Chuang-Tzu: diferenças entre revisões

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== Vida ==
Zhuangzi viveu supostamente durante os reinados dos reis [[Rei Hui de Wei|Hui de Liang]] e [[Rei Xuan de Qi|Xuan de Qi]], no
período entre 370 e 301 [[a.C.]]. Ele era da cidade de Meng (蒙城, Méng Chéng), no estado de Song (atualmente [[Shāngqiū]], 商邱, em [[Henan]]). Seu [[nome de batismo]] era Zhou (周, Zhōu). Era também conhecido como Meng Oficial, Meng Zhuang e Meng o Ancião (蒙吏, Méng Lì; 蒙莊, Méng Zhuāng e 蒙叟, Méng sǒu, respectivamente). O único registro sobre a vida de Zhuangzi é um breve resumo no capítulo 63 de [[Registros do Historiador]], de [[Sima Qian]]. A maior parte destas informações parece ter sido retirada de [[anedota]]s do livro ''Zhuangzi''.<ref>Mair, Victor H. (1994). Wandering on the Way: Early Taoist Tales and Parables of Chuang Tzu. New York: Bantam Books. ISBN 0-553-37406-0.</ref> No livro de Sima, Zhuangzi é descrito como um oficial menor da cidade de Meng (na atual [[Anhui]]), no estado de Song, vivendo no tempo do rei [[Rei Hui de Wei|Hui de Liang]] e do rei Xuan de Qi (final do século IV a.C.). Sima Qian escreveː
{{quote|Chuang-tze se manteve informado sobre toda a literatura de seu tempo, mas preferiu as ideias de [[Laozi]]; e se inseriu entre os seguidores. Portanto, dentre a miríade de personagens de seus livros, a maior parte são ilustrações [[metáfora|metafóricas]] da doutrina de Laozi. Ele escreveu "O velho pescador", "O ladrão Chih" e "As sacolas cortadas abertas" para [[sátira|satirizar]] os discípulos de [[Confúcio]] e descrever os sentimentos de Laozi. Nomes e [[personagem|personagens]] como "Wei-lei Hsu" e "Khang-sang Tze" são [[ficção|fictícios]], e as peças nas quais eles aparecem não devem ser entendidas como narrativas de eventos reais.</br>Mas Chuang era um escritor admirável e habilidoso e suas obras descreveram fielmente [[moísmo|moístas]] e [[confucionismo|literatos]]. Os maiores [[academia|acadêmicos]] de seu tempo não podiam escapar a sua sátira nem reagir a ela, enquanto o próprio Chuang se divertia com seu estilo ousado; e, portanto, nem mesmo os maiores homens do seu tempo, como reis e príncipes, conseguiam se aproveitar de Chuang para seus propósitos.</br>O rei Wei de Chu, ouvindo sobre a habilidade de Chuang Chau, enviou mensageiros com muitos presentes para trazê-lo a sua [[corte (realeza)|corte]], também prometendo torná-lo [[primeiro-ministro]]. Chuang-tze, contudo, apenas riu e disseː "mil [[Onça (massa)|onças]] de [[prata]] são um grande ganho para mimː e ser um alto nobre e ministro é uma grande honra. Mas você não viu o animal do [[sacrifício]]? Ele é alimentado cuidadosamente por anos, e vestido com rico [[bordado]] de modo a poder entrar no Grande Templo. Quando chega o momento, ele preferiria ser um simples porquinho, mas isso não é possível. Vá embora depressa, e não me perturbe com sua presença. Me divertiria mais estando numa vala imunda do que estando sujeito a regras e restrições de uma corte de um soberano. Me determinei a nunca assumir um [[emprego]], mas preferir a alegria de uma vida livre.<ref>Horne, Charles F., ed. (1917). The Sacred Books and Early Literature of the East, Volume XII: Medieval China. New York: Parke. pp. 397–398.</ref>}}
 
== Filosofia de Zhuangzi ==