Steven Pinker: diferenças entre revisões
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|influenciado por = Noam Chomsky, Richard Dawkins, Leda Cosmides, John Tooby}}
'''Steven Arthur Pinker''' ([[Montreal]], {{dtlink|lang=br|18|9|1954}}) é um [[Psicologia|psicólogo]] e [[linguística|linguista]] [[canadá|canadense]] naturalizado [[EUA|
Pinker é especializado em [[percepção visual]] e [[psicolinguística]]. Os temas de seus estudos abarcam imagens mentais, reconhecimento de formas, atenção visual, desenvolvimento de linguagem infantil, fenômenos regulares e irregulares da linguagem, bases neurais de palavras e gramática e psicologia da comunicação, incluindo o estudo sobre eufemismos, insinuações, expressões emocionais e conhecimento. Ele escreveu dois livros técnicos que propuseram uma teoria geral da aquisição de linguagem e aplicação ao aprendizado de verbos. Em particular, seu trabalho com Alan Prince, publicado em 1989, criticou o modelo conexionista de como as crianças adquirem o pretérito dos verbos ingleses, argumentando que as crianças usam regras padrão como adicionar a sílaba "-ed" para compor verbos regulares.
Em seus ''best-sellers'', ele argumenta que a faculdade humana para a linguagem é um instinto, um comportamento inato moldado pela seleção natural e adaptado às nossas necessidades de comunicação. Ele é autor de oito livros para uma audiência geral. Cinco deles, ''The Language Instinct'' (1994), ''[[Como a Mente Funciona]]'' (1997), ''Palavras e regras'' (2000), ''A tábula rasa'' (2002) e ''The Stuff of Thought'' (2007), descrevem aspectos dos campos da psicolinguística e da ciência cognitiva, e incluem relatos de sua própria pesquisa. No sexto livro, ''Os anjos da nossa natureza'' (2011), Pinker afirma que a violência nas sociedades humanas, em geral, declinou com o tempo e identifica as seis principais causas desse declínio.
Seus livros ''Como a Mente Funciona'' e ''Tabula Rasa'' estiveram entre os finalistas para o [[Prêmio Pulitzer]]. Em [[2004]], Pinker foi nomeado uma das 100 pessoas mais influentes pela
== Biografia ==
Pinker nasceu em Montreal em 1954, filho de pais judeus. Seu pai, Harry Pinker, era formado em direito, mas não exerceu a profissão durante boa parte de sua vida, trabalhando como representante de vendas,
==Pesquisa e teorias==
A pesquisa de Pinker sobre cognição visual, iniciada em colaboração com seu orientador de tese, Stephen Kosslyn, mostrou que as imagens mentais representam cenas e objetos à medida que aparecem de um ponto de vista específico (em vez de capturar sua estrutura tridimensional intrínseca) e correspondem à teoria do neurocientista [[David Marr]] escrita no artigo ''"esboço de duas e 1/2 dimensões"''.<ref>The nature of the language faculty and its implications for evolution of language</ref> Ele também mostrou que esse nível de representação é usado na atenção visual e no reconhecimento de objetos (pelo menos para formas assimétricas), contrário à teoria de Marr de que o reconhecimento usa representações independentes do ponto de vista.
Na [[psicolinguística]], Pinker se tornou conhecido no início de sua carreira por promover a teoria da [[aprendizagem computacional]] como uma maneira de entender a aquisição da linguagem feita por crianças. Ele escreveu uma revisão tutorial de campo, seguida por dois livros que desenvolveram sua própria teoria da aquisição da linguagem e uma série de experimentos sobre como as crianças adquirem as construções passiva, dativa e locativa. Estes livros foram ''Language Learnability and Language Development'' (1984), no qual Pinker define que "outlining" é uma teoria de como as crianças adquirem as palavras e estruturas gramaticais de sua língua materna".<ref name=LongBiog>{{cite web | url=http://pinker.wjh.harvard.edu/about/longbio.html | title=Steven Pinker: Long Biography | publisher=Harvard University | accessdate=18 May 2014 | author=Pinker, Steven | deadurl=yes | archiveurl=https://web.archive.org/web/20051229054325/http://pinker.wjh.harvard.edu/about/longbio.html | archivedate=29 December 2005 | df= }}</ref> e ''Learnability and Cognition: The Acquisition of Argument Structure'' (1989), onde ele aborda "a capacidade de usar diferentes tipos de verbos em frases apropriadas, tais como verbos intransitivos, verbos transitivos e verbos tendo diferentes combinações de complementos e objetos indiretos".<ref name=LongBiog/> Ele então se concentrou em verbos de dois tipos que ilustram o que ele considera ser os processos requeridos para a configuração da linguagem humana: recuperar palavras inteiras da memória, como a forma passada do verbo irregular "trazer" na forma de "trazido"; e usando regras para combinar (partes de) palavras, como a forma passada do verbo regular "andar" na forma de "andou".<ref name=LongBiog/>
Em 1988, Pinker e Alan Prince publicaram uma influente crítica ao modelo conexionista da aquisição do pretérito, seguido por uma série de estudos de como as pessoas usam e adquirem o pretérito. Essa crítica incluiu uma monografia sobre a regularização infantil de formas irregulares além de seu livro de 1999, ''Palavras e regras: Os ingredientes da linguagem''. Pinker argumenta que a linguagem depende de duas coisas: a lembrança associativa de sons e seus significados em palavras, além do uso de regras para manipular símbolos para gramática. Ele apresentou evidências contra o conexionismo, segundo o qual uma criança teria que aprender todas as formas de todas as palavras e simplesmente recuperaria cada formulário necessário da memória, em favor da teoria alternativa mais antiga; o uso de palavras e regras combinadas pela [[Gramática gerativa]]. Ele mostrou que erros cometidos por crianças indicam o uso de regras padrão para adicionar sufixos como "-ed" (sufixo para o preterido em inglês). Ele argumentou que isso mostra que as formas verbais irregulares em inglês têm que ser aprendidas e recuperadas da memória individualmente, e que as crianças que cometeram esses erros estavam prevendo o "-ed" regular terminando de forma aberta aplicando uma regra mental. Esta regra para combinar verbos e sufixos pode ser expressada como:<ref name=WRessay>{{cite web | url=http://pinker.wjh.harvard.edu/articles/papers/Edinburgh.pdf | title=Words and rules (essay) | publisher=Harvard University | accessdate=24 May 2014 | author=Pinker, Steven | deadurl=yes | archiveurl=https://web.archive.org/web/20140830145603/http://pinker.wjh.harvard.edu/articles/papers/Edinburgh.pdf | archivedate=30 August 2014 | df= }}</ref>
{{quote|V<sub>passado</sub> → V<sub>haste</sub> + d}}
onde V é um verbo e D é seu final regular. Pinker argumentou ainda que, como os dez verbos ingleses mais frequentes (seja, tem, digamos, faça ...) são todos irregulares, enquanto 98,2% dos mil verbos menos comuns são regulares, há uma "correlação maciça" de frequência e irregularidade. Ele explica isso argumentando que todas as formas irregulares, tais como "pegou", "veio" e "obteve", têm que ser memorizadas pelas crianças em cada geração, ou então perdidas, e que as formas comuns são as mais facilmente memorizadas. Qualquer verbo irregular que perca a popularidade após um determinado período será tratado por futuras gerações como se fosse um verbo regular.<ref name=WRessay/>
== Bibliografia ==
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