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[[Ficheiro:Krupskaja 1890.jpg|thumb|150px|Nadežda KrupskayaKrupskaja, [[ca.]] 1890]]
'''Nadežda Konstantinovna KrupskayaKrupskaja''', em [[língua russa|russo]] Наде́жда Константи́новна Кру́пская ([[São Petersburgo]], [[26 de fevereiro]] de [[1869]] — [[Moscou]], [[27 de fevereiro]] de [[1939]]), foi uma revolucionária [[bolchevique]] e [[pedagogia|pedagoga]] [[russos|russa]] , casada com o líder revolucionário [[Vladimir Lênin]] em [[1898]]. Após a [[Revolução de 1917]], participou do governo e teve importante papel na luta contra o [[analfabetismo]] na Rússia. Suas concepções sobre educação teriam grande influência no estabelecimento de novos métodos e práticas de ensino na [[URSS]]. Foi também uma das organizadoras do sistema [[bibliotecário]] [[URSS|soviético]] .
 
==Biografia<ref>{{citar web|url=https://www.marxists.org/portugues/krupskaia/1937/mes/trotsky.htm|titulo=|data=15/08/2012|acessodata=17/10/2016|obra=Porque é que a II Internacional Defende Trotsky|publicado=|ultimo=Krupskaja|primeiro=Nadežda}}</ref>==
 
Filha de um oficial das Forças Armadas do [[Império Russo]], teve que interromper seus estudos aos 14 anos de idade, após a morte do pai. Mais tarde, entre 1889 e 1890, retomaria os estudos, estudando pedagogia numa escola superior feminina. Adepta dos ideais de [[Tolstoi]], KrupskayaKrupskaja lecionou, de 1891 a 1896 em uma [[escola dominical]] noturna frequentada por trabalhadores. Descobre o [[marxismo]] e participa de círculos de discussão clandestinos sobre o assunto. Nesse ambiente, encontra Lênin em 1894. Lenin e Nadežda passam a se frequentar habitualmente e, em 1895, ambos estariam entre os fundadores da organização [[social-democracia|social-democrata]] [[União de Luta pela Emancipação da Classe Operária]]. Em dezembro de 1895, Lênin é preso. Pouco depois, é a vez de Krupskaja, que é detida durante as greves de 1896, sendo posteriormente condenada a seis meses de cadeia e três anos de [[deportação]] na [[Sibéria]] , onde já estava Lênin. Lá, os dois se casam em 10 de julho de [[1898]]. Em 1901, o casal emigra para Munique e, depois, para Londres. Voltam à Rússia, onde permanecem de 1905 a 1908. Segue-se um novo exílio.
 
KrupskayaKrupskaja torna-se uma das maiores colaboradoras de Lênin, dedicando-se particularmente ao estudo de problemas pedagógicos e à formulação de um projeto de organização do ensino realmente formador, no contexto de um hipotético Estado proletário.
 
Entre maio e junho de 1917, o [[Pravda]] publicou alguns artigos escritos por KrupskayaKrupskaia, como: "Sobre o Papel e a Importância da União da Juventude", "Luta pela Juventude Operária", "Resposta à Juventude de Moscou" e "Como deve Organizar-se a Juventude"<ref name="and">[http://anovademocracia.com.br/no-184/6828-figuras-da-classe-operaria-nadezhda-krupskaia Figuras da Classe Operária: Nadezhda Krupskaia], acesso em 1º de abril de 2017.</ref>.
 
Após a vitória dos bolcheviques em 1917, Nadežda, apesar de ser a companheira de Lênin, não ocupará nem reivindicará uma posição de primeiro plano na recém república soviética. No entanto, integrou o Comissariado do Povo de Instrução Pública, onde colaborou com [[Anatóli Lunatcharski]] para definir as bases de um novo sistema educacional. Segundo Krupskaja, era preciso destruir a antiga escola e criar uma outra, que fosse capaz de responder às exigências do sistema [[socialista]] nascente, com a unificação do sistema de ensino e a gestão centralizada, assegurando-se a continuidade do ensino básico ao superior e estabelecimentos gratuitos, abertos à totalidade da população. Mas o primeiro passo seria a erradicação do analfabetismo.
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Em 1919, um decreto governamental determinou esforços para a eliminação do analfabetismo entre os cidadãos de 8 a 50 anos. Em 1920, foi criada a Comissão Extraordinária para a Eliminação do Analfabetismo, encarregada de coordenar os esforços de todas as organizações de alfabetização da Rússia. Jovens estudantes, professores e intelectuais se associaram num esforço nacional, cujo lema era: "Que aquele que sabe ler e escrever ensine àquele que não sabe". Entre 1920 e 1940, cerca de 60 milhões de adultos foram alfabetizados, enquanto a quase totalidade dos jovens foi escolarizada. <ref name=Unesco>{{fr}} [http://www.ibe.unesco.org/publications/ThinkersPdf/kroupskf.pdf Nadejda Kroupskaia (1869-1939)]. Por Mikhaïl S. Skatkine e Georgy S. Tsovianov. ''Perspectives : revue trimestrielle d’éducation comparée''. Paris, UNESCO : Bureau international d’éducation, vol. XXIV, n° 1-2, 1994, p. 51-63</ref>
 
Vencido o primeiro passo na educação de adultos, ainda havia muito a fazer. "Não podemos nos contentar em apenas ensinar os alunos a ler, escrever e contar", pontificava KrupskayaKrupskaja. "Eles devem conhecer os elementos científicos de base, sem os quais não serão capazes de levar uma vida consciente". Assim, defendia o estudo das [[ciências naturais]] - visando permitir uma compreensão [[materialista]] dos fenômenos naturais e o uso racional das forças da natureza - e das [[ciências sociais]] - para compreender as [[relações sociais|relações de classes]] e as formas do [[desenvolvimento social]]. Defendia, assim, um ensino de caráter generalista, orientado para uma concepção científica do mundo. Suas ideias sobre o ''ensino politécnico'' - ligando a teoria à prática, a escola à vida - sobre a iniciação profissional, a [[autogestão]] na escola, a estreita ligação entre a família e a coletividade, assim como sua análise crítica da pedagogia tradicional, tanto da Rússia como de outros países, são até hoje reconhecidas como uma contribuição fundamental para o desenvolvimento da pedagogia na URSS.<ref name=Unesco />
 
Apesar de alguns afirmarem que KrupskayaKrupskaja teria feito oposição ao regime Stalinista, não existem evidencias que corroborem para a veracidade dessa afirmação. Pelo contrario, existem escritos onde a mesma manifesta seu apoio a Stalin. Krupskaja condena Trotskistas e Zinovievistas em um artigo escrito por ela chamado "Porque é que a II Internacional defende Trotsky" está presente o seguinte trecho: ''"Os trotskistas e os zinovievistas não se preocupavam com as massas; não se interessavam por elas; só pensavam em apoderar-se do poder, mesmo ao preço duma aliança com a Gestapo, com os piores inimigos da ditadura do proletariado, com os que procuram restabelecer no país dos Sovietes a ordem burguesa, a exploração capitalista das massas trabalhadoras."'' E no mesmo artigo deixa claro seu apoio a Stalin: ''"E as inúmeras massas de trabalhadores veem como Stalin se dedica inteiramente e sem reservas à sua causa, à causa de Lenin, à causa da edificação socialista, como as conduz para uma vida melhor. Vêem-no e têm confiança nele, rodeiam-no duma confiança e dum amor absolutos."''
 
Foi coordenadora do "''Glavpoliprosvet''", o Comitê Principal para Educação Política.