiro de 2003}}</ref><ref name="filmb-inglaterra">{{citar web|título=Arquivo > Definida a cota de tela para 2003|url=http://web.archive.org/web/20110706152444/http://www.filmeb.com.br/informe/269/n269.pdf|obra=[[Filme B]]|acessodata=10 de janeiro de 2016|data=janeiro de 2003}}</ref> Em janeiro de 2003, ''Cidade de Deus'' foi lançado nos [[Cinema nos Estados Unidos|cinemas norte-americanos]], e obteve também uma grande recepção positiva.<ref name="folha-eua">{{citar web|título="Cidade de Deus" estréia nos EUA com elogios da crítica|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/reuters/ult112u27257.shtml|obra=Folha Online|acessodata=10 de janeiro de 2016|data=17 de janeiro de 2003}}</ref> Durante janeiro o filme foi lançado em outros países da Europa, como na [[Espanha]] em noventa cinemas, e [[França]], em 150 salas.<ref>{{citar web|título="Cidade de Deus" é lançado com destaque na Europa|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u30604.shtml|obra=Folha Online|acessodata=10 de janeiro de 2016|data=10 de fevereiro de 2003}}</ref>
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