Catarismo: diferenças entre revisões

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O catarismo teve suas raízes no movimento [[Paulicianismo|pauliciano]] na [[Armênia]] e no [[bogomilismo]] na [[Bulgária]], que tiveram influências dos seguidores de [[Paulo de Samósata]]. Embora o termo "cátaros" tenha sido usado durante séculos para identificar o movimento, ainda é discutível se o movimento se identificava mesmo com este nome.<ref>Mark Gregory Pegg, ''[http://usna.edu/Users/history/abels/crusades/Pegg_2001_Journal-of-Medieval-History.pdf On Cathars, Albigenses, and good men of Languedoc]'', Journal of Medieval History 27 (2001) 181–195</ref> Em textos cátaros, os termos "homens bons" (''Bons Hommes'') ou "bons cristãos" são os termos comuns de autoidentificação.<ref name="thery">Julien Théry, ''[http://halshs.archives-ouvertes.fr/docs/00/62/44/56/PDF/ThA_ry_L_hA_rA_sie_des_bons_hoéemmes_Heresis_36-37_2002.pdf L’hérésie des bons hommes Comment nommer la dissidence religieuse non vaudoise ni béguine en Languedoc c (XII - début du XIV siècle) ? ]'', "Heresis 36-37 (2002) p. 75-117</ref>
 
A ideia de dois [[divindade|deuses]] ou [[princípio]]s, sendo um [[bem (filosofia)|bom]] e outro [[mal|mau]], foi fundamental para as crenças dos cátaros. O [[Deus]] bom era o Deus do [[Novo Testamento]] e criador do reino espiritual, em oposição ao Deus mau, que muitos cátaros identificavam como [[Satanás]], o criador do mundo físico do [[Antigo Testamento]]. Toda a matéria visível teria sido criada por Satanás, e portanto teria sido contaminada com o [[pecado]]. Isto incluía o corpo humano. Esse conceito é oposto ao da [[Igreja Católica]] [[monoteísmo|monoteísta]], cujo princípio fundamental é que há somente um Deus que criou todas as coisas visíveis e invisíveis. Os cátaros também pensavam que as [[alma]]s humanas eram almas de [[anjo]] sem [[sexo]], aprisionadas dentro da criação física de Satanás e amaldiçoadas a se [[reencarnação|reencarnarem]] até os fiéis cátaros alcançarem a [[salvação]] por meio de um [[ritual]] chamado ''[[Consolamentum]]''.<ref name="Schaus2006">Margaret Schaus. ''[http://books.google.com/books?id=aDhOv6hgN2IC Women and Gender in Medieval Europe: An Encyclopedia]''. Routledge; 2006. ISBN 978-0-415-96944-4. p. 114.</ref>
 
Desde o início de seu reinado, o papa [[Papa Inocêncio III|Inocêncio III]] tentou usar de [[diplomacia]] para acabar com o catarismo, mas, no ano de 1208, seu delegado [[Pierre de Castelnau]] foi assassinado quando voltava para [[Roma]] depois de pregar a fé católica no sul da França.<ref name="Sumption2011">Jonathan Sumption. ''[http://books.google.com/books?id=BaXyqeZmZYkC The Albigensian Crusade]''. Faber & Faber; ISBN 978-0-571-26657-9. p. 15–16.</ref> Com a opção de enviar [[Missão|missionários]] católicos e [[legislatura|juristas]] extinta, o papa Inocêncio III declarou Pierre de Castelnau um [[mártir]] e lançou a [[Cruzada Albigense]].<ref name="Sumption2011"/><ref name="Madaule1967">Jacques Madaule. ''[http://books.google.com/books?id=aYgfAAAAMAAJ The Albigensian crusade: an historical essay]''. Fordham University Press; 1967. p. 56–63.</ref>