Liberalismo clássico: diferenças entre revisões

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Como filosofia, emerge no [[século XIX]], na Europa e nos Estados Unidos, no contexto da [[Revolução Industrial]] e do incremento da [[urbanização]].<ref>Hamowy (2008). p. xxix</ref>Tem como fontes algumas ideias correntes no final do [[século XVIII]] - sobretudo de [[Adam Smith]], [[John Locke]], [[Jean-Baptiste Say]], [[Thomas Malthus]], [[David Ricardo]], [[Voltaire]] e [[Montesquieu]] - , destacando-se a [[crença]] no [[livre mercado]], no [[jusnaturalismo]],<ref>[[Joyce Appleby|Appleby, Joyce]] (1992). ''Liberalism and Republicanism in the Historical Imagination''. p. 58</ref> no [[utilitarismo]],<ref>Gaus, Gerald F. and [[Chandran Kukathas]] (2004). ''Handbook of Political Theory''. p. 422</ref> e no [[Progresso (filosofia)|progresso]].<ref>Hunt (2003). p. 54</ref>Assim sendo, é a fusão do [[liberalismo econômico]] com [[liberalismo político]] do final do século XVIII e início do século XIX.<ref name=Adams/>
 
O "núcleo normativo" do liberalismo clássico é a ideia de que o ''laissez-faire'' conseguiria criar uma ordem espontânea, ou seja, apesar da inexistência de uma entidade coordenadora do interesse comum, a interação dos indivíduos obedeceria a uma determinada ordem, como se houvesse uma "[[mão invisível]]" - expressão introduzida por Adam Smith em "[[A Riqueza das Nações]]" -, orientando a economia e beneficiando a sociedade.<ref>Razeen Sally, ''Classical Liberalism and International Economic Order: Studies in Theory and Intellectual History'' (London: Routledge, 1998), 17 (ISBN 0-415-16493-1). "Hence the normative core of classical liberalism is the approbation of [[economic freedom]] or ''laissez-faire''&mdash;Adam—Adam Smith's 'obvious and simple system of natural liberty'&mdash;out—out of which spontaneously emerges a vast and intricate system of cooperation in exchanging goods and services and catering for a plenitude of wants."</ref>
 
Historicamente, portanto, os liberais clássicos têm sido mais desconfiados do que os [[conservadores]] em relação ao [[governo]] e ao [[Estado]] - por mínimo que seja<ref name="Quinton_1995">Quinton, A. (1995): "Conservativism". In: Goodin, R. E. and Pettit, P. eds.: ''A Companion to Contemporary Political Philosophy''. Oxford: Blackwell Publishing. p. 246.</ref> - e basicamente concordam com a teoria [[Thomas Hobbes|hobbesiana]] de que o papel do Estado seja basicamente o de proteger os homens uns dos outros.<ref>Hunt (2003). pp. 46–47</ref>