Ateísmo: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
OTAVIO1981 (discussão | contribs)
m Parte do artigo traduzido de en:Atheism. Data: 9 de julho de 2011. Os créditos podem ser obtidos no original. As fontes foram verificadas. + ajustes APC
Linha 216:
No [[Brasil]], o estado da [[Bahia]] é o terceiro com maior número de pessoas [[sem religião]]; o primeiro é o [[Rio de Janeiro]].<ref name="veja bahia">{{citar web |url= http://veja.abril.com.br/261207/p_070.shtml|título= Como a fé resiste à descrença|língua=en|acessodata= 19 de março de 2011|autor= [[André Petry]]|coautores= [[Veja]]|data= 26 de dezembro de 2007|citação= Entre os brasileiros sem religião, a maior curiosidade está na Bahia de Todos os Santos, terra onde frei Henrique de Coimbra rezou a mítica primeira missa, em 26 de abril de 1500. A Bahia, que abriga Nova Ibiá e seu esquadrão de sem-religião, é o terceiro estado com o maior contingente de brasileiros sem filiação religiosa. E Salvador, entre as capitais, é a campeã nacional: 18% dos soteropolitanos não têm religião. Considerando-se o país todo, os sem-religião são mais numerosos entre os homens e entre os brasileiros com menos de 55 anos. [...] O Rio de Janeiro, por exemplo, é o estado menos católico do país e, simultaneamente, tem o maior pelotão de sem-religião. }}</ref> A capital baiana, [[Salvador (Bahia)|Salvador]], tem a maior porcentagem nacional de pessoas sem religião entre as capitais, 18% da população.<ref name="veja bahia" /> No país todo, são mais numerosos entre os homens e entre os habitantes com menos de 55 anos.<ref name="veja bahia" /> A cidade com o maior número de ateus é [[Nova Ibiá]], com 59,85% dos habitantes, de acordo com o censo de 2000 do IBGE.<ref name="veja bahia:ibiá">{{citar web |url= http://veja.abril.com.br/261207/p_070.shtml|título= Como a fé resiste à descrença|acessodata= 19 de março de 2011|autor= [[André Petry]]|coautores= [[Veja]]|data= 26 de dezembro de 2007|citação= Desde que se espalhou a notícia extraída do censo demográfico do [[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]] (IBGE) de 2000, Nova Ibiá, vilarejo de 7 000 habitantes no interior da Bahia, ganhou um estigma e uma obsessão. Como os números do censo mostravam que 59,85% dos seus habitantes diziam não ter religião alguma, Nova Ibiá passou a conviver com o estigma de ser a cidade mais ateia do Brasil. Em nenhuma outra, em ponto algum do país, tanta gente dizia não ter filiação religiosa. A segunda cidade com a maior tropa de sem-religião era Pitimbu, no interior da Paraíba, mas com números mais modestos – 42,44%.}}</ref> O segundo lugar fica com [[Pitimbu]], na [[Paraíba]], com 42, 44%.<ref name="veja bahia:ibiá" />
 
=== Correlação entre ateísmo, instrução, riqueza e riquezadesenvolvimento ===
Uma pesquisa do [[Gallup (empresa)|Gallup]] de 2015 encontrou uma correlação entre ateísmo, anos de estudos e [[PIB per capita]]. Indivíduos com menor nível de instrução são mais religiosos, embora os religiosos sejam maioria em todos os níveis educacionais. Mais importante que os anos de estudo, é a renda: entre os indivíduos com renda média-alta ou alta, menos de 50% se dizem religiosos, contra 70% dos com renda baixa ou média-baixa.<ref name="washingtonpost.com"/> Essa conclusão reflete um estudo anterior, feito pelo Pew Research Center, que concluiu que o nível de religiosidade de um país está intimamente ligado ao seu PIB per capita. Países mais ricos tendem a ser menos religiosos que países pobres. As únicas exceções à regra são os Estados Unidos e a China. As regiões mais religiosos do mundo são a [[África]] e o [[Oriente Médio]], ao passo que as menos religiosas são a [[Europa Ocidental]] e partes da [[Ásia]].<ref>[http://www.pewresearch.org/fact-tank/2015/03/12/how-do-americans-stand-out-from-the-rest-of-the-world/ How do Americans stand out from the rest of the world?]</ref> Em um outro estudo, o [[paleontologista]] Gregory Paul chegou à conclusão de que não existe nenhuma sociedade altamente religiosa que seja altamente desenvolvida socialmente. Das dez nações mais religiosas do mundo, todas têm um PIB per capita inferior a 14.100 [[dólares]].<ref>[http://www.cbc.ca/news/world/do-countries-lose-religion-as-they-gain-wealth-1.1310451 Do countries lose religion as they gain wealth?]</ref>
 
Pesquisadores observaram que a religiosidade é maior em regiões pobres em decorrência da maior "insegurança existencial".<ref name="Pew2018"/> Em lugares onde as pessoas enfrentam ameaça constante de [[morte]] prematura devido a [[fome]], [[violência]] ou [[doença]], o sentimento de vulnerabilidade tende a levar as pessoas a buscar a religião, a qual proporciona [[esperança]] e reduz a [[ansiedade]]. Por sua vez, em países de economia desenvolvida, as pessoas tendem a sentir-se seguras - em parte porque os investimentos em [[tecnologia]] e [[infraestrutura]], nessas sociedades, ajudaram as pessoas a superar muitos problemas relacionados à [[saúde]], a problemas climáticos e a lidar com outros tipos de emergências que podem causar [[ansiedade]]. Assim, em países ricos, as pessoas dependem menos da religião para apoio emocional ou para explicações do desconhecido. Essa análise ajuda a explicar porque regiões pobres como [[África]], [[Oriente Médio]], [[Sul da Ásia]] e [[América Latina]] são bastante religiosas, ao passo que regiões ricas como [[Europa]], [[América do Norte]], [[Leste da Ásia]] e [[Oceania]] são menos religiosas.<ref name="Pew2018">{{citar web|ano=2018|url=http://www.pewforum.org/2018/06/13/the-age-gap-in-religion-around-the-world/|título=The Age Gap in Religion Around the World|obra=Pew Research Center |língua=en|acessodata=14 de junho de 2018}}</ref>
 
Uma pesquisa do [[Pew Research Center]], de 2018, concluiu que a religiosidade diminui em países onde as pessoas têm maior nível de escolaridade, onde o [[PIB]] é mais alto e a desigualdade social menor. [[Etiópia]] (98%), [[Indonésia]] (93%), [[Nigéria]] (88%) e [[Uganda]] (86%) são países onde elevada percentagem da população considera a religião "muito importante" nas suas vidas, contrastando com [[China]] (3%), [[Japão]] (10%), [[Suécia]], [[Reino Unido]] e [[Alemanha]] (10% cada), lugares onde poucas pessoas dão a mesma resposta. No Brasil, 72% consideram a religião "muito importante" nas suas vidas.<ref name="Pew2018"/>
 
== Ateísmo, religião e moralidade ==