Carlos Augusto da Silva Ramos: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m v1.43b - Corrigido usando WP:PCW (en dash ou em dash)
Linha 4:
Lisboeta, natural da freguesia de [[Alcântara]], Carlos Ramos tornou-se num dos fadistas mais queridos do público português, graças à sua voz quente e à sua postura modesta e discreta - e ao anormal número de grandes êxitos que teve, aliás ligados à popularidade crescente do disco e da televisão, meios de comunicação que soube utilizar com grande proveito no início da década de [[1960]]<ref name="museudofado.pt">{{citar web | url=http://www.museudofado.pt/personalidades/detalhes.php?id=391 | título=Museu do Fado | publicado=www.museudofado.pt }}</ref>.
 
A sua apetência de música vinha de criança &mdash; o seu pai, que era empregado da [[Casa Real]], tocava trompa, fazendo-o nas caçadas do rei [[D. Carlos]] &mdash;, porém só tardiamente Carlos Ramos abraçou a música (e o [[Fado]]) como carreira profissional. Também em criança habituou-se a circundar as tabernas do seu bairro natal, [[Alcântara]], onde se ouvia cantar o fado. Já adolescente, nos intervalos dos estudos liceais, Carlos Ramos aprende a tocar guitarra portuguesa e inicia-se como acompanhante de fadistas, ainda que na condição de amador<ref name="museudofado.pt"/>.
 
Carlos Ramos almejava ser médico, mas a morte do pai, com apenas 18 anos, obrigou-o a trabalhar para sustentar a família, dedicando-se à radiotelegrafia, ofício que aprendera no serviço militar e do qual faria carreira profissional. Continuava, contudo, a tocar e cantar nas horas vagas, primeiro apenas como acompanhante (nomeadamente de [[Ercília Costa]] numa digressão americana) depois também como fadista em nome próprio, acompanhando-se a si próprio à guitarra, acabando, a conselho de [[Filipe Pinto (fadista)|Filipe Pinto]], por se profissionalizar como cantor em 1944. Estreou-se então no Café Luso, no Bairro Alto, criando Senhora do Monte, o seu primeiro grande êxito.