Ôntico: diferenças entre revisões

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<p>Ôntico (do grego ''ὄν'', flexão ''ὄντος'': "do que é") é existência física, real e factual. Refere-se à dimensão concreta e específica e local do ente. Trata-se de uma ontologia “regional” ou limitada que se ocupa exclusivamente do campo dos entes, excluindo a questão do ser, que é o campo da [[ontologia]]. <ref> BUNNIN, N.; YU, J. (eds) Ontico-ontological distinction in The Blackwell Dictionary of Western Philosophy [http://www.blackwellreference.com/public/tocnode?id=g9781405106795_chunk_g978140510679516_ss1-33#citation link externo]</ref> <ref> INWOOD, Michael (ed). A Heidegger Dictionary. Blackwell Publishing, 1999. </ref> Por sua vez, a ontologia fundamental, proposta por [[Heidegger]] possui tanto a dimensão do ente (ôntica), como a do Ser (ontológica), a estrutura profunda na qual o Ser se baseia como possibilidade e necessidade. <ref> Abgano, N. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2007</ref> </p>
 
O conceito do ôntico foi apresentado por [[Martin Heidegger]] como uma crítica à ontologia tradicional. Para o autor, a ontologia anterior a que ele propõe, se restringiu ao campo do ôntico (do ente), não se ocupando, de fato, da questão do ser. A crítica feita à ontologia caracterizando-a como ôntica, pode causar uma certa confusão na medida em que seja interpretada, erroneamente, como equivalência (ontologia = ôntico). Não se trata disso. Ao propor o que chamou de ontologia fundamental, ele apontou para uma limitação da ontologia tradicional, o fato de ela confundir a existência do [[ser-aí]] (Daisen) com a existencialidade dos entes no tempo. <ref> HEIDEGGER, M. Nielzsche, vol 1: The Eternal Recurrence of the Same, São Francisco: Harper& Row, 1984, p. 155. </ref>