Gabriel Mariano: diferenças entre revisões

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Vários factos, sou familiar directo do Gabriel e corrigi alguns factos. Vou ainda adicionar árvore geneológica, bem como informação sobre filhos e netos.
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|prémios = Prémio de Literatura Africana [[1976]]
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'''José Gabriel Lopes da Silva''', conhecido como '''Gabriel Mariano''',. ([[RibeiraNasceu Grandeno (Cabo Verde)|Vila de Ribeira Grande]],dia [[18 de Maio]] de [[1928]], em [[Lisboa]]Cabo-Verde, [[18Ilha de Fevereiro]]S. deNicolau, [[2002]])na foiVila umda [[juiz]],Ribeira [[Poesia|poeta]]Brava, [[Conto|contista]]também econhecida [[Ensaio|ensaista]]como [[CaboStanxa Verde|caboverdeano]](Estância).
 
EstudouGabriel naMariano, Faculdadedesde deos Direitotempos de Lisboaestudante eno graduou-seLiceu Gil Eanes em DireitoMindelo, eS. foiVicente, juizCabo-Verde emmanteve Lisboa.intensa Retornouactividade noscultural, anosescrevendo 1950peças ateatrais, Cabocomo Verdepor exemplo Clandestinos no Céu, ondeparticipou particpou dana criação do jornal Restauração, (comuma [[Jorgerevista de oposição estudantil, com Barbosa|Jorge Pedro Barbosa]] e outros), do Suplemento Cultural (com [[Carlos Monteiro|Carlos Alberto Monteiro]], eque outros)a ecensura dofechou Boletimapós Caboo Verde.primeiro Suanúmero intensae atividadedo culturalBoletim acaboude sendo considerada subversiva pelo governo local, que o deportou a MoçambiqueCabo-Verde.
 
Em 1954 Gabriel Mariano veio estudar para Portugal, Lisboa, na Faculdade de Direito de Lisboa onde se licenciou em Direito. Na cidade de Lisboa viveu em casa de uma tia materna no pitoresco Bairro de Campo de Ourique frequentado, entre outros, o famoso “Café Canas”. Frequentou também a “Casa dos Estudantes do Império”, criada no contexto da política imperial do Estado Novo, cujo chefe de fila era Salazar. Cedo este espaço revelou-se um local de fermentação de uma consciência anticolonial entre os jovens oriundos das colónias a estudar em Lisboa. Gabriel Mariano conviveu com Amílcar Cabral, futuro líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) e Agostinho Neto futuro líder do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA). Como consequência destas actividades Gabriel Mariano foi “fichado” pela PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado).
Publicou poemas, [[romances]] e livros de ensaio, tanto em [[Língua portuguesa|português]] como em [[Crioulo cabo-verdiano|crioulo]].
 
O seu desejo sempre foi regressar para as Ilhas do Cabo-Verde. No ano de 1961, por sua opção, foi colocado em S. Tomé e Príncipe como Conservador dos Registos por não existir uma vaga em Cabo-Verde. Naquele tempo o Conservador dos Registos substituía o Juiz. Por regra, nas comarcas de Cabo-Verde e S. Tomé o Conservador era também o Juiz. Não eram comarcas apetitosas como Luanda (Angola) ou Lourenço Marques, hoje Maputo (Moçambique). Em 1963 conseguiu ser transferido para Cabo-Verde, Ilha de Santiago, Cidade da Praia onde foi Conservador dos Registos e Juiz.
 
A sua actividade cultural era considerada subversiva pelo governo fascista de Salazar e em 1965, como forma de castigo, o senhor Ministro do Ultramar, Silva Cunha, desterrou-o para a Ilha de Moçambique, Moçambique. Na sua companhia foram a sua mulher e três filhos pequenos
 
Gabriel Mariano permaneceu na Ilha de Moçambique até ao ano de 1971. Em 1970 concorreu para magistratura judicial tendo ficado em segundo lugar com a nota de Bom com Distinção. O regime salazarista não teve outro remédio senão colocá-lo numa comarca com a categoria de Juiz de Direito. Entre outras, a comarca escolhida por Gabriel Mariano foi a comarca do Bié, Silva Porto, Angola. Como ele dizia, a comarca do Bié era a única que estava mais próxima de Cabo-Verde.
 
Quando ocorre o 25 de Abril de 1974 Gabriel Mariano encontrava-se na comarca de Benguela, Angola. Nesse momento pede transferência para Cabo-Verde onde foi colocado, em 1975, como Juiz de Direito na Cidade da Praia.
 
Exerceu a magistratura judicial em Portugal nas comarcas de Lisboa, onde participou no desmantelamento da PIDE, Mafra e Sintra.
 
Gabriel Mariano no dia 18 de Fevereiro de 2002 faleceu em Queluz, cidade onde residia. O seu corpo repousa no cemitério da cidade do Mindelo, Ilha de S. Vicente, Cabo-Verde.
 
Publicou poemas, contos e ensaios. Tem poemas em português e em crioulo. O seu poema mais conhecido é “Capitão Ambrósio”, que durante o Estado Novo vivia na clandestinidade e o seu conto mais conhecido é “Vida e Morte de João Cabafume”. Os contos de nome “O Intruso” e “Filho Primogénito” foram representados pela Companhia Teatral BUBUR em Portugal, Porto e Sintra e em S. Paulo, Brasil. Gabriel Mariano interessou-se pela promulgação e estudo da poesia em crioulo.
 
== Obras ==
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== Prémios ==
* Prémio de Literatura Africana em [[1976]] e Prémio Vale Flor em 1996 pelo livro de contos ''Vida e Morte de João Cabafume''.
* Em 1957 e 1958 ganhou prémios como contista outorgados pela Universidade de Lisboa e Universidade de Coimbra
* Homenageado pela Associação de Escritores Cabo-Verdeanos na Cidade da Praia em 02 de Junho de 2000.
* Ordem do Vulcão.
 
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