Operação Zelotes: diferenças entre revisões

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adição de novas informações da operação
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Em 11 de dezembro de 2015, a Polícia Federal intimou o ex-presidente [[Luiz Inácio Lula da Silva]] a esclarecer a suposta compra de medidas provisórias. Suspeita-se que um grupo de lobistas e empresários pagou pelas medidas que beneficiaram empresas do setor automotivo e que esse grupo teria contatos na Presidência da República durante o seu governo. Uma das empresas suspeitas de participar do esquema, a Marcondes e Mautoni, tem um contrato de mais de R$ 2 milhões com o filho caçula do ex-presidente por um serviço de consultoria e é também alvo de investigação.<ref>{{citar web |url= http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/12/policia-federal-intima-lula-prestar-depoimento-na-operacao-zelotes.html |publicado= Globo | obra = G1 Jornal Nacional |acessodata= 14 de dezembro de 2015 |data= 11 de dezembro de 2015 |título= Polícia Federal intima Lula a prestar depoimento na Operação Zelotes}}</ref> O ex-presidente e seu filho foram finalmente denunciados faltando dois dias para completar um ano depois.<ref name = Correio />
 
Em 19 de setembro de 2017, relatórios da Operação apontaram que o [[Santander]] teria obtido R$ 83 milhões em créditos tributários por meio de um esquema de pagamento de propinas na Receita Federal. Conforme a investigação, o banco contratou um escritório de consultoria em 2013, que teria comprado decisões favoráveis do Fisco. Os recursos foram liberados pela Delegacia Especial da Receita de Instituições Financeiras em São Paulo (Deinf-SP), na qual funcionaria um núcleo de corrupção voltado para beneficiar bancos ilegalmente, comandado pelo auditor Eduardo Cerqueira Leite. Ele já é alvo de outras denúncias da Zelotes à Justiça, entre elas a que aponta supostos pagamentos indevidos para livrar o Santander de multa de R$ 890 milhões. As novas investigações, conduzidas pelo MPF e a Corregedoria do Ministério da Fazenda, mostram que o banco contratou em outubro de 2013 a Lupe Consultoria e Assessoria Ltda, com o propósito formal de identificar possíveis créditos tributários por compensações ou restituições não realizadas pelo Fisco. <ref>{{citar web |url= https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,operacao-zelotes-mira-esquema-de-corrupcao-na-receita-federal,70002020476|publicado= Estadão | obra = estadao.com |acessodata= 17 de junho de 2018 |data= 19 de setembro de 2017 |título= Operação Zelotes mira esquema de corrupção na Receita Federal}}</ref>
==Fases==
*'''Primeira fase''' - No dia 26 de março de 2015 foram cumpridos por 180 policiais federais 41 mandados de [[busca e apreensão]], sendo 24 em [[Brasília]], 16 em [[São Paulo]] e um no [[Ceará]].
 
Em 12 de março de 2018, o justiça aceitou a denúncia contra o ex-ministro da Fazenda [[Guido Mantega]] por advocacia administrativa na Operação Zelotes. Mantega passou a responder pela suspeita de ter atuado para beneficiar uma empresa do empresário Victor Garcia Sandri em julgamentos do Carf, no período em que era titular da pasta. Além de Mantega, o próprio Sandri e outros 11 se tornaram réus pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Para a força-tarefa da operação, a influência da organização criminosa sobre Mantega era “inquestionável” e o esquema para livrar a empresa de Sandri de uma multa de mais de R$ 110 milhões (em valores atualizados) não seria possível sem a atuação do ex-ministro. <ref>{{citar web |url= https://oglobo.globo.com/brasil/ex-ministro-guido-mantega-vira-reu-na-operacao-zelotes-22481844#ixzz5IgkNkFD8|publicado= OGlobo | obra = Oglobo.com |acessodata= 17 de junho de 2018 |data= 12 de março de 2018 |título= Ex-ministro Guido Mantega vira réu na Operação Zelotes}}</ref>
Em 9 de julho, na [[CPI do Carf]], a comissão aprovou a quebra dos sigilos fiscal e bancário dos ex-conselheiros do CARF Leonardo Manzan, Jorge Victor Rodrigues e Adriana Ribeiro. Também terão os sigilos quebrados o atual conselheiro Paulo Cortez e a ex-funcionária da empresa JR Silva Advogados e Associados Gegliane Pinto, de propriedade de Adriana Ribeiro.<ref>{{citar web|url= http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/07/cpi-do-carf-aprova-quebrar-sigilos-de-investigados-pela-operacao-zelotes.html |acessodata= 9 de outubro de 2015 |data= 9 de julho de 2015 |título= CPI do Carf aprova quebrar sigilos de investigados pela Operação Zelotes |publicado= Globo | obra = G1 Política}}</ref>
 
==Fases==
*'''Primeira fase''' - No dia 26 de março de 2015 foram cumpridos por 180 policiais federais 41 mandados de [[busca e apreensão]], sendo 24 em [[Brasília]], 16 em [[São Paulo]] e um no [[Ceará]]. Em 9 de julho, na [[CPI do Carf]], a comissão aprovou a quebra dos sigilos fiscal e bancário dos ex-conselheiros do CARF Leonardo Manzan, Jorge Victor Rodrigues e Adriana Ribeiro. Também terão os sigilos quebrados o atual conselheiro Paulo Cortez e a ex-funcionária da empresa JR Silva Advogados e Associados Gegliane Pinto, de propriedade de Adriana Ribeiro.<ref>{{citar web|url= http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/07/cpi-do-carf-aprova-quebrar-sigilos-de-investigados-pela-operacao-zelotes.html |acessodata= 9 de outubro de 2015 |data= 9 de julho de 2015 |título= CPI do Carf aprova quebrar sigilos de investigados pela Operação Zelotes |publicado= Globo | obra = G1 Política}}</ref>
 
*'''Segunda fase''' - Em 3 de setembro de 2015, a PF realizou buscas e apreensões em nove escritórios de contabilidade no estados do [[Rio Grande do Sul]], [[São Paulo]] e no [[Distrito Federal]]. As buscas foram realizadas em conjunto pela [[Polícia Federal]], [[Receita Federal]] e Corregedoria do Ministério da Fazenda. De acordo com a PF, o objetivo foi colher documentos contábeis de algumas empresas investigadas para auxiliar nas investigações.<ref>{{citar web |url= http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/09/operacao-zelotes-faz-buscas-em-nove-escritorios-de-contabilidade.html |publicado= Globo | obra = G1 Política |título= Operação Zelotes faz buscas em nove escritórios de contabilidade |acessodata= 9 de outubro de 2015|data=3 de setembro de 2015}}</ref>
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*'''Terceira fase''' - Em 8 de outubro de 2015, os agentes da PF fizeram apreensões no [[Rio de Janeiro]] e em [[Brasília]], de indícios de que mais um integrante do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, ligado ao [[Ministério da Fazenda]], teria recebido propina pra anular ou reduzir dívidas de empresas na Receita Federal.<ref>{{citar web |url= http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/10/nova-fase-da-operacao-zelotes-tem-apreensoes-no-rio-e-em-brasilia.html |publicado= Globo | obra = Jornal Nacional |título= Nova fase da Operação Zelotes tem apreensões no Rio e em Brasília |data= 8 de outubro de 2015 |acessodata= 9 de outubro de 2015}}</ref>
 
*'''Quarta fase''' - Em 26 de outubro de 2015, a PF deflagrou uma nova fase da Operação Zelotes, com cerca de 100 policiais federais cumprindo 33 mandados judiciais<ref name= "quartafase">{{citar web |url= http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/pf-deflagra-nova-fase-da-operacao-zelotes |publicado= O Estado de São Paulo | obra = Estadão |acessodata= 26 de outubro de 2015 |data= 26 de outubro de 2015|título= PF prende lobistas envolvidos em esquema de compra de MP}}</ref>, sendo um deles de [[busca e apreensão]] no Jardins, bairro nobre de São Paulo, na empresa [[LFT Marketing Esportivo]], que pertence a [[Luís Claudio Lula da Silva]], filho do ex-presidente [[Luís Inácio Lula da Silva]].<ref>{{citar web |url= http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/10/1698530-com-prisoes-pf-deflagra-mais-uma-etapa-da-operacao-zelotes.shtml |publicado= Folha da manhã | obra = Folha de S. Paulo |acessodata= 26 de outubro de 2015|data= 26 de outubro de 2015 |título= Em nova fase da Operação Zelotes, PF mira filho de Lula}}</ref>Em nova etapa da operação, os agentes investigam esquema de lobby e [[corrupção]] para “comprar” [[medidas provisórias]] que favorecem empresas do setor [[automobilístico]]. Os agentes da PF prenderam o lobista Alexandre Paes dos Santos, conhecido como APS, e Eduardo Valadão, sócio do lobista José Ricardo no escritório JR Silva Advogados, e fez buscas em empresa que representa a [[Mitsubishi]] no Brasil.<ref name= "quartafase" />
 
Em nova etapa da operação, os agentes investigam esquema de lobby e [[corrupção]] para “comprar” [[medidas provisórias]] que favorecem empresas do setor [[automobilístico]]. Os agentes da PF prenderam o lobista Alexandre Paes dos Santos, conhecido como APS, e Eduardo Valadão, sócio do lobista José Ricardo no escritório JR Silva Advogados, e fez buscas em empresa que representa a [[Mitsubishi]] no Brasil.<ref name= "quartafase" />
 
*'''Quinta fase''' - Em 24 de novembro de 2015, a PF em conjunto com o [[Ministério Público Federal]] (MPF) deflagrou nova fase da operação. Foram cumpridos quatro mandados judiciais autorizados pela 10ª Vara Criminal Federal de Brasília, sendo um de busca e apreensão em São Paulo, além de duas prisões preventivas em Brasília e uma prisão domiciliar em São Paulo.<ref>{{citar web |url= http://www.pf.gov.br/agencia/noticias/2015/11/pf-deflagra-nova-fase-da-operacao-zelotes |publicado= Polícia Federal |acessodata= 24 de novembro de 2015 |data= 24 de novembro de 2015 |título= Polícia Federal deflagra nova fase da Operação Zelotes}}</ref>