Sola scriptura: diferenças entre revisões

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A doutrina da ''Sola Scriptura'' é um dos cinco pilares fundamentais do pensamento da Reforma Protestante, conhecidos como [[Cinco solas|''Quinque Solae'']].
 
== Sobre o termo ==
Para os reformadores, somente a Escritura Sagrada tem a palavra final em matéria de fé e prática. É o que ficou consubstanciado nas Confissões de Fé de origem reformada. A Confissão de Fé de Westminster afirma:''Sob o nome de Escritura Sagrada, ou Palavra de Deus escrita, incluem-se agora todos os livros do Velho e do Novo Testamento, ... todos dados por inspiração de Deus para serem a regra de fé e de prática...&nbsp;&nbsp;&nbsp;A autoridade da Escritura Sagrada, razão pela qual deve ser crida e obedecida, não depende do testemunho de qualquer homem ou igreja, mas depende somente de Deus (a mesma verdade) que é o seu autor; tem, portanto, de ser recebida, porque é a palavra de Deus... O Velho Testamento em Hebraico... e o Novo Testamento em Grego..., sendo inspirados imediatamente por Deus e pelo seu singular cuidado e providência conservados puros em todos os séculos, são por isso autênticos e assim em todas as controvérsias religiosas a Igreja deve apelar para eles como para um supremo tribunal... O Juiz Supremo, pelo qual todas as controvérsias religiosas têm de ser determinadas e por quem serão examinados todos os decretos de concílios, todas as opiniões dos antigos escritores, todas as doutrinas de homens e opiniões particulares, o Juiz Supremo em cuja sentença nos devemos firmar não pode ser outro senão o Espírito Santo falando na Escritura''. (I, 2,4,8,10). <ref>{{citar web|URL = http://www.defencionemevangelium.com.br/2014/02/confissao-de-fe-de-westminster.html|título = Sola Scriptura|data = 18 de março de 2014|acessadoem = 10 de junho de 2014|autor = Rev. João Alves dos Santos|publicado = Maique Borges}}</ref>
 
A Igreja Católica Romana também aceita as Escrituras como Palavra de Deus, mas não só as Escrituras. Ela acredita que além da Bíblia a Tradição e as decisões da Igreja através dos seus concílios e do papa, quando fala oficialmente (''ex cathedra'') em matéria de fé e de moral, são igualmente a palavra de Deus. É o que se chama de Magistério da Igreja. Sobre a autoridade da Igreja e do Papa, assim diz um autor católico: "Cristo deu à Igreja a tarefa de proclamar sua Boa-Nova ({{citar bíblia|Mateus|28|19|20}}). Prometeu-nos também seu Espírito, que nos guia "para a verdade" ({{citar bíblia|João|16|13}}). Este mandato e esta promessa garantem que nós, a Igreja, jamais apostataremos do ensinamento de Cristo. Esta incapacidade da Igreja em seu conjunto de extraviar-se no erro com relação aos temas básicos da doutrina de Cristo chama-se infalibilidade... A infalibilidade sacramental da Igreja é preservada pelo seu principal instrumento de infalibilidade, o papa. A infalibilidade que toda a Igreja possui, pertence ao Papa dum modo especial. O Espírito de verdade garante que quando o Papa declara que ele está ensinando infalivelmente como representante de Cristo e cabeça visível da Igreja sobre assuntos fundamentais de fé ou de moral, ele não pode induzir a Igreja a erro. Esse dom do Espírito se chama infalibilidade papal. Falando da infalibilidade da igreja, do papa e dos bispos, o Concílio Vaticano II diz: "Esta infalibilidade, da qual quis o Divino Redentor estivesse sua Igreja dotada... é a infalibilidade de que goza o Romano Pontífice, o Chefe do Colégio dos Bispos, em virtude de seu cargo... A infalibilidade prometida à Igreja reside também no Corpo Episcopal, quando, como o Sucessor de Pedro, exerce o supremo magistério" (Lúmen Gentium, nº 25).<ref>http://www.defencionemevangelium.com.br/2014/03/resumo-da-teologia-reformada.html</ref>
 
No âmbito protestante, entende-se que a unção fica em cada um cristão, e lhes ensina, não havendo a necessidade de que alguém os ensine,<ref>{{citar livro|nome = |sobrenome = |título = 1 João 2:27|ano = |isbn = }}</ref> e que todos pecaram,<ref>{{citar livro|nome = |sobrenome = |título = Romanos 3:23|ano = |isbn = }}</ref> e não há um justo, um só, que faça o bem e não peque.<ref>{{citar livro|nome = |sobrenome = |título = Romanos 3:10, Eclesiastes 7:20|ano = |isbn = }}</ref> Além disso, no dia de Pentecostes, o apóstolo Pedro (reconhecido pela Igreja Católica como sendo o primeiro papa) reconhece como cumprida a profecia do profeta Joel, de que o Espírito de Deus seria derramado sobre toda carne,<ref>{{citar livro|nome = |sobrenome = |título = Atos 2:17, Joel 2:28|ano = |isbn = }}</ref> e mais tarde critica a tradição e diz que Deus não faz acepção de pessoas.<ref>{{citar livro|nome = |sobrenome = |título = 1 Pedro 1:18,19|ano = |isbn = }}</ref> Desta forma, segundo a visão protestante, a infalibilidade papal contradiz o próprio apóstolo Pedro, considerado o primeiro papa, e portanto, infalível ''ex cathedra''. Diz-se também que a Palavra de Deus permanece para sempre, é viva, e '''foi''' evangelizada entre nós,<ref>{{citar livro|nome = |sobrenome = |título = 1 Pedro 1:23-25|ano = |isbn = }}</ref> o que segundo o enfoque protestante confirmaria o princípio ''Sola Scriptura''.
 
Dentre as críticas à infalibilidade papal, consta os principais motivos da Reforma Protestante, como por exemplo a venda de indulgências,<ref>{{Citar periódico|titulo=Comércio de Indulgências|jornal=Wikipédia, a enciclopédia livre|url=https://pt.wikipedia.org/wiki/Com%25C3%25A9rcio_de_indulg%25C3%25AAncias|idioma=pt}}</ref> ou seja, os papas também cometeram erros ao longo da história. Quando se aceita a interpretação de apenas um homem como verdadeira sem analisar as fontes que o influenciaram, permite-se que esse homem o faça conforme seus próprios interesses, podendo levar ao erro uma multidão de pessoas ou uma igreja inteira.<br>
 
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